quinta-feira, 16 de julho de 2015

AMOR DE MÃE OU AMOR DE DEUS (5)




“Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Isaías 49:14-16).
PODE UMA MÃE ESQUECER-SE DO SEU FILHO?
        Prezado leitor, prosseguimento em desvendar ainda mais as maravilhas do amor de Deus quando comparado ao sublime amor maternal, posso afirmar que se seguirmos o raciocínio da transitoriedade daquilo que é amor ou afeto natural, certamente UMA MAMÃE PODE ESQUECER-SE DO SEU FILHO. Isso já pude mostrar na página anterior. Não podemos esquecer que habitamos num mundo cruel, onde tudo que parece ser motivo de felicidade, de repente pode ser arrancado de nossa vida, para trazer tristeza e sofrimento.
        Mas também, se considerarmos o fato que Deus é poderoso para retirar sua bondade da raça humana, não há dúvida que uma MAMÃE, NÃO SOMENTE PODE ESQUECER COMO TAMBÉM ODIAR SEU FILHO. Esta afirmação parece ser tão radical da minha parte, mas creio que chegou o momento de fixarmos nossos pés espirituais na sólida rocha da verdade escrita. Para nós os crentes, o que importa é o “assim diz o Senhor!” e não aquilo que o mundo pensa ou sente.
        Vou adiante para mostrar que o ódio ao evangelho pode levar uma mãe a odiar seu filho. Já ocorreram casos assim com filhos que se converteram ao Senhor Jesus. Imediatamente seus pais passaram a odiá-los. Na África um jovem se entregou a Cristo e por causa de sua fé os pais simplesmente expulsaram da casa e atiraram uma lança nele tirando-lhe a vida. Nosso Senhor Jesus afirmou que veio causa essa divisão no mundo, porque a união natural e amorosa existente entre os homens, como por exemplo, no amor maternal, paternal e filial é simplesmente desmanchado, por causa do ódio que pessoas têm no coração contra Cristo. Talvez entre meus leitores tenham pessoas que já sofreram assim em sua própria família, sendo discriminado pelos pais por causa da sua fé em Cristo. É claro que também uma mulher com uma consciência culpada pode passar a odiar um filho. Uma maldade sempre trará outra maldade. Vemos na sociedade desabrochando esse ódio aos filhos, porque muitas mães não querem assumir a posição de mães, porque estão ocupadas demais, sendo assim elas agem com crueldade com eles.
        Com o intuito de provar que uma mamãe pode chegar a odiar o filho que antes havia amado tanto, eis que preciso levar meus leitores à conhecida e grandiosa passagem de Deuteronômio 28. Creio que essa é a passagem axial para o entendimento da aliança mosaica feita entre Deus e a nação de Israel. Essa passagem deslocada do seu contexto pode servir para intuitos perniciosos, como fazem os falsos profetas ao usar textos sem qualquer ligação com o contexto.
        O fato é que Deus está mostrando a nação de Israel não uma hipótese, mas sim a certeza absoluta de que a nação se desviaria da Sua lei. Nosso Senhor sabia com clareza tudo o que iria acontecer no decorrer dos anos, conforme vemos na história bíblica acerca de Israel. A lei de Deus foi dada à nação numa aliança bilateral entre Deus e Seu povo. É claro que da parte de Deus vemos Sua fidelidade, mas quanto a Israel é certo que esperava infidelidade, conforme vemos ao ler sua história cheia de maldade, de transgressão, idolatria e ingratidão. Foi por isso que Deus anunciou as pragas que cairiam sobre o povo porque se mostraram infiéis. Mas para nosso proveito nessas lições, vemos como a ira de Deus caiu de fato sobre Israel, ao ponto de Deus arrancar qualquer segurança natural, como o caso de pais passarem a odiar seus filhos e praticar atos monstruosos contra eles.

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