“Eu formo a luz e
crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”
(ISAIAS 45:7)
TRANSFORMANDO O MAL
EM BEM.
Caro leitor, todos os santos sabem por
experiência que Deus transforma o mal em bem. A comovente história de José abre
esse cenário de injustiça e perversidade, para mostrar o que Deus faz em favor
dos Seus santos. O que Deus fez foi deixar que os irmãos de José tomassem a
decisão de seus perversos corações. Não fosse a graça de Deus, eis que José
teria sido destruído pela fúria daqueles homens obcecados pelo ciúme e inveja.
Do nosso ponto de vista foi um ato de perverso de Deus deixar que aquele moço
fosse vendido e arrancado violentamente da companhia segura do seu pai. Mas
Deus age com sabedoria e guiou José para o Egito como um embaixador do céu para
o meio de um povo idólatra. Se José ficasse em Canaã, quão inútil ele seria,
mas Deus criou o mal para que Seus planos gloriosos e cheios de Sua compaixão
fossem executados.
Também, posso ir mais longe para afirmar
aqui que Deus criou o mal tendo em vista o bem do próprio Jacó. Depois da morte
de Raquel a notícia da “morte” de José foi o mais duro golpe sofrido pelo velho
patriarca. Mas ali estava chorando, com o coração dilacerado de dor, um homem
que deu golpe nos outros, ludibriou seu irmão, mentiu para seu pai e agora eis
que tem seus filhos agindo de forma ainda mais terrível contra ele. O Deus de
justiça estava ali e Ele não poupa Seus escolhidos; a escola da graça é prática
e somente os que creem podem participar dessas aulas. Mas Deus, através das
duras provas, estava mostrando a Jacó que Seu reino era assim, de justiça e de
juízo; que Seus santos são afligidos aqui, a fim de se tornarem fortes e puros.
Naquele momento Deus retirou todo amparo e consolo, permitindo que Jacó
realmente chorasse lamentasse com intensa dor a perda de um filho querido. A
morte chegou à casa de Jacó e mostrou sua face cruel, apagando toda felicidade
natural e despejando tristeza, angústia, saudade, lamento e muito sofrimento a
um coração de um pai amoroso.
Meu amado leitor, o mal que Deus cria,
tendo em vista o bem do Seu povo, na realidade não é o mal, mas sim o bem visto
no santuário. Realmente, o mal é visto como mal do nosso ponto de vista, mas na
realidade é o fogo da santidade vindo para queimar tudo o que a natureza
rebelde sempre considerou melhor do que Deus. O mal é a vara da correção do
Senhor, para que sintamos Seus golpes de amor, fazendo com que aproximemo-nos
do Seu amor e apeguemo-nos a Ele; O mal é na verdade Sua espada cortando nosso
amor aquilo que passa, que é superficial e que tende ser usado por nós como se
fosse nosso maior tesouro. Deus permite que Seu povo habite em escuridão, para
que dê valor à luz da revelação bíblica; Ele faz com que vejamos o mundo como
é, maligno e desprezível, a fim de que amemos a ressurreição e apeguemo-nos às
riquezas eternas que hão de vir.
Então caro leitor, se você é um crente,
lembre-se que o mal criado por Deus para o crente é um verdadeiro tesouro de
bênção em sua vida; é um professor implacável, mas que tem em vista nos tornar
maduros e cheios de fé. O mal criado por Deus tendo em vista o bem dos santos,
normalmente resulta em louvor, glória, santidade, pureza, adoração, amor
genuíno e verdadeira fé. Por incrível que pareça, na casa de Potifar José estava
mais seguro do que na companhia de seus irmãos. Que bendita presença de Deus!
Quão maravilhoso é ser participante dessa escola da graça!
Então, o momento agora é para que
levantemo-nos triunfantes, pois o Senhor nos ama e jamais deixará de nos amar,
mesmo que estejamos passando pelo vale da sombra da morte aqui nesta vida
passageira.
Nenhum comentário:
Postar um comentário