quarta-feira, 19 de agosto de 2020

QUANDO DEUS FECHA A PORTA (5)



“E os que entraram eram macho e fêmea de toda carne, como Deus lhe tinha ordenado; e o Senhor o fechou dentro (Gênesis 7:16)
FOI DEUS QUEM ABRIU A PORTA
        A porta da salvação está aberta e ali vemos nessa santa “Arca” que é o Salvador o abundante dom de perdoar. Milhões e milhares partiram deste mundo, desde o dilúvio e jamais conheceram o grandioso perdão de Deus em Cristo. Não é o prazer de Deus em punir, mas sim em expor aos pecadores Seu perdão e salvação. Afinal, não salvou ele milhares? Que diferença há? Intrinsecamente nenhum! Somos todos iguais em Adão. O pecado atingiu igualmente a todos e todos são culpados. Então é certo que não há em Deus qualquer sinal de injustiça em perdoar um e ignorar outro. Que diferença havia no ladrão na cruz que foi salvo, do outro ladrão? Nenhuma! O amor compassivo e misericordioso de Deus é como o oceano, onde todos podem chegar e mergulhar. A arca de Noé certamente não caberia a multidão que morreu, mas o coração de um Deus cheio de misericórdia cabe todos os que se arrependem.
        Pense bem meu amigo, como é pura insensatez não correr para essa arca. Temos um Deus que em Cristo conquistou tudo, a fim de que o caminho para Ele fosse aberto, a fim de que todos possam achegar a esse Deus. O que somos aqui? Somos criaturas perdidas no pecado. Que diferença entre Caim e Abel? Nenhuma! Mas olhe a loucura de Caim! Como foi que desprezou o amor de Deus, o qual lhe apontou o caminho certo para o verdadeiro Paraíso. Chegue perto e você verá que Deus não está mentindo, zombando e recusando o perdido. Chegue e você irá descobrir que não falta absolutamente nada para sua entrada no reino de luz. Falei do grandioso perdão, que esse maravilhoso Deus está pronto a perdoar todos os nossos terríveis e hediondos pecados, tratar com eles de tal maneira que nunca mais vai lembrar sequer de um.
        Posse mencionar a fé. Até mesmo isso Ele conseguiu. Como crer num Deus invisível? Como por nossa confiança em palavras que tratam de coisas jamais tocadas, nem sentidas pelos homens aqui? Pois é, nosso Senhor faz uma cirurgia espiritual na visão do homem, de tal maneira que passe a ver as realidades eternais. Foi isso o que Ele fez no convertido ladrão na cruz. E o arrependimento? Até isso Ele outorga ao pecador (Romanos 2:4), pois Sua presença compassiva enche nosso coração de sentimentos santos de temor, de tal maneira que o homem não tem para onde correr, senão para Ele. Três mil almas se converteram assim no dia de Pentecostes, e quem fez esse majestoso trabalho na vida daqueles homens e mulheres? Foi Deus. Mas você pode dizer que tem seu coração tão duro e inquebrantável, mas o homem que roga a Ele verá que Deus mesmo conhece o coração do homem e Ele mesmo faz com que a alma se converta: “Converte-nos, Senhor e seremos convertidos!”
        Pode ver meu amigo que toda nossa loucura em fugir de Deus é porque não O conhecemos de fato. Quem somos nós? O pecado nos elevou à posição alta da arrogância e do engano de que podemos viver sem Deus no mundo. O próprio pecado impede que vejamos nossos atos nos levam ao juízo. Não há no pecado nenhum sentimento de culpa, de dívida, de que merecemos a condenação. A tarefa do pecado é fechar o cerco ao nosso derredor e proclamar que somos as pessoas mais felizes do universo, que não haverá juízo e que o caminho à frente está livre. Sem Deus no comando achamos que a felicidade está aqui na terra e que nos esperam dias de felicidades. Não foi assim com a população que morreu no dilúvio? Eles morreram em seus pecados e zombaram do pregador Noé, achando que o anúncio do juízo era coisa ridícula e indigna de aceitação.

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