“Pois
somos feitura Dele, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus
de antemão preparou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10)
O POVO
DE DEUS – OBRA DA GRAÇA: “Pois somos feitura dele...”
Meu caro
leitor, nada da primeira criação pode ser recuperado. Tudo o que o pecado fez
está exposto no mundo com o cheiro da morte, por isso não resta outra coisa
senão passar tudo pelo fogo (2 Pedro 3). Nossa alegria agora é ver o que Deus
faz com a nova criação: “Criados em Cristo Jesus para as boas obras”. Em Cristo
o povo de Deus é a gloriosa obra de arte da graça. Homens e mulheres perdoados,
feitos justos, santos, filhos de Deus, amados, protegidos e preparados para a
glória. Esse é o proeminente assunto do evangelho apresentado em todo Novo
Testamento e para o qual nossos interesses santos devem estar voltados agora.
Por isso chamo sua atenção para que entendamos o que o Sumo professor quer nos
ensinar em Efésios 2:10.
Se
considerarmos bem, entenderemos que a primeira criação foi apenas a “caixa de
papelão” onde Deus colocou sua joia. Na primeira criação tudo o que foi feito
foi destruído e parecia que Deus foi pego de surpresa. Satanás veio e fez com a
primeira criação, como os terroristas vieram nos Estados Unidos e ali
destruíram as torres gêmeas. Ninguém é capaz de medir os horrores trazidos pelo
pecado e pela morte neste mundo. Porém, para espanto do reino das trevas a
impressionante força da graça entrou em ação. Satanás não contava com a graça,
mas o fato é que a entrada do pecado trouxe o palco favorável, onde Deus com
Seu “Haja luz” apresentaria Sua nova criação. Não haveria a força do amor, do
perdão, da justificação, da reconciliação da ressurreição e da arte de fazer
homens pecadores e vis em cidadãos do céu, se não fosse permitida a entrada do
pecado. É exatamente aí que entendemos o que Paulo diz: “Onde abundou o pecado,
superabundou a graça” (Romanos 5:20)
Satanás pode
ludibriar, enganar e matar o primeiro Adão e tomar ele e sua descendência em
sua mão (1 João 5:19); satanás sentiu pode fazer rugir suas entranhas de
satisfação, por achar que Deus fora derrotado. O velho homem foi criado e
demolido pelo pecado, como se fosse uma casa nova que foi destruída e para
sempre marcado como culpado e condenado e quem seria capaz de explicar que Deus
poderia modificar. A força destruidora do pecado na primeira criação teve o
efeito da morte e onde há a presença da morte, eis que tudo entra no âmbito do
impossível. Não há possibilidade de fazer com que mortos vivam, a não ser que o
pecado seja derrotado e com ele também o poder da morte.
Mas eis que
agora surge a segunda criação em Cristo: “Criados em Cristo Jesus...”.
Entendemos isso? Sendo assim, tudo o que fizermos aqui com os resultados da
primeira criação só obteremos inutilidade. O evangelho não conta com a primeira
criação, a não ser em apresentar os homens como mortos em seus delitos e
pecados. Como mortos, os homens simplesmente não são contados como existentes
na nova criação. Os homens criados em Adão são existentes para Deus como
criaturas naturais, responsáveis, culpados e devedores perante Deus. Como
pessoas espirituais eles não existem, não estão no livro de Deus e não são
contados como cidadãos do céu. O evangelho da glória de Cristo entra no
território natural como Cristo entrou no cemitério, a fim de ressuscitar
Lázaro.
Assim, ao
lidarmos com a nova criação em Cristo Jesus, contamos com o fato que esses
feitos da graça envolvem apenas o povo salvo. A linguagem de Deus para eles é
estranha no mundo dos mortos. A voz de Deus não é ouvida no mundo natural,
porque os salvos, somente eles podem ouvir aquilo que Deus fala ao Seu povo, e
nem esperamos que o mundo natural estará impressionado com a nova criação.
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