“aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo...” (Apocalipse
3:18)
PERTENCE A CRISTO:
“...compres de mim...”
A religião mundana é na realidade um
esforço do próprio homem na busca por algo que parece ser ouro puro. A natureza
humana sempre ousa divinizar alguém que parece ter muita fé. Já citei várias
vezes Israel e o bezerro de ouro, mas aquela ilustração mostra o que os homens
fazem para colocar seus corações e adorá-lo. Até mesmo os homens podem ser
tomados como objetos de veneração e adoração. Aliás, o espírito desta época é
distintamente idólatra, até mesmo no meio cristão. O Salmo 115 ensina como os
homens no mundo são assim, porque eles não têm olhos para contemplar o
invisível, então eles fazem seus deuses e põem sua fé neles. Os crentes têm em
Jesus o Autor da fé e é dele que emana tudo o que os salvos precisam para viver
e confiar em Deus neste percurso de peregrinação.
Voltemos para o texto, porque nosso
Senhor desafia os espiritualmente soberbos, para que comprem Dele ouro puro,
refinado. O que acontece é que eles não têm qualquer recurso aqui e neles para
adquirir fé. Muitos pensam que poderão entrar no céu pela sua própria fé, mas
logo se percebe que não há neles qualquer poder para trilhar o caminho para o
céu; que não há neles santidade para enfrentar um mundo maligno e pervertido, a
fim de agradar a Deus. Aqueles “crentes” de Laodicéia podiam argumentar com o
Senhor, dizendo que criam nele como seu Salvador, mas o fato que a fé deles não
veio do ouro puro e provado – o Senhor Jesus. Como eles podem comprar isso? Os
homens têm recursos neles mesmos para entrar no céu? Eles fazem muitos
esforços; tentam de todos os meios fazer sacrifícios e mostrar o quanto estão
aptos para servir a Deus. Mas tudo inútil. A fé que vem de Cristo é a única que
agrada a Deus, por isso os salvos são os únicos que podem agradar a Deus no
viver.
Caro leitor, a fé humana é feita de
barro, a fé dos salvos é ouro puro. A fé natural é como dinheiro falso, não tem
valor. Não me esqueço em que uma vez fui fazer compras num supermercado e quando
fui ao caixa havia uma senhora na minha frente. Ela passou a mercadoria que
procurava, na hora de pagar ela tinha na mão uma cédula bem dobrada e
entregou-a para a moça do caixa. Quando a moça abriu a cédula descobriu que não
tinha valor, pois era nota antiga que não valia mais. Aquela mulher teve que
enfrentar a vergonha de ser expulsa dali, para não ser presa. Assim como aquela
cédula, a fé natural não tem valor para Deus, por isso que milhares estão
iludidos aqui e serão surpreendidos no dia do juízo.
Os efeitos da fé natural são vistos no
próprio estilo de vida daqueles que estão enganados. A fé natural não veio de
um coração quebrantado, por isso não há temor no viver. O temor a Deus é a
marca que distingue o homem salvo do não salvo. Outro detalhe é que a fé falsa
revela que a pessoa não é provada; sua vida não enfrenta qualquer obstáculo;
tudo para a fé natural e fácil e simples; a vida aqui consiste de ter bênçãos
materiais e descanso neste mundo. Observa-se também que a fé natural não tem
qualquer ligação com a graça operante de Deus. A pessoa não tem um vínculo de
obediência à verdade. A fé veio dele, então a decisão é sempre dele. Se não
quiser estar nos cultos, não vai estar mesmo.
O compromisso da fé natural é com a
própria pessoa que afirma crê. Tudo na vida dela foi algo simples e fácil; ela
passou da morte para a morte e não da morte para a vida. Essa fé não possui “músculos
espirituais” para andar rumo ao céu, para enfrentar o mundo com seus ataques
contra a fé cristã. Então, tal fé veio do homem é morrerá nele e com ele; é uma
corda que arrebenta fácil ante as pressões da vida aqui.
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