“Quem nele crê não é condenado; mas o que não crê já está condenado,
porque não crê no nome do unigênito Filho de Deus” (João 3:18).
O CRER DA NATUREZA HUMANA
Já
sabemos o quanto a natureza humana é esperta. Os homens no pecado tentam
ludibriar o próprio Deus, pois estão sempre dizendo: “cremos, cremos em Deus”.
Não foi assim com os rebeldes israelitas? Pois viram a mão de Deus operando de
forma poderosa no Egito, arrancando-os daquela fornalha de ferro, a fim de leva-los
com sabedoria, poder, bondade e segurança à terra prometida. Mas não demorou em
que eles mostrassem o que estava gravado em seus corações dissolutos e
rebeldes. Várias vezes grupos se erguiam contra Deus, contra Sua liderança,
contra Sua provisão e assim querendo voltar para o Egito.
Ora,
nós somos assim e não há nos crentes qualquer motivo que os leve a sentir
orgulhosos, achando que temos mais vantagens. Quantas vezes ofendemos a Deus,
não crendo em Sua provisão! Quantas vezes somos açoitados pela disciplina de
amor de um Pai bondoso! Estamos sempre perante tantas promessas, mas não cremos
nelas, por isso é preciso que Deus nos faça passar por duras provações, a fim
de nos ensinar a viver, obedecer e trilhar rumo à maturidade. Com os santos
Deus sempre agiu e agirá assim. Enquanto fez Esaú prosperar materialmente, com
Jacó Ele fez que descesse com a família para o Egito. Notemos a atitude de
Tomé. Não andou tanto tempo com o Senhor? E agora mostrava sua disposição em
não crer naquilo que fora ensinado, que o Senhor seria crucificado e
ressuscitaria ao terceiro dia. Ele creu nessa verdade? Não! (João 20:28,29).
Também,
a natureza humana, tão rebelde, segue a Deus sob o impulso paternal. Talvez na
história de Israel não houve um rei que mais causou surpresa ao povo de que
Joás (2 Crônicas 24). Ele foi realmente criado sob o comando de um homem
piedoso, Joiada. Quando assumiu o trono, ainda novo, pareceu que seria um
poderoso líder espiritual e haveriam bênçãos de um homem de Deus sobre a nação.
Mas, assim que Joiada saiu do cenário pela morte, então Joás mostrou quem de
fato era ele, um lobo que estava enjaulado. Quantos filhos de crentes parecem
fieis enquanto estão sob o cuidado dos pais, mas assim que se sentem livres,
então rebelam e vão o tão ambicionado mundo, conforme anelava seus corações.
Eles afirmam que creem, porém não é o crer vindo da Palavra e operado no
coração pela palavra.
Também,
a natureza crê por interesses. Muitos olham a religião cristã como fonte de
recursos materiais, assim como Esaú queria a bênção da primogenitura, porque
queria granjear riquezas. Quando o servo de Abraão, Eliezer apareceu com joias,
ouro e prata, então Labão pode dizer para ele: “Entre bendito do Senhor!”. Os
homens sempre foram assim, porque buscam Deus com esses interesses. Em nossos
dias vemos isso em abundância. A doutrina da prosperidade poderosa e conquista
milhões. Hoje as bênçãos são contadas por quantas “moedas” caem do céu em
nossas mãos. O mundo hoje vem a nós cheio de luxos e confortos; há um grande
anseio por viagens, comidas, carros, amizades, cinemas, festas entre outras
coisas. Muitos abrem a boca para confessar Jesus, mas estribados em sonhos de
uma vida melhor aqui.
Não
foi assim nos dias de Isaías? O povo de Israel parecia muito espiritual, mas
eles lutavam para dizer que estavam indo bem; que eram adoradores; que amavam
Deus; que estavam dispostos a ofertar, cantar, trazer seus sacrifícios e
realizar suas festas. Mas foi nessa euforia contagiante que Deus mostrou o
quanto eles estavam distantes; o quanto tinham seus corações carregados de
iniquidade e que precisavam ser purificados. Deus chama tais pessoas
individualmente à conversão sincera, de coração a Ele, para que sejam salvos,
crendo de todo coração em Seu Filho.
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