“Mas
Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma
mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do
filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia,
não me esquecerei de ti” (Isaías 49:14-16).
PODE
UMA MÃE ESQUECER-SE DO FILHO QUE AMA?
Caro leitor, ao comparar o amor de uma
mãe com o amor de Deus, eu sei que todos vão afirmar que o amor de Deus está
acima de tudo. Claro! Mas será que realmente entendemos isso? Nossa inclinação
natural tende na prática a recusar o amor de Deus, a dar extremo valor àquilo
que passa. Talvez é possível que muitos jamais avaliaram o amor materno de
forma bem fria e calculista, à luz da Palavra de Deus. Por essa razão vou levar
meus leitores à esse exame, pois quero que o amor de Deus venha brilhar
fortemente e que assim possamos apegar de coração a esse eterno amor.
Se seguirmos o raciocínio da
transitoriedade daquilo que é amor ou afeto natural, podemos afirmar com toda
segurança que uma mamãe pode sim esquecer-se do filho. Por exemplo,
alguma situação dificultosa no viver pode levar uma mãe a simplesmente
esquecer-se do Filho. Quantas mães já entregaram seus filhos para o cuidado de
outros. Lembro-me que numa ocasião uma jovem grávida deu à luz seu filho na
rodoviária e ali mesmo colocou a criança recém-nascida no lixo e fugiu. É claro
que logo descobriram a criança naquela condição e ela foi salva e adotada por
uma família. Então, é certo que uma mãe pode sim esquecer e recusar seu filho. É
claro que ninguém admite uma atitude dessa por parte de qualquer mãe. É melhor
pegar sua criança e permitir que outra pessoa venha a adotá-la do que agir com
perversidade. Mas o fato é que numa uma mãe pode nem mesmo querer ver seu
filho, quando a situação é de vergonha, como no caso dessa moça.
Também posso afirmar que uma mamãe pode
esquecer-se do seu filho em caso de separação física. No caso da morte dela é
claro que a criança ficará destituída de sua mãe e precisando do carinho e
cuidado de outra pessoa. Então, a morte faz esse trabalho de esquecimento até
mesmo com eficácia e para sempre. Também com uma separação física, como
acontece quando uma criança é roubada para nunca mais ser vista, sua mãe sem
dúvida há de chorar por muito tempo, mas há de esquecer do filho. Essas
considerações apresentadas nos levam a crer que essas coisas acontecem sim no
meio dos homens. Certamente em nossos dias vemos desaparecendo a amor dos pais
pelos filhos e acontece que muitos filhos, devido ao fato que se entregam à
depravação, às drogas, ao roubo e outras práticas perversas, eis que muitos
pais até mesmo confraternizam com a morte deles.
Quão diferente é o amor de Deus! O amor
de uma mãe é descartável nesta vida por causa do pecado e das terríveis
circunstâncias pelas quais passam muitas famílias. Mas o amor de Deus permanece
o mesmo para com os perdidos. Nunca houve qualquer ocasião quando Deus rejeitou
o perdido. Todos os pecadores deste mundo, todos nós já demos provas
suficientes para que fôssemos rejeitados e lançados para uma eternidade de
terror. Mas o amor de Deus prossegue firme, decidido e demonstra isso cuidado,
carinho, proteção e provisão para pecadores indignos como nós. Quando o Senhor
se aproxima do pecador para salvá-lo, eis que esse amor vem banhado de provas
suficiente do quanto Deus perseguiu o perdido para tirá-lo das trevas para Sua
luz.
É com esse amor que Ele agora chama o
perdido à salvação. É o amor que chega com todos os infinitos recursos porque
nada o pecador pode fazer pela sua salvação. O amor do Senhor tomou a
providência ali na cruz, a fim de que a alma arrependida possa ser realmente
salva de todos os seus miseráveis pecados, da condenação eterna e ainda assim o
pecador salvo passa a ser filho de Deus mediante a graça.
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