“...Senhor, para quem iremos ? O Senhor tem as palavras de vida eterna, e
nós temos conhecido que o Senhor é o santo de Deus” (João 6:68,69)
HOUVE
UMA AVALIAÇÃO DE TUDO O QUE OUVIRAM.
A luz brilhou no coração daqueles
discípulos e aqueles homens puderam perceber que o Senhor era diferente, que
Sua mensagem era franca, sincera, verdadeira e imutável em Seus propósitos. Em
nada alterava Sua missão em face da atitude antagônica dos judeus. Mais do que
isso, a mensagem era completamente tomada de argumentos eternos, os quais iam infinitamente
além das expectativas mundanas. Aqueles judeus eram homens naturais; a
compreensão religiosa deles só envolvia com as coisas desta vida, por isso
acharam loucas e inaceitáveis a mensagem pregada e ensinada pelo Senhor, não só
no capítulo 6, como em todos os Seus discursos.
Aquela multidão revelou a atitude que
sempre tomavam em relação ao Senhor. As coisas espirituais só são entendidas
pela administração do Espírito de Deus. As coisas eternas não se harmonizam com
coisas passageiras. O sistema mundano vai pensar no pão daqui, na agua que mata
a sede física. Mas as coisas eternas dominam sobre tudo o que é desta natureza
passageira; as coisas espirituais dominam as coisas naturais, porque estas
vieram daquelas. Para aqueles judeus o sistema da lei prevalecia, porque viam a
letra da lei e não o espírito; viam as sombras, mas eram cegos, pois não viam a
realidade das coisas. Queriam um profeta especial que trouxesse melhoras para
Israel, e não sabia que perante eles estava o perfeito profeta – o próprio Deus
com a mensagem celestial para eles. Examinemos um pouco mais os desejos que
ocupavam o coração daquele povo que estava cercado dessa auréola de bênçãos,
mas que a rejeitou de forma abrupta.
Eles queriam palavras que redundassem
em bênçãos terrenas, como o caso dos pães. Seus pais no deserto rejeitaram o
maná, mas agora estava perante eles o próprio pão da vida, mas eles trataram o
Senhor da pior forma. No deserto abominaram o pão dos anjos, mas agora, queriam
realmente fulminar e extinguir o a excelência da provisão que dá vida eterna.
Várias foram as vezes que ousaram não só a desafiar o Senhor, como também
assassiná-Lo e ali na cruz tomaram todos os seus pavorosos armamentos do
coração, a fim de atingir o Senhor. O próprio Senhor Jesus, na terrível
experiência na cruz falou deles no Salmo 22, como touros, leões, feras terríveis
vindos sobre Ele.
É triste ver o que aconteceu com os
judeus. Eles eram altamente privilegiados com as excelências das revelações de
Deus; os oráculos divinos foram transmitidos por homens daquela nação; o Verbo
divino desceu do céu e como homem pisou o solo da Judéia; os mais
extraordinários milagres ocorreram entre eles; os fatos mais poderosos feitos
pelos heróis da fé aconteceram através de homens judeus; a mensagem do
evangelho foi entregue primeiramente a eles e muito mais. Mas foram rebeldes,
obstinados e resistentes ao Espírito Santo. Não importa se eram homens
naturais, isso não era desculpa, porque tiveram oportunidades incríveis, jamais
concedidas aos outros povos, mas se ensurdeceram e recusaram ouvir as palavras
vindas diretamente do próprio Verbo encarnado.
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