“Porque qualquer que fizer a vontade de meu Pai celeste, esse é meu
irmão, irmã e mãe” (Mateus 12:50).
Caro
amigo, consideremos de coração o ministério terreno de nosso Senhor, Seu
vínculo com seus irmãos e mãe, porque parece que José morreu ainda novo,
deixando Maria viúva com seus filhos. Vemos no contexto de Lucas, versos 46 e
47 o fato que a em relação à Sua família terrena o Senhor simplesmente a deixou
a fim de exercer Seu ministério conforme os planos eternos. Mas ao mesmo tempo
vemos como o ministério Dele teve uma influência poderosa na vida de Seus
irmãos e de Sua mãe. Por ocasião de Sua crucificação vemos em João que nosso
Senhor jamais perdera Seu amor e interesse em servir e ajudar Sua idosa mãe,
por isso passou para João os cuidados terrenos em favor dela, e Seus irmãos se
converteram após a ressurreição, tornando assim líderes bem espirituais na
igreja em Jerusalém, pelo menos sabemos disso com respeito a Tiago e a Judas.
Mas nosso
Senhor tinha um trabalho que Seu Pai eterno ordenou que fosse feito. Desde
pequeno Ele conscientizou Maria e José de que Ele havia nascido para isso, para
tratar dos “negócios” do Seu Pai, conforme Ele mesmo deixa bem claro em Lucas
2:49. Parece que José não entendeu muito bem o assunto, mas Maria, segundo o
texto de Lucas, guardava essas coisas no coração. Maria estava bem ciente e
consciente da sua posição porque o anjo deixou-a bem esclarecida. Ela jamais
reivindicou sua posição de mãe; ela sabia bem que aquele que nasceu dela era o
próprio Deus, por essa razão Maria acompanhou o ministério de Cristo como uma
verdadeira crente e não com a atitude de uma mãe terrena. Em João 2 vemos como
ali naquele casamento em Caná, Maria mostrou sua postura de submissão e
respeito ao Filho de Deus quando disse aos serventuários: “Fazei tudo o que Ele
vos disser” (João 2:5).
Então,
nosso Senhor devido a Sua missão para a qual desceu do céu e tornou-Se homem,
jamais Se deixou prender por qualquer vínculo natural, terreno e transitório
aqui; jamais considerou a família terrena como Sua família, a casa terrena em
Nazaré como Sua casa, porquanto caminhou de forma resoluta para a cruz. Também,
quando escolheu Seus discípulos não deu preferência a qualquer parente, porque
para Ele a missão era celestial, o trabalho era eterno e os pecadores que Lhe
seguiriam seriam homens vocacionados para uma missão bem diferente daquilo que o
homem espera daqui e aqui. Seu reino, conforme Ele mesmo deixou claro, era
celestial; Seu anseio era satisfazer a vontade do Seu Pai; Seus interesses e
riquezas em nada estavam vinculados àquilo que tanto os homens ambicionam e
esperam desta vida e Seus reais objetivos em relação aos homens estavam
completamente distantes de qualquer pensamento e concepção terrena e religiosa.
Para entender tudo isso não havia ninguém capaz, porque somente e tão somente o
Pai celestial podia revelar aos homens, conforme Ele mesmo disse a Pedro: “...Bem-aventurado
és, Simão Barjonas, porque, não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu
Pai, que está nos céus” (Mateus 16:17).
Além de
tudo tratou a todos com amor e mostrando que Seu ministério era celestial e
logo todos puderam ver que Ele era realmente Senhor. Os que O seguiam
firmemente viram que ali estava alguém que veio do céu, por isso foi adorado
até mesmo por demônios, os quais confessavam Sua origem e filiação. Enfim, tudo
o que é terreno, natural e passageiro foi colocado no pó ante a realidade
daquilo que nosso Senhor veio fazer e a Si mesmo Se deu. Por qual razão? Porque
Sua família não era constituída por pai, mãe, irmãos, tios, primos, etc. Ele
veio para buscar pecadores e assim levar muitos filhos à glória; veio para que
pecadores nascessem de Deus, com a natureza de Deus, a fim de morar com Ele
para sempre na glória eterna.
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