“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado,
porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
O CRER VERDADEIRO
O que
significa crer em Jesus? Se deixarmos ser levados pelas ondas de engano, como
estamos presenciando em nossos dias, certamente seremos envolvidos pelos
misticismos e superstições da época. Satanás espertamente toma o nome para
ludibriar o povo. O mundo se sente bem ao falar de Jesus, crê que ele ouve suas
orações e envolve o nome do Senhor com seus ídolos. Essa sempre foi a tática do
pai da mentira. Os termos bíblicos devem ser usados à luz dos ensinos da
Palavra, se sairmos de lá certamente vamos nos perder nos emaranhados de um
mundo perigoso e sutil.
Sem
dúvida a fé que salva não é da natureza humana, porque nada de bom pode vir do
homem. Ter fé salvadora é fazer o bem, e Paulo afirma em Romanos que não há
quem faça o bem. Tomemos o texto de Efésios 2:8: “Porque pela graça sois
salvos, mediante a fé e isto não vem de vós...”. Notemos que Paulo expõe a fé
como um feito de Deus, juntamente com todos os outros elementos da graça. Todos
aparecem num só pacote das grandiosas obras salvadoras. O que pode vir de um morto?
O que temos nós para dar a Deus? Notemos os homens no pecado. Eles têm no
íntimo um potencial de fé? Examinemos os judeus nos dias do Senhor na terra.
Eles criam no Deus de Abraão, de Moisés e de outros elementos do Velho
Testamento, mas a fé deles não passava de ser confiança no homem; eles vão
inventar algum ídolo, a fim de por a confiança nele. Os judeus criam em Abraão,
da mesma forma como no Velho Testamento criam na Rainha do céu (Jeremias 44);
como criam num bezerro fabricado pelas mãos dos homens. Eles criam em Moisés,
assim como estavam dispostos a adorá-lo, caso descobrissem a sepultura dele.
A fé
que crê em Jesus é a simples, mas poderosa fé, a qual é implantada no coração,
por obra do Espírito Santo. O Autor da fé dos eleitos é Aquele que conquistou
tudo na submissão ao Pai; a que o mundo pervertido tem não pode nem estará
associada à fé santíssima. A fé salvadora eleva os santos à condição de soldados
do Senhor. Eles não somente creem para serem salvos e entrarem no céu, eles
creem para viver diariamente batalhando contra o mal e na santa dependência de
Deus em suas vidas. A fé supersticiosa dos não salvos os mantem escravos,
estultos e idólatras. A fé dos que são realmente crentes é sustentada na
Palavra; ela renova suas forças na verdade; ela mantem seus músculos
espirituais fortes, devido ao poder renovador da palavra; a luz da fé vem da
verdade escrita, é como o sol, enquanto a fé inútil deste mundo não passa de
mero palito de fósforo aceso em densa escuridão.
A fé
mundana não está associada ao Deus da bíblia. Nota-se que Dario, o rei da
babilônia cria no Deus de Daniel, mas não era o mesmo crer daquele homem de Deus.
Enquanto Daniel dormia entre os leões, o rei não conseguia dormir em seu
palácio, com todas as honras ao seu dispor. Que resposta ele tinha? Era um
fracassado e dominado por uma cúpula de elementos invejosos e por uma lei
incapaz de julgar de verdade. Quais foram suas palavras para Daniel? “Que teu
Deus te livre das garras dos leões”. Eis aí a turbulenta fé dos homens; ela
reina bem na calmaria das trevas; ela ouve bem a voz sutil e enganadora do pai
da mentira. Um Faraó tirano tinha fé, mas era a fé que desafiava Deus e na hora
dos terrores tinha que apelar para Moisés e Arão: “Rogue ao teu Deus!”.
Meu
amigo, se seu coração se humilhou diante da verdade; se agora vê sua condição e
a necessidade de um salvador que venha livrar você deste mundo e do castigo
eterno é porque já brotou a fé verdadeira em teu coração. “Se com tua boca
confessares a Jesus...” (Romanos 10:9)
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