terça-feira, 21 de julho de 2015

AMOR DE MÃE OU AMOR DE DEUS (7)




“Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Isaías 49:14-16).
PODE DEUS ESQUECER-SE DO PECADOR
        Caro leitor, mesmo que minhas explicações tenham sido tão superficiais na tentativa de mostrar o amor maternal, creio que foi suficiente e com material bem bíblico, a fim de que cheguemos onde devemos chegar – ao conhecimento do amor de Deus. Aliás, foi exatamente isso que Deus quis dizer aos pecadores, quando predizia a vinda do Salvador ao mundo: “...eu, todavia, não me esquecerei de ti”. Nós precisamos saber disso; nós precisamos conhecer esse tão profundo amor, justamente porque vivemos na superfície e à busca daquilo que nada tem de valor e que é passageiro.
        Mas quero agora chegar à parte final, a fim de mostrar aos meus leitores a grandiosidade do amor do Senhor, porquanto é exatamente essa lição que Deus pretende mostrar aos homens naqueles capítulos tão fantásticos e tão reveladores de Isaías. Veja o que Ele diz no final do verso: “...eu, todavia, não me esquecerei de ti”. Que preciosa afirmação! Nós seres humanos, tão limitados no amor, mesmo que estejamos referindo a alguém que realmente nos é mui querido, mesmo assim tendemos a esquecer sim. Os dias se encarregam de mostrar esse fato. Mas no caso do Senhor Deus é totalmente contrário e avesso ao nosso sistema de sentir e amar.
        Caro leitor, pense, medite nisso, pois Deus amou perdidos! Não estamos falando de pessoas dignas do afeto de Deus, dignas da apreciação de Deus, mas sim de pecadores! Como pode Deus amar homens e mulheres indignos, impuros, vis, ingratos e ofensores? Como pode Ele olhar para nós e ver algo para atrair Sua santa admiração, a não ser que Ele nos olhe no Filho? Veja amigo em nossa própria experiência, como nada vemos de agradável em nossos inimigos e como os ignoramos facilmente! Não é verdade! O que foi que Ele viu em nós para que dissesse com tanta veemência: “...eu, todavia, não me esquecerei de ti”. Ora, se eu tivesse que depender do amor que meus pais tiveram por mim, o que seria de mim? Eles partiram deste mundo e a morte simplesmente aniquilou tal amor, cortou o vínculo de afeto que reciprocamente nos ligava. Tudo isso findou e tempo marcará sua presença em apagar de forma definitiva aquilo que aqui experimentei.
        Então, vejo que esse cenário de afetos tão transitórios e indignos de qualquer confiança nos fornece o lugar exato para meditarmos no amor desse majestoso Deus que se apresenta em Sua Palavra exibindo Seu amor aos perdidos. Vale a pena agora parar, meditar e aprofundar nesse amor, porque certamente vai elevar nosso ser e nos erguer em santa admiração e louvou ao Senhor. Veja amigo, Ele amou os perdidos, pessoas como nós que um dia recusamos propositalmente a segui-Lo; que mostramos que odiamos toda Sua bondade, perfeição e provisão, a fim de seguirmos o homicida satanás e seguir nosso próprio caminho, a fim de voluntariamente praticar maldades, idolatrias e enfim cairmos no precipício da destruição eterna.
        Não foi assim? Quem disse que eu e você estamos fora disso? Porventura, há neste mundo alguma alma que está livre das denúncias claras da Palavra de Deus a seu respeito? No meio das bilhões de pessoas que habitam este planeta, tem alguém que está livre, imunizado contra a morte? Tem alguém que é diferente dos outros que já partiram? Claro que não! “Todos pecaram!” Que sentença terrível! Todos em Adão seguiram a serpente! Todos correram de Deus e ainda estão correndo agora mesmo, querendo distanciar ainda mais desse amor eterno. Mas eis que Ele ainda continua dizendo: “...eu, todavia, não me esquecerei de ti”.

Nenhum comentário: