“Porque o Filho do
Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lucas 19:1-10)
CRISTO
À PROCURA DA GENUÍNA FÉ.
É a fé o único elemento no homem que
impressiona Deus, e a única razão disso é que essa fé emana dele mesmo. Deus
tem prazer naquilo que Ele mesmo opera, porque toda boa dádiva e todo dom
perfeito vêm desse maravilhoso Senhor. Assim, nosso Senhor Jesus sempre se
dirigiu à fé genuína, como ocorreu em Seu encontro com Zaqueu. Sempre ocorreu
esse fenomenal encontro entre a graça e a fé genuína. O propósito da graça é
aliar-se à fé; o trabalho da graça é dar força ao cansado e a fé chega nessa
condição; a graça chega para encher o coração do que crê da santa paz, a paz
com Deus e assim apresentar ao mundo as obras da nova criação neste mundo.
Para nosso Senhor Zaqueu valia mais que
toda aquela multidão faminta por sinais e maravilhas transitórios. Ele veio ao
mundo em busca dos verdadeiros filhos de Abraão, mesmo que eles estivessem
cheios de culpas e contaminações, mas para isso o Cordeiro se fez homem, a fim
de morrer em lugar de homens dessa espécie. Para os judeus arrogantes Zaqueu era
um imprestável, para o Senhor Zaqueu era uma de Suas ovelhas as quais veio
buscar e dar-lhes vida eterna. O Pai havia Lhe entregado aquela alma, o
Espírito veio despertá-lo com a genuína fé e o Filho veio para garantir-lhe a
suficiente salvação, alcançada na cruz. Eis aí o trabalho majestoso da graça
quando tem esse encontro com a fé. É tão triste ver o quanto em nossos dias é
quase impossível achar alguém que crê de todo coração! Achar uma alma
arrependida é como achar agulha num palheiro. Que sinal de juízo de Deus!
Nossas orações sobem ao céu continuamente, a fim de que o Senhor venha em
socorro dessa geração tão corrompido, a fim de trazer um avivamento, antes que
venha terrível manifestação de juízo da parte do Senhor.
Com nossos olhos abertos à verdade
conforme está escrito, veremos que sempre Deus agiu em socorro do que crê.
Mesmo no Antigo Testamento Deus visitou nações, dando sinal claro que Ele tinha
intenção de salvar pecadores no mundo inteiro. Em Suas marchas de julgamento
nosso Senhor sempre manifestou Seu dom compassivo. Foi assim com Raabe (Josué
2), porque quando todos aguardavam a morte de todos os moradores de Jericó, eis
que a providência santa levou uma família inteira ao escape, por meio de uma
ação de fé da parte daquela heroica mulher. A graça também invadiu a nação
Moabita, um povo terrível e idólatra, mas a força impressionante da graça
chegou até ali para ministrar doce e suave obra salvadora na vida de Rute.
Sempre Deus agiu assim; onde a fé genuína manifestou seu brilho de confiança
inaudita em Deus, eis que a graça chegou para dar seu toque de promessa e bênçãos.
A fé é a prova que Deus não falha, que
num mundo tão merecedor de justo castigo ainda Deus opera sua obra salvadora. Quando
a faca da justiça é erguida para abater o culpado, eis que a força da
misericórdia aparece para segurar a poderosa mão julgadora de Deus e assim
concedendo tempo para seus atos compassivos. Não foi assim no dilúvio? Pois
quando tudo marcava a punição imediata de Deus contra um mundo maligno, eis que
brilha e estrela da fé de Noé; era a mão de Deus dizendo que no meio da
escuridão brilha esse farol da graça, para mostrar ao diabo e ao mundo que a
salvação divina triunfa e que Deus opera maravilhas.
Tudo isso vem nos mostrar que Deus agora
age do mesmo jeito; que Seu poder é o mesmo poder atuante e que quando a fé
aparece na terra é porque a graça é triunfante; que o braço forte do Senhor
atua de forma poderosa e que ninguém pode impedir. A porta do céu está aberta
aos que creem de todo coração; o amor de Deus está aceso, da mesma forma como o
fogo do juízo tem suas brasas permanentemente vivas no inferno. Agora é o
momento para que pecadores se arrependam e se convertam a Cristo de todo
coração.
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