quarta-feira, 24 de novembro de 2021

A VENENOSA JUSTIÇA PRÓPRIA” (12 de 12)


“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não holocaustos; pois não vim chamar os justos, e sim pecadores ao arrependimento” MATEUS 9:13

A DIFERENÇA VISTA NOS CHAMADOS: “... mas pecadores ao arrependimento

        Para encerrar esta mensagem devo levar meus leitores a entender um pouco mais profundo, mas de forma prática o que nosso Senhor quer dizer na frase: “...mas pecadores ao arrependimento”. A razão suprema dessa verdade está no fato que os pecadores que Ele veio chamar são alvos Seu amor eterno. O Senhor conheceu Seu povo na eternidade e num exame cuidadoso vemos que toda linguagem de Deus na bíblia está sendo dirigida a esse povo: “Com amor eterno eu te amei...” (Jeremias 31:3). Todos os crentes precisam desfilar nessas avenidas cheias das belezas da maravilhosa graça salvadora, porque quando Deus diz que Ele amou um povo, devemos lembrar que os pecadores estão intimamente envolvidos nesse amor.

        Assim podemos compreender que o Senhor preparou o mundo para ser o palco glorioso de Sua comunicação e encarnação, a fim de provar a imensidão do Seu amor pelo povo eleito. Que amor singular! Ele entrou aqui e foi até a cruz, a fim de dar-Se a Si mesmo para remir Seu povo dos seus pecados (Mateus 1:21). O Senhor não veio trazer uma salvação hipotética, Ele veio salvar. Ele não entrou no mundo tendo um plano B, caso o falhasse o plano A. Não! Ele foi sozinho à cruz para tomar o pecado do Seu povo sobre si e unir esse povo Nele mesmo em Sua morte, sepultamento e ressurreição.

        Rapidamente, passemos agora a ver que há nesse santo ministério do Senhor essa dicotomia, ou podemos usar o termo “discriminação”. Notemos como Ele se ocupou em dar atenção aos perdidos enquanto com outros ele os ignorou. Foi esse o caso dos ladrões na cruz, pois ele deu atenção a um, mas ignorou o outro. Foi esse mesmo caso do que em Mateus 9, quando Jesus disse aos judeus que não veio buscar os justos, mas sim pecadores.

        Outra lição preciosa é que o Senhor, falando aos soberbos judeus em João 10, Ele declara que conhece Suas ovelhas e que Ele as tem em Sua mão, além do fato que elas também estão na mão do Pai. Também vimos na salvação de Saulo (Atos 8) o quanto o Senhor colocou Sua atenção nele e não em seus companheiros, os quais fugiram ante o fulgor da luz e o terror da voz do Senhor. O evangelho bíblico faz essa discriminação e inclusive vemos como Paulo fala acerca do evangelho que Ele pregava, como sendo perfume para os que são salvos e odor de morte para os que perecem. Deus odeia a justiça do homem; Ele busca os perdidos porque eles lançaram fora toda desculpa e todo farrapa da imunda justiça do homem.

        Outro detalhe de imensa importância no tocante a mensagem do evangelho é que salvar perdidos é um ato de misericórdia e não de justiça. Na cruz o Filho cumpriu toda justiça de Deus e este ficou satisfeito. No trato com os homens Deus entra em cena movido de compaixão, mas esta compaixão vem acompanhada de os instrumentos da graça, porque tudo foi conquistado de modo perfeito na cruz pelo Cordeiro amado. Então amigo, não se surpreenda se você não foi salvo, porque se houver qualquer vestígio de justiça própria no íntimo, é porque no íntimo você está tentando manipular Deus com truques religiosos. A justiça própria mostra que o coração está endurecido e obstinado, rejeitando o amor e misericórdia.

        O que deve fazer? Não é o momento de se humilhar? Não é para lançar fora essa capa imunda, ou na linguagem de Deus, lance fora esse trapo de imundície! Cristo veio buscar perdidos, homens e mulheres que se veem cercados, incapazes por si mesmo de escapar da miséria do pecado e da merecida punição eterna. Por que gritar contra Deus? A decisão mais sábia é humilhar perante o Senhor, reconhecendo seus pecados e buscando em Cristo o perdão e salvação.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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