terça-feira, 15 de outubro de 2019

O QUE SIGNIFICA CRER EM JESUS? (3)


                        
“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado, porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
O CRER DA NATUREZA HUMANA
        A bíblia afirma o quantos os espíritos imundos creem; eles estão por dentro da verdade revelada. Todo medo dele era por causa do conhecimento que eles tinham das Escrituras.        Mas devemos lembrar sim que Cristo não morreu pelos demônios. O crer deles não vai servir para que eles escapem da condenação que virá. Cristo morreu por seres humanos e não por demônios; o Filho de Deus se tornou homem e não anjo, conforme vemos em Hebreus 2.
        Mas quero tratar agora sobre o fato que a natureza humana pode crer em Jesus, mas com uma fé ainda inferior à fé que os demônios têm. Até mesmos os crentes são censurados pela pequena fé. Lembramos que Jesus chamou a atenção dos discípulos por não crerem no poder absoluto de Deus. Ele exaltou a fé de alguns fora da nação de Israel, enquanto o povo judeu não confiava plenamente naquilo que eles aprenderam à luz dos ensinos do Velho Testamento. É claro que muitos creram em Jesus, conforme vemos em João 2, no milagre da transformação da agua em vinho. Mas é dito ali que o Senhor não confiava neles, pois sabia o quanto a natureza humana era inconfiável (2:23-25).
        Podemos esquecer os episódios na jornada do deserto? Aqueles rebeldes criam em Deus? Criam sim! Eles sabiam no íntimo que ali estava o Deus todo poderoso, o qual guiava Seu povo com mão forte para a terra prometida. Mas o crer deles não era nascido no coração; no íntimo eles amavam o Egito, o sistema de vida daquele povo, suas comidas, seus prazeres, mesmo cercados foram pela dura escravidão. Milhares não são ignorantes da verdade; milhares conhecem os ensinos bíblicos, mas todo problema deles é que são rebeldes. Alguns creem em Jesus porque esperam receber alguma coisa daqui. Foi assim com a multidão despertada pelo milagre da multiplicação dos pães (João 6). Aquele sinal provocou neles um despertamento louco por Aquele que poderia bem ser o rei que tanto esperavam. Mas eram materialistas no coração; eles agiam da mesma forma que agiram os judeus no deserto; eles queriam pão para sanar a fome física deles, mas no íntimo rejeitavam o pão celestial, o maná que veio do céu. No cap. 6 inteiro vemos como o Senhor mostra que Ele é para aquele povo; mostra que Sua mensagem nada tinha com os desejos insanos dos homens. No final a multidão endurecida simplesmente foi embora, não querendo ouvir e até mesmo os discípulos ouviram a pergunta: “Quereis vós, também retirar?”.
        Ora, a natureza dos homens é a mesma de sempre. Quer com os judeus, com americanos, brasileiros ou de qualquer outra nação, os homens vieram do pecado, por isso creem num Jesus segundo aquilo que eles esperam aqui. Vejo milhares à busca de prosperidade e por causa dessa louca pretensão mundana estão prontos a fazer terríveis sacrifícios. Elementos aproveitadores chegam com suas “redes” de lorotas e promessas. Até mesmo promessas claramente bizarras e sem qualquer bom senso são feitas por eles e a multidão acredita. O anseio por uma vida melhor aqui em todos os aspectos leva muitos a pensar que Deus é um negociante; que Ele negocia bênçãos em troca de fé e de atividades religiosas. Essa busca ardente por bênçãos que desce do céu em forma de prosperidade terrena é antiga nos costumes religiosos dos povos. E agora, o que satanás faz é fazer suas festas com essa inverdade.
        Mas o desconhecimento de Deus é a causa dessa fé irracional. O povo de Israel se perdia por causa da ignorância. Não é verdade o que acontece em nossos dias? Não é o momento para que chamemos os pecadores a voltar de coração para o Deus glorioso, santo, diante de quem devemos nós temer e tremer?

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