quinta-feira, 1 de outubro de 2015

O DEUS QUE CRIA O MAL – TRANSFORMANDO O MAL EM BEM (4)




“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas” (Isaías 45:7)
        Amado leitor, estamos vendo pela Palavra como o mal é transformado em bem eterno para os amados do Senhor. Aparentemente tudo era luto para Jacó, mas Deus estava montando um cenário de bênçãos que mais tarde traria vigor ao coração sofrido do velho servo de Deus. Enquanto Jacó sofria, eis que a consciência daqueles dez filhos não os fazia descansar enquanto eles lutavam para apagá-la de uma vez por todas. Os doze filhos de Jacó faziam parte dos planos de Deus para o mundo, então, os golpes de uma consciência culpada pela venda de José e por terem mentido para seu pai certamente os deixaria sem qualquer descanso na vida até que tudo fosse descoberto. O certo é que as injustiças dos homens fazem com que a justiça e os juízos perfeitos de Deus entrem em atividades, porquanto “Reina o Senhor” (Salmo 93:1) e Ele utilize todos os males a fim de exibir Seus atos de misericórdia e assim repreender a quem Ele ama. No final eis que “...o juízo se tornará em justiça, e segui-la-ão todos os de coração reto” (Salmo 94:15).
        São preciosas as lições das atividades graciosas de Deus neste mundo, quando Ele transforma o mal em bem. O que aconteceu? Os irmãos de José foram culpados sim de terem vendido um jovem inocente; de terem mentido para seu velho pai, fazendo-o sofrer por tantos anos. O pecado só acarreta mais culpa; o pecado só aumenta mais a maldade no viver, como vemos acontecendo com Judá (Gênesis 38); o pecado só perturba e inferniza a alma. Os homens pensam que silenciam o mal no viver, que podem encobrir e esquecer suas perversidades. Os homens fazem a aliança com seus pecados e não percebem que cada ato praticado é mais um peso insuportável que chega para mantê-los aprisionados e embrutecidos na vida. E assim milhares descem para o castigo eterno com esses chumbos do mal, os quais lhes empurram para um sofrimento indescritível. Mas podemos dar louvores ao Senhor, porque Sua graça opera para o bem daqueles que amam a Ele (Romanos 8:28). E foi assim que José no Egito se tornou um instrumento poderosamente usado para o bem do mundo, mas, muito mais para o bem de sua família. Aprendemos que:
        1.     José levou ao mundo o significado verdadeiro do caráter. O que ocorreu na casa de Potifar e na masmorra, o mundo não pode explicar. Como pode um jovem fugir dos prazeres sexuais? Como um jovem justo e reto, pode se manter calmo, tranquilo e cheio de esperança quando está preso e sem qualquer defesa? A resposta Deus mesmo dá em Sua Palavra: “Adiante deles enviou um homem, José, vendido como escravo; cujos pés apertaram com grilhões e a quem puseram em ferros, até cumprir-se a profecia a respeito dele, e tê-lo provado a Palavra do Senhor” (Salmo 105:17-19).
        2.     José mostrou sua utilidade nas mãos de Deus, porque Deus o enviou para ser bênção para o mundo, e assim livrar o povo da fome e da morte. Ele foi uma lâmpada que realmente brilhou.
        3.     José cumpriu os santos e eternos propósitos em trazer Jacó e família para o Egito, conforme aquilo que já tinha sido designado por Deus. Que esplêndido ato do Senhor, pois não somente trouxe bênçãos ao mundo, como também poderosamente colocou no Egito a família que traria as bênçãos ao mundo inteiro.
        4.     José tornou-se um tipo de Cristo no perdão aos seus irmãos, na sabedoria, pela forma como agiu com eles; no mistério, porque seus irmãos perante ele não sabiam que era José.
        5.     José glorificou o Nome bendito perante os gentios, pois foi isso o que Faraó disse a respeito dele: “...Acharíamos, porventura, homem como este, em quem há o Espírito de Deus?” (Gênesis 41:38).
        E assim caro leitor, eis aí o que Deus fez em criar o mal e transformá-lo em bem eterno para Seu povo e para Seus planos para nós. Oh! Que consolação trazem as Escrituras!

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