quinta-feira, 6 de setembro de 2018

A FALSA CONFISSÃO (6)


                                   
“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21)
O SIGNIFICADO DA VERDADEIRA CONFISSÃO:
        Precisamos entender o significado da verdadeira confissão, para que não sejamos confundidos com a falsa confissão. Somente um alicerce firmado na verdade pode estabelecer a fé e assim torna-la gigante e forte num mundo carregado de tanta mentira. Então, é bom que debrucemos sobre as Escrituras para ver o que a palavra de Deus tem a nos ensinar sobre esse assunto de tanta importância para o viver prático do crente na terra.
        A primeira lição que preciso expor aos meus leitores é o fato que a fé, assim como outras atividades da tão grande salvação está ligada ao trabalho de Deus e não do homem. Tem aquela inútil crença de que a fé parte do homem, enquanto a graça parte de Deus. Isso só tem gerado confusão e mais mentiras. Atribuir ao homem a fé para sua salvação é declarar que Deus precisa do homem para executar Sua obra salvadora; é fazer do homem um sócio no tocante a salvação de sua alma; é buscar agua pura num poço de imundície; é declarar que o pecado não é tão pecaminoso assim e que ainda restou alguns atributos de bênçãos no homem que tombou no Éden; em resumo é declarar que a salvação é baseada nas obras e não puramente na graça soberana.
        Creio que basta uma olhada superficial naquilo que a bíblia ensina e teremos argumentos fortes contra esse ensino tão perigoso e sutil, porque danifica a alma, ao invés de edifica-la. O ensino que a fé vem do homem é fundamentada no errôneo ensino de que o homem tem livre-arbítrio e que Deus respeita a volição dele. Quanto perigo advém desse ensino! Que fujamos disso como se foge de uma víbora. Olhando do ponto de vista natural, até parece que o homem tem esse tal de livre-arbítrio, mas quando chegamos à compreensão dos santos ensinos, conforme nos dá o Espírito Santo, logo concluímos que tal ensino é mentiroso.
        Cremos que o homem precisa crer para ser salvo, mas, por outro lado cremos que o verdadeiro ato de crê é a mais poderosa manifestação da atuante graça de Deus neste mundo. Cremos que a fé verdadeira é o sinal claro de que um morto recebeu vida; de que a luz nasceu onde havia trevas e que o poder de atração da graça mostrou Sua incrível força. Notemos o que nosso Senhor expôs para os judeus e para nós em João 6:44: “Ninguém pode vir a mim, se o pai que me enviou não o trouxer...”. Como a verdade atrai outra verdade! Quem é o ser humano que pode dar um passo sequer para Deus? Nossa natureza adâmica manifesta o mesmo ódio que foi demonstrado por ocasião da queda e desde o nascimento nossa entrada neste mundo foi para amar o pecado, fugir de Deus e odiar Seu reino.
        O homem tem livre-arbítrio para viver no seu habitat pecaminoso, assim como um peixe é livre na água. O homem no pecado é livre para descer ainda mais neste vale mundano e tomar suas decisões naquilo que mais venha agradar sua natureza ligada a esta vida aqui. Seu livre-arbítrio jamais poderá subir às alturas; jamais veremos um homem querendo conhecer o Deus da bíblia, a não ser que esteja puxado pela graça graciosa e regido pelo amor eterno. Dar a verdade revelada aos mundanos é o mesmo que oferecer verdura para o leão. Podemos até dar um banho num suíno e deixa-lo bem limpinho e cheiroso, mas assim que soltá-lo ele voltará para o lugar que tanto gosta devido sua natureza de porco.
        Assim, estamos certos que é Deus quem opera a real confissão no coração; é trabalho vivificador do Espírito. Firmados nisso estamos prontos para avançar no conhecimento da confissão que brilha um coração regenerado pelo poder da graça salvadora. Alguém veio ao mundo para salvar e toda salvação pertence somente a Ele!

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