“Amou a maldição; ela o apanhe; não quis a bênção; aparte-se dele” (SALMO 109:17)
AMOU A MALDIÇÃO.
Procurei não ser prolixo na introdução, mas quis deixar o assunto bem atrativo para meus leitores. Precisamos saber o que significa “amar a maldição”. Vou repetir aqui que esse termo em nossos dias além de não ser compreendido é rejeitado porque a mentalidade que transmite a ideia de conexão com demônios e azar. Mas temos que nos ligar com a verdade bíblica, porquanto o assunto é eminentemente um fato que teremos que encarar. Ora, estamos lidando com a poderosa palavra de Deus e no Salmo 109 o Espírito Santo está tratando sobre esse assunto: “Amou a maldição...”. Certamente a bíblia nos guiará em toda verdade, ela não nos deixará pusilânimes, se humildemente encararmos a linguagem que Deus tem no texto.
Afinal, quando foi que amamos a maldição? Amar a maldição é um assunto de escolha no dia a dia? Maldição está ligada a alguma palavra ou frase que falo? O Salmo é um livro bem prático e muito confrontador, mas nenhum Salmo pode ser compreendido sem uma análise à luz daquilo que é ensinado em toda Escritura. A primeira lição que deve despontar perante nosso entendimento é que nosso viver prova se somos abençoados ou somos malditos. O nosso andar, falar, pensar, sentir, agir, o que somos no lar e até mesmo na vida religiosa, tudo isso vai indicar se somos benditos ou malditos.
Sem delongas devo entrar no assunto, mas vendo tudo à luz da doutrina da queda do homem. À luz do ensino da queda, ou o homem é bendito, ou é maldito, não há meio termo. Quando foi que o homem amou a maldição? Claro que foi na queda. Tomemos esse assunto porque ele é de grande relevância em toda bíblia. Observemos como Paulo trata esse assunto em Romanos 3, 4, 5 e 6; como ali o Espírito Santo mostra como judeus e gentios estão caídos na mesma maldição e terrores do pecado. Sem essa visão bíblica acerca da queda, como iremos entender esse assunto? Nós sempre no íntimo tentamos abrandar nossa situação; achamos que a queda foi algo simples, que ocorreu naquela ocasião, mas que agora todos nós estamos livres. Achamos que temos pecado, mas que o assunto não é tão alarmante.
Mas a verdade é que a história é contada a partir dali e que nós, não importa a raça, a cor, a religião, os costumes, etc. todos nós estávamos ali em Adão e a decisão de nosso pai foi a nossa decisão. Contemos também com a prova maior – a morte. Ela está aí bem presente em nosso corpo mortal e ela não se apoderou de nós quando ficamos mais velhos. A morte veio como resultado do pecado e nós experimentamos suas atividades de horrores em nós mesmos e em toda raça espalhada na face da terra. O que realmente aconteceu ali debaixo da árvore? Não foi ali a louca decisão que tomamos de amar a maldição e rejeitar a bênção? Claro! A decisão de amar a maldição foi clara, porque deixamos para trás o bondoso Criador e todas as maravilhas da perfeição, da comunhão com Ele e das bênçãos de desfrutar das suas maravilhas num paraíso Edênico. Entendemos isso? Não é fato que nos levantamos com orgulho e na audácia de querer desafiar o próprio Deus? Não é fato que elegemos satanás como nossa divindade e que tornamos submissos a ele, a fim de desfrutar suas mentirosas e ilusórias promessas?
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