“...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e
nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)
HOUVE
UMA AVALIAÇÃO DE TUDO O QUE OUVIRAM.
Na introdução procurei mostrar o que foi
que motivou os discípulos à essa confissão incrivelmente oportuna,
especialmente para esta época que chegou a nós com os charmes da prosperidade.
O nosso Senhor sempre se destacou em graça e verdade, essas duas prerrogativas
Dele jamais faltaram em suas abordagens. Graça sem a verdade não passa de mera
simpatia; verdade sem a graça não passará de orgulho que fere. Nosso Senhor
uniu as duas coisas. Em Seu rosto brilhava a radiante luz da simpatia e da
empatia, mas as Suas palavras revelavam a Sua glória. Nosso Senhor jamais
colocou a verdade de lado, a fim de usar de falsidade com os homens; jamais
vendeu a verdade, a fim de agradar a multidão. Ele procurou andar sempre à luz
da presença íntima e amiga do Seu Pai, além de ser guiado no poder absoluto do
Espírito Santo. Por esse fato estava disposto a ficar sozinho. Foi nessa
circunstância, quando a multidão se afastou para não ouvir seu “duro discurso”
que Pedro e outros disseram: “Para onde iremos nós?”
A graça e a verdade tão mostradas no
viver, nas obras e nas palavras do Senhor não atraíram seus corações, mas
atingiram em cheio a vida dos discípulos. Aqueles homens andaram com o Senhor,
três deles presenciaram a glória de Cristo. Eles compreenderam por obra do
Espírito de Deus que aquele homem com quem andavam não era um mero homem, nem
um mero profeta, mas era o próprio Deus, o Verbo que se fez carne e habitou
entre nós (João 1:14). Aqueles homens conseguiram entender tudo isso, pela fé eles
venceram as ofertas mundanas e optaram pelas palavras de vida eterna.
Quanto precisamos entender essas coisas!
Muitos pegam o livro de João, ficam maravilhados com os ensinos, mas não
conseguem perceber a glória dos ensinos de vida eterna nas palavras do Filho de
Deus. A multidão de judeus corria em busca das obras do Senhor, mas odiavam
seus ensinos. O mundo é sempre assim, pois chega a gostar da religião, desde
que esta lhe faça promessa de milagres para uma vida abençoada aqui. Nada contra
as bênçãos materiais, elas vêm de um Deus bondoso, fiel que se compadece dos
homens. Mas se as bênçãos terrenas não se tornarem um tipo de “tapete” que leve
até as maravilhas da vida eterna, elas resultarão em maior ódio contra a
verdade. Chegará o momento que as bênçãos terrenas serão atribuídas aos ídolos,
conforme disseram os judeus pobres, os quais não foram levados à Babilônia
(Jeremias 44).
Examinemos mais de perto o que realmente
aquela multidão queria da parte do Senhor. Certamente eles não estavam nem um
pouco interessados nas palavras de vida eterna, por isso recusaram e foram
embora. Façamos uma comparação com o que acontece com o sistema evangélico,
porque o que vemos é boa parte correndo em busca do deus riquezas e essa
divindade tem sido indiretamente a mais apregoada em nossos dias. Se não houver
uma busca pela verdade da vida que dura para sempre, os homens ansiosamente
procurarão aquilo que dura pouco tempo. A multidão de judeus viu o milagre da
multiplicação dos pães e achavam que era aquilo que o Senhor faria sempre. Mas
assim que ouviram as Palavras do Senhor da glória, eles recuaram, recusaram e
foram embora.
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