quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

A FÉ QUE FOI ENTREGUE AOS SANTOS (3)




aconselho-te que de mim compres ouro refinado no fogo...” (Apocalipse 3:18)
PERTENCE A CRISTO: “...compres de mim...”
        A religião mundana é na realidade um esforço do próprio homem na busca por algo que parece ser ouro puro. A natureza humana sempre ousa divinizar alguém que parece ter muita fé. Já citei várias vezes Israel e o bezerro de ouro, mas aquela ilustração mostra o que os homens fazem para colocar seus corações e adorá-lo. Até mesmo os homens podem ser tomados como objetos de veneração e adoração. Aliás, o espírito desta época é distintamente idólatra, até mesmo no meio cristão. O Salmo 115 ensina como os homens no mundo são assim, porque eles não têm olhos para contemplar o invisível, então eles fazem seus deuses e põem sua fé neles. Os crentes têm em Jesus o Autor da fé e é dele que emana tudo o que os salvos precisam para viver e confiar em Deus neste percurso de peregrinação.
        Voltemos para o texto, porque nosso Senhor desafia os espiritualmente soberbos, para que comprem Dele ouro puro, refinado. O que acontece é que eles não têm qualquer recurso aqui e neles para adquirir fé. Muitos pensam que poderão entrar no céu pela sua própria fé, mas logo se percebe que não há neles qualquer poder para trilhar o caminho para o céu; que não há neles santidade para enfrentar um mundo maligno e pervertido, a fim de agradar a Deus. Aqueles “crentes” de Laodicéia podiam argumentar com o Senhor, dizendo que criam nele como seu Salvador, mas o fato que a fé deles não veio do ouro puro e provado – o Senhor Jesus. Como eles podem comprar isso? Os homens têm recursos neles mesmos para entrar no céu? Eles fazem muitos esforços; tentam de todos os meios fazer sacrifícios e mostrar o quanto estão aptos para servir a Deus. Mas tudo inútil. A fé que vem de Cristo é a única que agrada a Deus, por isso os salvos são os únicos que podem agradar a Deus no viver.
        Caro leitor, a fé humana é feita de barro, a fé dos salvos é ouro puro. A fé natural é como dinheiro falso, não tem valor. Não me esqueço em que uma vez fui fazer compras num supermercado e quando fui ao caixa havia uma senhora na minha frente. Ela passou a mercadoria que procurava, na hora de pagar ela tinha na mão uma cédula bem dobrada e entregou-a para a moça do caixa. Quando a moça abriu a cédula descobriu que não tinha valor, pois era nota antiga que não valia mais. Aquela mulher teve que enfrentar a vergonha de ser expulsa dali, para não ser presa. Assim como aquela cédula, a fé natural não tem valor para Deus, por isso que milhares estão iludidos aqui e serão surpreendidos no dia do juízo.
        Os efeitos da fé natural são vistos no próprio estilo de vida daqueles que estão enganados. A fé natural não veio de um coração quebrantado, por isso não há temor no viver. O temor a Deus é a marca que distingue o homem salvo do não salvo. Outro detalhe é que a fé falsa revela que a pessoa não é provada; sua vida não enfrenta qualquer obstáculo; tudo para a fé natural e fácil e simples; a vida aqui consiste de ter bênçãos materiais e descanso neste mundo. Observa-se também que a fé natural não tem qualquer ligação com a graça operante de Deus. A pessoa não tem um vínculo de obediência à verdade. A fé veio dele, então a decisão é sempre dele. Se não quiser estar nos cultos, não vai estar mesmo.
        O compromisso da fé natural é com a própria pessoa que afirma crê. Tudo na vida dela foi algo simples e fácil; ela passou da morte para a morte e não da morte para a vida. Essa fé não possui “músculos espirituais” para andar rumo ao céu, para enfrentar o mundo com seus ataques contra a fé cristã. Então, tal fé veio do homem é morrerá nele e com ele; é uma corda que arrebenta fácil ante as pressões da vida aqui.

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