“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado,
porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
O CRER DA NATUREZA HUMANA
A
bíblia afirma o quantos os espíritos imundos creem; eles estão por dentro da
verdade revelada. Todo medo dele era por causa do conhecimento que eles tinham
das Escrituras. Mas devemos lembrar
sim que Cristo não morreu pelos demônios. O crer deles não vai servir para que
eles escapem da condenação que virá. Cristo morreu por seres humanos e não por
demônios; o Filho de Deus se tornou homem e não anjo, conforme vemos em Hebreus
2.
Mas
quero tratar agora sobre o fato que a natureza humana pode crer em Jesus, mas
com uma fé ainda inferior à fé que os demônios têm. Até mesmos os crentes são
censurados pela pequena fé. Lembramos que Jesus chamou a atenção dos discípulos
por não crerem no poder absoluto de Deus. Ele exaltou a fé de alguns fora da
nação de Israel, enquanto o povo judeu não confiava plenamente naquilo que eles
aprenderam à luz dos ensinos do Velho Testamento. É claro que muitos creram em
Jesus, conforme vemos em João 2, no milagre da transformação da agua em vinho.
Mas é dito ali que o Senhor não confiava neles, pois sabia o quanto a natureza humana
era inconfiável (2:23-25).
Podemos
esquecer os episódios na jornada do deserto? Aqueles rebeldes criam em Deus?
Criam sim! Eles sabiam no íntimo que ali estava o Deus todo poderoso, o qual
guiava Seu povo com mão forte para a terra prometida. Mas o crer deles não era
nascido no coração; no íntimo eles amavam o Egito, o sistema de vida daquele
povo, suas comidas, seus prazeres, mesmo cercados foram pela dura escravidão.
Milhares não são ignorantes da verdade; milhares conhecem os ensinos bíblicos,
mas todo problema deles é que são rebeldes. Alguns creem em Jesus porque
esperam receber alguma coisa daqui. Foi assim com a multidão despertada pelo
milagre da multiplicação dos pães (João 6). Aquele sinal provocou neles um
despertamento louco por Aquele que poderia bem ser o rei que tanto esperavam.
Mas eram materialistas no coração; eles agiam da mesma forma que agiram os
judeus no deserto; eles queriam pão para sanar a fome física deles, mas no
íntimo rejeitavam o pão celestial, o maná que veio do céu. No cap. 6 inteiro
vemos como o Senhor mostra que Ele é para aquele povo; mostra que Sua mensagem
nada tinha com os desejos insanos dos homens. No final a multidão endurecida
simplesmente foi embora, não querendo ouvir e até mesmo os discípulos ouviram a
pergunta: “Quereis vós, também retirar?”.
Ora, a
natureza dos homens é a mesma de sempre. Quer com os judeus, com americanos,
brasileiros ou de qualquer outra nação, os homens vieram do pecado, por isso
creem num Jesus segundo aquilo que eles esperam aqui. Vejo milhares à busca de
prosperidade e por causa dessa louca pretensão mundana estão prontos a fazer
terríveis sacrifícios. Elementos aproveitadores chegam com suas “redes” de lorotas
e promessas. Até mesmo promessas claramente bizarras e sem qualquer bom senso
são feitas por eles e a multidão acredita. O anseio por uma vida melhor aqui em
todos os aspectos leva muitos a pensar que Deus é um negociante; que Ele
negocia bênçãos em troca de fé e de atividades religiosas. Essa busca ardente
por bênçãos que desce do céu em forma de prosperidade terrena é antiga nos
costumes religiosos dos povos. E agora, o que satanás faz é fazer suas festas
com essa inverdade.
Mas o
desconhecimento de Deus é a causa dessa fé irracional. O povo de Israel se
perdia por causa da ignorância. Não é verdade o que acontece em nossos dias?
Não é o momento para que chamemos os pecadores a voltar de coração para o Deus
glorioso, santo, diante de quem devemos nós temer e tremer?
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