terça-feira, 16 de novembro de 2021

“A VENENOSA JUSTIÇA PRÓPRIA” (8)


“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar os justos, e sim pecadores ao arrependimento” MATEUS 9:13

TERRÍVEL SENTENÇA CONTRA A JUSTIÇA PRÓPRIA: “..eu não vim         chamar justos...”.

        Avancemos usando a palavra de Deus a fim de atacar a justiça própria, porque  o Deus da revelação bíblica não é o Deus de um coração carregado da auto justiça. A justiça própria reclama glória para si e declara no íntimo que nada deve a ninguém e que não é caído como os outros caíram. A justiça própria nega a salvação e o Salvador, porque já acha em si mesmo tudo o que precisa para jamais precisar invocar o socorro do Salvador enviado por Deus. A religião da auto justiça é bem antiga, é a mesma que Caim inventou e instituiu em seu mundo, e sua descendência tomou esse rumo.

        Ora, Cristo passa de longe desse justo, porque a auto justiça rejeita Sua missão. Foi assim com os judeus que foram sempre repreendidos pelo Senhor. O coração deles era cheio da arrogância de que eram os melhores religiosos da face da terra e que todos os gentios deviam aprender deles e com eles. Eles entendiam a lei, mas segundo os critérios deles; eles viam as letras e manipulavam as mentes com suas invenções legalistas. Eles eram surdos para a lei, porque não podiam ouvir os gritos da lei lhes chamando de “malditos”. Sem essa noção da pecaminosidade deles, como poderiam compreender a missão misericordiosa do Senhor Jesus? A lei de Deus não serve para o homem cheio de justiça própria, porque ele não terá noção da grandeza e perfeição moral do Senhor, assim como os judeus naqueles dias do Senhor na terra.

Eles viam a lei de Moisés e não a lei de Deus, por isso procuravam fazer dela picadinhos para enganar a multidão com suas manobras legalistas.

        Além disso, a justiça própria não verá as perfeições da lei, porque não viu sua própria situação, enquadrado na condição de maldito. Como um homem cheio de justiça própria invocar a salvação? Nada do cenário religioso em Israel mostrava aos que tinham o coração trancado, que Deus iria mandar Sua provisão para a salvação. Os animais puros oferecidos como sacrifícios eram apenas sombras do perfeito sacrifício do Servo sofredor ali na cruz. Os sacrifícios feitos por homens cheios de justiça própria é na base da crueldade, por isso não hesitaram em crucificar o Filho de Deus na cruz. Por que isso? É simples, a razão é porque a justiça própria desconhece a justiça perfeita de Deus, por isso não vê que Deus age no meio dos homens com misericórdia. Foi isso o que o Senhor deixou registrado no livro de Miquéias: “Misericórdia quero, e não sacrifícios”. A justiça própria é tão presunçosa que se dispões a indagar os serviços feitos pelo Deus da bíblia. A justiça própria quer que Deus se submeta a ela. Está cheio desse tipo de religiosos hoje, porque recusam a ouvir o que Deus diz.

        Mas o Senhor sempre ignorou o homem cheio de sua própria justiça, porque Ele não veio buscar tais pessoas. Como alguém vai precisar da perfeita justiça de Cristo, se está vestido ainda com seus imundos trajes? Quando Deus lida com alguém assim, primeiramente ele há de derrubar tal pessoa.  O Senhor mantém distância do orgulhoso, porque Ele não o conhece, assim como ignorou um dos ladrões na cruz. O que o Senhor veio fazer? Ele veio buscar e salvar os perdidos, porque essa é Sua missão – salvar. O Senhor, entretanto, passa de largo porque não tem interesse num coração cheio de justiça própria. O Senhor ignora a aparência, o orgulho e o homem assim, cheio dessa soberba o Senhor o deixa entregue aos caprichos do seu coração corrompido. Nenhum interesse há naquilo que a justiça própria venha oferecer.

        Que o Senhor venho usar de compaixão com milhares nestes dias tão perigosos e cheios desse espírito perverso.

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