“Eu formo a luz e
crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”
(Isaías 45:7)
Amado leitor, estamos vendo pela Palavra
como o mal é transformado em bem eterno para os amados do Senhor. Aparentemente
tudo era luto para Jacó, mas Deus estava montando um cenário de bênçãos que
mais tarde traria vigor ao coração sofrido do velho servo de Deus. Enquanto
Jacó sofria, eis que a consciência daqueles dez filhos não os fazia descansar
enquanto eles lutavam para apagá-la de uma vez por todas. Os doze filhos de
Jacó faziam parte dos planos de Deus para o mundo, então, os golpes de uma
consciência culpada pela venda de José e por terem mentido para seu pai
certamente os deixaria sem qualquer descanso na vida até que tudo fosse
descoberto. O certo é que as injustiças dos homens fazem com que a justiça e os
juízos perfeitos de Deus entrem em atividades, porquanto “Reina o Senhor”
(Salmo 93:1) e Ele utilize todos os males a fim de exibir Seus atos de
misericórdia e assim repreender a quem Ele ama. No final eis que “...o juízo se
tornará em justiça, e segui-la-ão todos os de coração reto” (Salmo 94:15).
São preciosas as lições das atividades
graciosas de Deus neste mundo, quando Ele transforma o mal em bem. O que
aconteceu? Os irmãos de José foram culpados sim de terem vendido um jovem
inocente; de terem mentido para seu velho pai, fazendo-o sofrer por tantos
anos. O pecado só acarreta mais culpa; o pecado só aumenta mais a maldade no
viver, como vemos acontecendo com Judá (Gênesis 38); o pecado só perturba e
inferniza a alma. Os homens pensam que silenciam o mal no viver, que podem encobrir
e esquecer suas perversidades. Os homens fazem a aliança com seus pecados e não
percebem que cada ato praticado é mais um peso insuportável que chega para
mantê-los aprisionados e embrutecidos na vida. E assim milhares descem para o
castigo eterno com esses chumbos do mal, os quais lhes empurram para um
sofrimento indescritível. Mas podemos dar louvores ao Senhor, porque Sua graça
opera para o bem daqueles que amam a Ele (Romanos 8:28). E foi assim que José
no Egito se tornou um instrumento poderosamente usado para o bem do mundo, mas,
muito mais para o bem de sua família. Aprendemos que:
1. José
levou ao mundo o significado verdadeiro do caráter. O que ocorreu na casa de
Potifar e na masmorra, o mundo não pode explicar. Como pode um jovem fugir dos
prazeres sexuais? Como um jovem justo e reto, pode se manter calmo, tranquilo e
cheio de esperança quando está preso e sem qualquer defesa? A resposta Deus
mesmo dá em Sua Palavra: “Adiante deles enviou um homem, José, vendido como
escravo; cujos pés apertaram com grilhões e a quem puseram em ferros, até
cumprir-se a profecia a respeito dele, e tê-lo provado a Palavra do Senhor”
(Salmo 105:17-19).
2. José
mostrou sua utilidade nas mãos de Deus, porque Deus o enviou para ser bênção
para o mundo, e assim livrar o povo da fome e da morte. Ele foi uma lâmpada que
realmente brilhou.
3. José
cumpriu os santos e eternos propósitos em trazer Jacó e família para o Egito,
conforme aquilo que já tinha sido designado por Deus. Que esplêndido ato do
Senhor, pois não somente trouxe bênçãos ao mundo, como também poderosamente
colocou no Egito a família que traria as bênçãos ao mundo inteiro.
4. José
tornou-se um tipo de Cristo no perdão aos seus irmãos, na sabedoria, pela forma
como agiu com eles; no mistério, porque seus irmãos perante ele não sabiam que
era José.
5. José
glorificou o Nome bendito perante os gentios, pois foi isso o que Faraó disse a
respeito dele: “...Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o
Espírito de Deus?” (Gênesis 41:38).
E assim caro leitor, eis aí o que Deus
fez em criar o mal e transformá-lo em bem eterno para Seu povo e para Seus
planos para nós. Oh! Que consolação trazem as Escrituras!
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