quarta-feira, 15 de julho de 2015

AMOR DE MÃE OU AMOR DE DEUS (4)




“Mas Sião diz: O Senhor me desamparou, o Senhor se esqueceu de mim. Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti” (Isaías 49:14-16).
PODE UMA MÃE ESQUECER-SE DO FILHO QUE AMA?
        Caro leitor, ao comparar o amor de uma mãe com o amor de Deus, eu sei que todos vão afirmar que o amor de Deus está acima de tudo. Claro! Mas será que realmente entendemos isso? Nossa inclinação natural tende na prática a recusar o amor de Deus, a dar extremo valor àquilo que passa. Talvez é possível que muitos jamais avaliaram o amor materno de forma bem fria e calculista, à luz da Palavra de Deus. Por essa razão vou levar meus leitores à esse exame, pois quero que o amor de Deus venha brilhar fortemente e que assim possamos apegar de coração a esse eterno amor.
        Se seguirmos o raciocínio da transitoriedade daquilo que é amor ou afeto natural, podemos afirmar com toda segurança que uma mamãe pode sim esquecer-se do filho. Por exemplo, alguma situação dificultosa no viver pode levar uma mãe a simplesmente esquecer-se do Filho. Quantas mães já entregaram seus filhos para o cuidado de outros. Lembro-me que numa ocasião uma jovem grávida deu à luz seu filho na rodoviária e ali mesmo colocou a criança recém-nascida no lixo e fugiu. É claro que logo descobriram a criança naquela condição e ela foi salva e adotada por uma família. Então, é certo que uma mãe pode sim esquecer e recusar seu filho. É claro que ninguém admite uma atitude dessa por parte de qualquer mãe. É melhor pegar sua criança e permitir que outra pessoa venha a adotá-la do que agir com perversidade. Mas o fato é que numa uma mãe pode nem mesmo querer ver seu filho, quando a situação é de vergonha, como no caso dessa moça.
        Também posso afirmar que uma mamãe pode esquecer-se do seu filho em caso de separação física. No caso da morte dela é claro que a criança ficará destituída de sua mãe e precisando do carinho e cuidado de outra pessoa. Então, a morte faz esse trabalho de esquecimento até mesmo com eficácia e para sempre. Também com uma separação física, como acontece quando uma criança é roubada para nunca mais ser vista, sua mãe sem dúvida há de chorar por muito tempo, mas há de esquecer do filho. Essas considerações apresentadas nos levam a crer que essas coisas acontecem sim no meio dos homens. Certamente em nossos dias vemos desaparecendo a amor dos pais pelos filhos e acontece que muitos filhos, devido ao fato que se entregam à depravação, às drogas, ao roubo e outras práticas perversas, eis que muitos pais até mesmo confraternizam com a morte deles.
        Quão diferente é o amor de Deus! O amor de uma mãe é descartável nesta vida por causa do pecado e das terríveis circunstâncias pelas quais passam muitas famílias. Mas o amor de Deus permanece o mesmo para com os perdidos. Nunca houve qualquer ocasião quando Deus rejeitou o perdido. Todos os pecadores deste mundo, todos nós já demos provas suficientes para que fôssemos rejeitados e lançados para uma eternidade de terror. Mas o amor de Deus prossegue firme, decidido e demonstra isso cuidado, carinho, proteção e provisão para pecadores indignos como nós. Quando o Senhor se aproxima do pecador para salvá-lo, eis que esse amor vem banhado de provas suficiente do quanto Deus perseguiu o perdido para tirá-lo das trevas para Sua luz.   
        É com esse amor que Ele agora chama o perdido à salvação. É o amor que chega com todos os infinitos recursos porque nada o pecador pode fazer pela sua salvação. O amor do Senhor tomou a providência ali na cruz, a fim de que a alma arrependida possa ser realmente salva de todos os seus miseráveis pecados, da condenação eterna e ainda assim o pecador salvo passa a ser filho de Deus mediante a graça.

Nenhum comentário: