quarta-feira, 5 de setembro de 2018

A FALSA CONFISSÃO (5)



“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus 7:21)
CONHECENDO UMA FALSA CONFISSÃO “Nem todo que me diz...”      
        Há uma alegria aparente e perigosa quando os homens recebem bênçãos de Deus, por causa dessas bênçãos materiais muitos podem falar “Senhor, Senhor!”. Alguns até mesmo se consideram crentes, por causa de determinadas graças recebidas da parte de Deus. Foi assim com Israel, conforme o Espírito Santo nos mostra no Salmo 78. Ali há um resumo da atitude rebelde e ingrata do povo que tanto recebeu de Deus, mas que sempre estava dando coices contra a bondade e misericórdia daquele que lhes havia tirado do Egito com mão forte e poderosa. Alguns receberam de Deus aquilo que pediram, mas, segundo o texto foram entregues à vaidade e dureza de seus corações, a fim de morrerem em seus pecados.
        Também, vemos como Deus alertou Israel quanto aos perigos que viriam com a prosperidade com a qual seriam recepcionados na terra prometida. Eles teriam casas, cisternas, plantações, etc. tudo de mãos beijadas, por assim dizer, mas aquilo tudo lhes levaria a ignorar Deus e torna-los endurecidos contra Ele (Deuteronômio 28). Os mundanos gostam do mundo e para terem o mundo estão até mesmo dispostos a engrandecer a Deus e dizer boas coisas a respeito Dele. Não foi assim com Israel quando foi tirado do Egito? Alegraram e regozijaram, mas logo suas bocas estavam prontas a proferir blasfêmias. Os mesmos lábios que podem proclamar “Senhor, Senhor” estão prontos a enaltecer os ídolos e ofender a Deus com palavras.
        Também, posso afirmar o quanto um ambiente sentimental pode promover esse “Senhor, Senhor!”. Os homens pensam que podem manipular Deus; pensam que Deus é igual aos homens e que é levado por ambiente de emoções. Por favor, não me entendam mal, pois não estou contra as emoções, mas sim contra o emocionalismo. As emoções em seu lugar têm grande valor em nossos cultos e em nosso viver. Os crentes são exortados a usar suas emoções para adorar, engrandecer, louvar e exaltar seu Deus. Quando a fé está em pleno controle, então as emoções trazem flores e enfeitam o ambiente com bênçãos extraordinárias. O perigo está nas emoções quando elas aparecem para encobrir as farsas do coração rebelde. Deus fala com Seu povo em Malaquias 3, onde ele chama a atenção para os choros emocionais na suposta adoração, enquanto a vida estava errada.
        As emoções podem ditar perigosamente uma confissão falsa, porque a pessoa achará sempre que consegue usá-las como meio de comunicação com Deus. Um ambiente assim vai ferver de perigo, porque enganará as pessoas e elas não perceberão que estão envolvidas, não na fé, mas sim em sentimentos sem qualquer base nem provas. Milhares vão tomar o argumento das emoções quando forem pegas de surpresa naquele dia: “Em teu nome fizemos...”, coisas assim. Falo isso porque especialmente em nossos dias falsos mestres propagam o culto das emoções, a fim de levar o povo a não pensar conforme devemos fazer no culto a Deus.
        Finalmente, vão dizer no juízo “Senhor, Senhor!”. Quanto perigo envolve as almas! A falsa confissão deve ser extirpada de nossas vidas; ela parece linda, charmosa e religiosa, mas por detrás ela esconde seu veneno e seu punhal. A confissão verdadeira provem do coração e não dos lábios. Quando o coração confessa, os lábios transmitirão verdade. O homem é o que é no coração e não na mera aparência. O povo de Jerusalém, no dia de Pentecostes, todos estavam ali para adorar a Deus, conforme o sistema judaico. Mas quando ouviram a mensagem pregada por Pedro, então puderam entender a situação deles e a culpa terrível que pairava sobre suas cabeças. Tudo mudou quando foram convictos de seus pecados e foram salvos.

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