sexta-feira, 2 de outubro de 2015

TODOS DEBAIXO DO PECADO – Ignorância de Deus (7).



 “Não há quem entenda...” (Romanos 3:11)
IGNORÂNCIA DE DEUS
        Caro leitor, consideremos o fato que os homens não pecado nada entendem de Deus. Eles sabem a respeito de Deus; eles sabem que há um Deus; eles têm certo temor na alma que lhes leva a aparentar certa devoção e até falar de Deus; alguns até mesmo utilizam versos bíblicos e são bem religiosos, porque querem abrigar-se à sombra das bênçãos materiais e até mesmo para evitar perigos terríveis aqui e após a morte. Mas tudo isso tem valor só na aparência, e o mundo sob a liderança do pai da mentira sabe como arrancar toda beleza religiosa que a natureza humana ainda mantém. O homem religioso é como uma bela rosa, olhamos para aquela linda flor e desligamo-nos dos seus espinhos. Mas, quão fácil é para que o vento ou mesmo um descuido para que as pétalas da rosa comecem a soltar. E o que fica? Os espinhos! É assim o que acontece no meio dos homens, pois não demora em que Deus tire Sua mão de proteção e a maldade dos homens sejam descobertas e suas façanhas corruptas do coração comecem a fervilhar em seu viver. Veja como vão embora as “pétalas” da bondade, do aparente temor e da religiosidade pagã dos homens, aparecendo os “espinhos” das paixões que ardem como fogo em seus corações.
        Digo também, que mesmo diante de fatos claros da bondade e da graça salvadora de Deus, eis que os homens não entendem e vão considerar tudo loucura. Veja o que ocorreu com aquele ladrão na cruz, colega do que fora convertido (Lucas 23). Mesmo ouvindo as palavras de advertência do seu colega; mesmo presenciando sua conversão, mesmo assim estava assegurado em seu coração que aquele não era o Cristo que ele esperava, que ele queria. Ele queria um salvador diferente, um salvador baseado em sonhos, criados na imaginação dos homens. Para ele, o salvador deveria ser um herói forte, estilo Sansão, que poderia arrancar suas mãos penduradas na cruz, que empunhasse a espada para enfrentar a hostil multidão e trouxesse o livramento físico dele.
        Também, visto que os homens no pecado nada entendem nem podem entender, eis que poderão ter uma reação terrível, violenta, baseando num suposto conhecimento de Deus. Foi isso o que nosso Senhor disse aos Seus discípulos no cap. 16 de João. Ali nosso Senhor mostra como este mundo maligno funciona; como homens religiosos estão dispostos até mesmo perseguir e matar os crentes, acreditando que estarão fazendo em nome de Deus. Ora, não foi assim que aquelas famílias tentaram fazer com Jesus? (Lucas 4). Nosso Senhor entrou na Sinagoga em pleno sábado, e ali pegou o Velho Testamento e abriu no Livro do profeta Isaías e começou a falar a Seu respeito. Se aquelas almas presentes não fossem cegas, logo perceberiam que diante deles não estava um mero Nazareno, mas sim o próprio Deus. Enquanto o Senhor falava aquilo que eles queriam ouvir, aquele povo mostrou-se pacífico e cheio de ânimo para ouvir a Palavra de Deus. Mas quando o Senhor abriu Sua boca e começou a mostrar biblicamente aquilo que era contra seus princípios religiosos, eis que seus ânimos foram exaltados e o ódio criminoso despertou-se de seus corações, por isso pegaram a Jesus para matá-Lo, atirando penhasco abaixo. E só não o fizeram porque “ainda não tinha chegado a Sua hora”.
        Caro leitor, diante dessas verdades, eis que não há qualquer esperança para o homem nele mesmo; não há qualquer recurso de luz nele mesmo; não há possibilidade de extrair de seu coração qualquer elemento de bondade e fé, e deixado só ele será como um defunto em estado de putrefação espiritual. Damos louvores ao Senhor porque Sua graça opera maravilhas no meio dos homens, porquanto Ele em Sua misericórdia vem para operar maravilhas e transformar corações, acendendo neles a viva fé.
                Amavas-me Senhor, no fundo do meu peito,
                Brilhou a doce luz do meu Consolador,
                E com promessas mil, do Teu amor perfeito,
                Nasceu em mim a fé, em que hoje me deleito.

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