“Mas
Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma
mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do
filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia,
não me esquecerei de ti” (Isaías 49:14-16).
PODE
DEUS ESQUECER-SE DO PECADOR
Caro leitor, mesmo que minhas
explicações tenham sido tão superficiais na tentativa de mostrar o amor
maternal, creio que foi suficiente e com material bem bíblico, a fim de que
cheguemos onde devemos chegar – ao conhecimento do amor de Deus. Aliás, foi
exatamente isso que Deus quis dizer aos pecadores, quando predizia a vinda do
Salvador ao mundo: “...eu, todavia, não me esquecerei de ti”. Nós precisamos
saber disso; nós precisamos conhecer esse tão profundo amor, justamente porque
vivemos na superfície e à busca daquilo que nada tem de valor e que é
passageiro.
Mas quero agora chegar à parte final, a
fim de mostrar aos meus leitores a grandiosidade do amor do Senhor, porquanto é
exatamente essa lição que Deus pretende mostrar aos homens naqueles capítulos
tão fantásticos e tão reveladores de Isaías. Veja o que Ele diz no final do
verso: “...eu, todavia, não me esquecerei de ti”. Que preciosa afirmação! Nós
seres humanos, tão limitados no amor, mesmo que estejamos referindo a alguém
que realmente nos é mui querido, mesmo assim tendemos a esquecer sim. Os dias
se encarregam de mostrar esse fato. Mas no caso do Senhor Deus é totalmente
contrário e avesso ao nosso sistema de sentir e amar.
Caro leitor, pense, medite nisso, pois
Deus amou perdidos! Não estamos falando de pessoas dignas do afeto de Deus,
dignas da apreciação de Deus, mas sim de pecadores! Como pode Deus amar homens
e mulheres indignos, impuros, vis, ingratos e ofensores? Como pode Ele olhar
para nós e ver algo para atrair Sua santa admiração, a não ser que Ele nos olhe
no Filho? Veja amigo em nossa própria experiência, como nada vemos de agradável
em nossos inimigos e como os ignoramos facilmente! Não é verdade! O que foi que
Ele viu em nós para que dissesse com tanta veemência: “...eu, todavia, não me
esquecerei de ti”. Ora, se eu tivesse que depender do amor que meus pais
tiveram por mim, o que seria de mim? Eles partiram deste mundo e a morte
simplesmente aniquilou tal amor, cortou o vínculo de afeto que reciprocamente
nos ligava. Tudo isso findou e tempo marcará sua presença em apagar de forma
definitiva aquilo que aqui experimentei.
Então, vejo que esse cenário de afetos
tão transitórios e indignos de qualquer confiança nos fornece o lugar exato
para meditarmos no amor desse majestoso Deus que se apresenta em Sua Palavra
exibindo Seu amor aos perdidos. Vale a pena agora parar, meditar e aprofundar
nesse amor, porque certamente vai elevar nosso ser e nos erguer em santa
admiração e louvou ao Senhor. Veja amigo, Ele amou os perdidos, pessoas como
nós que um dia recusamos propositalmente a segui-Lo; que mostramos que odiamos
toda Sua bondade, perfeição e provisão, a fim de seguirmos o homicida satanás e
seguir nosso próprio caminho, a fim de voluntariamente praticar maldades,
idolatrias e enfim cairmos no precipício da destruição eterna.
Não foi assim? Quem disse que eu e você
estamos fora disso? Porventura, há neste mundo alguma alma que está livre das
denúncias claras da Palavra de Deus a seu respeito? No meio das bilhões de
pessoas que habitam este planeta, tem alguém que está livre, imunizado contra a
morte? Tem alguém que é diferente dos outros que já partiram? Claro que não! “Todos
pecaram!” Que sentença terrível! Todos em Adão seguiram a serpente! Todos
correram de Deus e ainda estão correndo agora mesmo, querendo distanciar ainda
mais desse amor eterno. Mas eis que Ele ainda continua dizendo: “...eu,
todavia, não me esquecerei de ti”.
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