“Nem todo o que me diz: Senhor! Senhor! Entrará no reino
dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está no céu” (Mateus
7:21)
CONHECENDO UMA FALSA CONFISSÃO “Nem
todo que me diz...”
Há uma alegria aparente e perigosa
quando os homens recebem bênçãos de Deus, por causa dessas bênçãos materiais
muitos podem falar “Senhor, Senhor!”. Alguns até mesmo se consideram crentes,
por causa de determinadas graças recebidas da parte de Deus. Foi assim com
Israel, conforme o Espírito Santo nos mostra no Salmo 78. Ali há um resumo da
atitude rebelde e ingrata do povo que tanto recebeu de Deus, mas que sempre
estava dando coices contra a bondade e misericórdia daquele que lhes havia
tirado do Egito com mão forte e poderosa. Alguns receberam de Deus aquilo que
pediram, mas, segundo o texto foram entregues à vaidade e dureza de seus
corações, a fim de morrerem em seus pecados.
Também, vemos como Deus alertou Israel
quanto aos perigos que viriam com a prosperidade com a qual seriam
recepcionados na terra prometida. Eles teriam casas, cisternas, plantações,
etc. tudo de mãos beijadas, por assim dizer, mas aquilo tudo lhes levaria a
ignorar Deus e torna-los endurecidos contra Ele (Deuteronômio 28). Os mundanos
gostam do mundo e para terem o mundo estão até mesmo dispostos a engrandecer a
Deus e dizer boas coisas a respeito Dele. Não foi assim com Israel quando foi
tirado do Egito? Alegraram e regozijaram, mas logo suas bocas estavam prontas a
proferir blasfêmias. Os mesmos lábios que podem proclamar “Senhor, Senhor”
estão prontos a enaltecer os ídolos e ofender a Deus com palavras.
Também, posso afirmar o quanto um
ambiente sentimental pode promover esse “Senhor, Senhor!”. Os homens pensam que
podem manipular Deus; pensam que Deus é igual aos homens e que é levado por
ambiente de emoções. Por favor, não me entendam mal, pois não estou contra as
emoções, mas sim contra o emocionalismo. As emoções em seu lugar têm grande
valor em nossos cultos e em nosso viver. Os crentes são exortados a usar suas
emoções para adorar, engrandecer, louvar e exaltar seu Deus. Quando a fé está
em pleno controle, então as emoções trazem flores e enfeitam o ambiente com bênçãos
extraordinárias. O perigo está nas emoções quando elas aparecem para encobrir
as farsas do coração rebelde. Deus fala com Seu povo em Malaquias 3, onde ele
chama a atenção para os choros emocionais na suposta adoração, enquanto a vida
estava errada.
As emoções podem ditar perigosamente uma
confissão falsa, porque a pessoa achará sempre que consegue usá-las como meio
de comunicação com Deus. Um ambiente assim vai ferver de perigo, porque
enganará as pessoas e elas não perceberão que estão envolvidas, não na fé, mas
sim em sentimentos sem qualquer base nem provas. Milhares vão tomar o argumento
das emoções quando forem pegas de surpresa naquele dia: “Em teu nome fizemos...”,
coisas assim. Falo isso porque especialmente em nossos dias falsos mestres
propagam o culto das emoções, a fim de levar o povo a não pensar conforme
devemos fazer no culto a Deus.
Finalmente, vão dizer no juízo “Senhor,
Senhor!”. Quanto perigo envolve as almas! A falsa confissão deve ser extirpada
de nossas vidas; ela parece linda, charmosa e religiosa, mas por detrás ela
esconde seu veneno e seu punhal. A confissão verdadeira provem do coração e não
dos lábios. Quando o coração confessa, os lábios transmitirão verdade. O homem
é o que é no coração e não na mera aparência. O povo de Jerusalém, no dia de
Pentecostes, todos estavam ali para adorar a Deus, conforme o sistema judaico.
Mas quando ouviram a mensagem pregada por Pedro, então puderam entender a
situação deles e a culpa terrível que pairava sobre suas cabeças. Tudo mudou
quando foram convictos de seus pecados e foram salvos.
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