quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

“A MAIS LOUCA DECISÃO DO HOMEM” (3)

              

“Amou a maldição; ela o apanhe; não quis a bênção; aparte-se dele” (SALMO 109:17)

AMOU A MALDIÇÃO.

        Já pudemos ver que amamos a maldição desde nossa decisão ali no Éden: “Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte...” (Romanos 5:21). A morte é a prova clara da maldição que abraçamos em Adão e provamos isso agora em nosso viver. Mas provamos isso muito mais em nosso viver. O que é que amamos? A maldição! Escolhemos o bem? Escolhemos santidade, justiça, amor real e todas as virtudes que homens criados por Deus deveriam escolher? Claro que não! Entramos no mundo para mentir as mais terríveis mentiras contra Deus (Salmo 58:3).

        Temos que nos humilhar perante o que dizem as sagradas letras, que não há quem faça o bem, nem um só (Romanos 3:12) e ainda afirma que não há quem busque a Deus (Romanos 3:11). Será que tais verdades não nos humilham diante do fato que por natureza amamos a maldição? Temos as mesmas intenções malignas, como confessou Isaías: “...sou homem de lábios impuros...” (Isaías 6:5). Temos em nossos lábios os desejos por dar louvores ao Senhor em santo temor a Ele? Claro que não! Somos por natureza inclinados a mentir, falar palavras torpes, mostrar amarguras e outras manifestações da carne. Todo nosso ser, por natureza proclama que amamos a maldição, porque Deus mesmo já mostrou em Sua palavra o quanto nossos corações são carregados das mais tremendas forças pecaminosas.

        Digo mais que já provamos em nossa vã maneira de viver mostra nossa procedência amaldiçoada. Somos melhores que Caim que amou a maldição e recusou a benção do paraíso de Deus? Somos diferentes dos moradores de Sodoma e Gomorra, os quais, movidos pelas paixões infames da carne foram varridos da terra pela ira de Deus? Não fosse a misericórdia graciosa de Deus, certamente Jacó teria seguido o mesmo rumo de Esaú, seguindo suas paixões e interesses mundanos. Ó, quanta insensatez no pecado! Vendo todos os espetáculos da grandeza de Deus, de seus milagres na criação, da Sua mão de poder, revelando Sua divindade, mesmo assim nossos olhos são mantidos cegos e nossos lábios emudecidos, a fim de não conceder louvores a Ele. Porque amamos a maldição é que recusamos ouvir a voz de Deus em Sua palavra; o livro Dele é mantido fechado e se queremos algo da verdade é somente aquilo que precisamos, a fim de sentir abençoados em nosso viver pecaminoso.

        Veja amigo, se amamos ou não amamos a maldição! E não há como segurar a maldição numa mão e a bênção na outra mão. Se amamos a maldição é sinal claro que rejeitamos a bênção. Maldição e bênção, ambas não podem andar juntas, porque não há acordo. Todo meu ser será dado àquilo que escolhi para amar e servir durante meu viver. Se amei a maldição, como de fato aconteceu, então é à maldição que darei toda minha consagração e serviço. É amando a maldição que vou buscar sentir-me “abençoado” e até mesmo criarei uma divindade que venha me proteger . Que tristeza! Mas é assim o homem nesse infernal caminho largo. O amor à maldição faz o corpo se sentir num paraíso, enquanto a alma seguirá aprisionada e empurrada para o fogo aterrorizante do inferno.

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