terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

“NÃO ÉS QUENTE, NEM ÉS FRIO” (9)




“Assim, porque és morno, e não és quente nem frio, vomitar-te-ei da minha boca” (Apocalipse 3:16)
                               NEM É FRIO, NEM É QUENTE. É MORNO
        As obras dos Laodiceianos provam que não possuem a genuína fé que vem do Senhor para os crentes. Isso significa que os homens não têm qualquer poder neles mesmos para a salvação, mesmo com todo esforço, frequentando uma igreja e fazendo muitas atividades que parecem ser oriundas de Deus. Temos que lembrar que a fé genuína produz obras genuínas e estas são aceitáveis por Deus, assim como Abel fez sua oferta que agradou ao Senhor, enquanto a oferta de Caim foi completamente rejeitada.
        Assim, a adoração proveniente de uma alma não salva não é produzida pela graça nele, mas sim é vista como obra da carne. Devemos cuidar porque a carne em sua estranha devoção consegue façanhas feitas em nome de Deus (João 16:1). Deus, entretanto se agrada daquilo que é produzido pela sua graça no coração; ele não precisa de material estranho para seu santuário, porque tudo vem dele mesmo, especialmente naquilo que concerne a adoração e serviço que os santos prestam a ele. Um coração não renovado na salvação é inimigo de Deus, mesmo que por fora as aparências digam o contrário. Não há qualquer diferença entre um incrédulo fora da igreja com aquele que está numa igreja.
        Também, devemos saber que os não salvos, mesmo estando marcados aqui como crentes, não podem chegar a Deus em oração. Suas orações não têm poder nem eficácia, a fim de subir com força e dinamismo até o céu. Os santos, tanto os mais simples, como os mais destacados sempre oraram com um vigor que vem do coração que teme a Deus. Olhemos a oração de Ana e aprendamos com ela, porque havia em seu coração um firme fundamento de uma fé que confiava plenamente no Deus do impossível, por isso sua petição chegou no trono de misericórdia e ela foi triunfalmente atendida (1 Samuel 1). As orações de uma alma jamais renovada têm qualquer poder. Jesus em seus ensinos afirmou que os pagãos também oram, por isso qualquer pessoa não salva fará as mesmas orações que qualquer pagão existente neste mundo.
        Outra verdade não menos importante pode ser extraída dessa lição. É o fato que os não salvos não participam da mesma comunhão que os salvos têm. A linguagem cristã é diametralmente diferente. Os crentes cantam as músicas de Sião, enquanto os não crentes têm em seus lábios os cânticos mundanos. Os santos têm seus corações purificados, por isso suas palavras saem com sabedoria, poder e santidade, enquanto os não crentes sempre estão tropeçando numa linguagem profana e mundana, conspurcando o ambiente. Os verdadeiros crentes não têm qualquer ligação com este mundo, a não ser com o objetivo de ver a glória de Deus transformando homens e mulheres. Os santos marcham para sua cidade celestial e mostram isso em vigor, persistente fé, coragem e ações de graças. Os não salvos amam o mundo e provam isso em suas palavras e em seus atos.
        Como unir os salvos com os não salvos? Não há como. Os não crentes andam em direção oposta à dos crentes e normalmente dão preferência ao mundo, quando precisam fazer sacrifícios; eles normalmente pegam aquilo que deve ser ofertado a Deus e sacrifica no altar do conforto e dos prazeres. Onde está o tesouro dos crentes? No céu. Mas é fácil achar onde está escondido o tesouro dos não salvos. Basta saber a verdade que seu tesouro está onde está seu coração. Normalmente vemos o não salvo comprometido com aquilo que ele gosta, que ama e que por isso busca com veemente prazer. Que o Senhor nos livre desse terrível perigo, especialmente quando vemos em nossos dias crescendo o número de elementos assim no meio evangélico.

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