terça-feira, 18 de setembro de 2018

A FÉ QUE VEM DE DEUS (9)



“Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10)
AS CARACTERÍSTICAS DA GENUÍNA FÉ
        Quando a fé vem de Deus então as opiniões dos homens de nada servirão. Quando Saulo se converteu, nada quis saber acerca da opinião dos judeus e dos fieis de sua antiga religião. Para Zaqueu, o ódio que os judeus tinham por ele em nada mudaria sua nova posição diante de Deus. Foi essa a atitude do cego de nascença em João 9 diante daquilo que os líderes judeus tão arrogantes opinavam acerca de Jesus, por ele ter realizado aquele milagre, para ele o que valia era que antes era um pobre cego mas que agora podia ver. A fé supera o medo, mesmo que por fora os crentes carregam certo temor pelo fato que ainda estão na carne, mas mesmo na carne a fé tem uma carta na manga: “Em me vindo o temor, hei de confiar em Ti”.
        Notemos bem que a fé não é mera expressão externa, mas sim um relacionamento firme e seguro com Deus no íntimo. Ela difere da falsa fé, porque esta  para diante dos obstáculos e não pode subir às alturas por não ter asas de águias (Isaías 40:30). A falsa fé às vezes parece andar e correr mais do que a fé verdadeira, mas essa impulsão é da carne, porque funciona como uma bola que é chutada ladeira acima, mas que logo desce porque o poder da impulsão acaba. Muitos começam a carreira cristã com fogo, mas esse fogo cessa diante das pressões da carne e do mundo. A fé verdadeira vem da poderosa graça, por isso nunca falha.
        Quando Jacó sonhou ali em Betel, ao acordar pela manhã logo percebeu que aquele lugar era um temível lugar, mas não foi erguido pelo poder da fé, mas sim de uma fé que trama negociar com Deus, por isso fez aquela aliança de dar o dízimo de tudo o que ganhasse, caso Deus o abençoasse em sua jornada e regresso para a casa dos seus pais. Parecia um crente sincero; parecia uma fé que se despontou naquele jovem, mas a verdade é que ali estava um coração incrédulo e disposto a tomar suas próprias decisões e confiar no poder do seu próprio braço. Não fosse a graça eletiva que trabalhasse em favor de Jacó, ele não teria sobrevivido às circunstâncias tão apavorantes criadas por ele mesmo, conforme vemos a partir do capítulo 28 de Gênesis.
        Vivemos os dias quando a fé ímpia se desponta nesse cenário religioso montado por satanás. Mas é fácil perceber que tal fé negocia com Deus e tem como fundamento sua força, idolatria e opinião particular. Na realidade o que vemos são os homens modernos tentando estabelecer seu sistema religioso, criando seu próprio Jesus e enfeitando tudo com fervor e zelo carnal. Acontece em nossos dias o que ocorreu em Samaria, assim que a Assíria levou cativo o povo de Israel e encheu a cidade de elementos estranhos, pois cada um adorava seu próprio deus e se uniu ao credo frágil e  sem base dos Israelitas que ali ficaram. É um quadro da nossa situação atual.
        Mas devemos encarar a fé firme, porque Zaqueu deixou sua casa e subir naquela árvore, para de lá ver Jesus passando. A fé se humilha e deseja ver Deus; Zaqueu queria ver Jesus. Enquanto a multidão queria contemplar milagres, Zaqueu desejava ver o Senhor e foi nisso que foi surpreendido pelas palavras do Senhor Jesus: “Zaqueu, desce depressa!”. O mundo se ocupa com coisas espantosas e maravilhas religiosas. A fé quer conhecer o Senhor e o Senhor vem saudar a fé. Esse é o encontro que paralisa o mundo e encanta o céu. A incredulidade vai longe naquilo que os homens religiosamente podem fazer; a incredulidade brilha sua luz fazendo destacar sua fé, mas é terrivelmente pior a fé que nasce da incredulidade do que a incredulidade total. Os homens se tornam mais terríveis e impiedosos quando exercem a fé que brota de seus corações perversos.
        Cristo Jesus veio buscar não homens que curtem esse tipo de fé, mas sim homens e mulheres simples, totalmente vazios de si mesmos, mas que querem encontrar em Deus o perdão e salvação que vêm somente Dele por meio do Seu Filho.
       

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