“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar os justos, e sim pecadores ao arrependimento” MATEUS 9:13
A SUTILEZA DA JUSTIÇA PRÓPRIA: “...porque não vim chamar justos...”
Devo continuar falando sobre a sutileza da justiça própria, porque deve ser denunciada como sendo a mais ardilosa tática da carne, com o aval do mundo e do diabo, a fim de destruir a alma para sempre. Quanto mais o mundo se torna mais religioso, mais cheio da eloquente justiça própria fica. Foi isso o que o Senhor presenciou, enfrentou e confrontou com aqueles arrogantes judeus. Por detrás da justiça própria estão ocultas as mais terríveis armas que a qualquer momento serão empunhadas contra a verdade. Os líderes de Jerusalém foram hábeis em impulsionar os judeus contra Cristo para crucifica-Lo; Saulo de Tarso foi armado até os dentes para destruir os crentes, conforme vemos em Atos 9.
3. A justiça própria se acoberta de um louvor e adoração, revestido de seus próprios caprichos. Notemos isso na vida dos judeus, como eles condenaram a Jesus por estar conversando aqueles que eles desprezavam e que eram tratados como pecadores, dignos da condenação. As palavras deles ressoaram sem qualquer sentimento em favor dos seus semelhantes; se eles fossem ordenados, pegariam pedras para mata-los, tudo porque a justiça própria age assim. Ela é conivente e amiga de todos que agradam a ela, mas se voltará armada contra aqueles que vão contra seus princípios religiosos. Na justiça própria nada sai do coração, tudo é aparência e nada tem para dar a Deus em oferta de gratidão e ações de graças.
A justiça própria é a prova mais clara que a pessoa carrega consigo a soberba de se achar mais justo que os outros e que, no íntimo acha que merece os favores de Deus. A justiça própria sabe orar e as mais pomposas orações; sabe cantar, sabe louvar, sabe ganhar pessoas, etc. mas jamais viu seu coração corrompido nem conheceu a vileza oculta no íntimo. Não brinque com a justiça própria porque ela é humanista e por isso louva os homens, especialmente aqueles que falam tudo o que ela gosta de ouvir. Não foi assim que estavam prontos a fazer com Cristo em Nazaré? Quando o gracioso Senhor começou a falar, então eles começaram como que os “aleluias” e “améns”. Mas quando o Senhor abriu a bíblia e iniciou-Se a falar aquilo que eles não queriam ouvir, então os brados de maldição saíram e a disposição assassina deles se ergueu para matar o Senhor (Lucas 4).
4. A justiça própria também se reveste de um sacrifício sem base bíblica, baseado em emoções e satisfação da carne. A justiça gosta de criar oferendas a Deus; está pronta a fazer os mais rigorosos sacrifícios porque eles satisfazem o ego. Não foi assim com o ímpio rei Saul? Ele desobedeceu a Deus e achou que trazendo os animais amaldiçoados dos amalequitas justificaria seus atos rebeldes (1 Samuel 15). Normalmente, as pessoas mais cheias de justiça própria são as que mais querem fazer um trabalho para Deus. Foi assim com a nação rebelde de Israel, porque para mostrar que estavam sendo corretos tentavam fazer de tudo por meio de sacrifícios, achando assim que Deus estaria satisfeito, conforme vemos no livro de Isaías capítulo 1.
Deus sempre falou com Israel que o que Ele pedia era obediência à Sua palavra e não meros sacrifícios, porque sacrifícios sem obediência a Deus é o mesmo que cultuar a demônios. Vejo hoje com esse aumento de novas religiões o quanto aumentou o número de pessoas que nada querem com a verdade. Jesus foi timbrado no coração de muitos hoje e estão prontos a fazer por Ele, adora-Lo, dizer que estão apaixonados por Ele e querem realizar cultos de louvores a Ele por todos os lados. A justiça própria vai longe em seus feitos malignos.
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