terça-feira, 15 de setembro de 2015

O DEUS QUE CRIA O MAL III (1)



                            
“Eu formo a luz e crio as trevas; faço a paz e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas” (ISAIAS 45:7)
O SENHOR CRIA O MAL AO ENDURECER O CORAÇÃO DOS SEUS INIMIGOS CONTRA ELE.
        Caro leitor, creio que esse tema é tão abundante e rico em mensagens para nosso bem que creio ser necessário trabalhar em cima desse assunto, tendo em vista o bem do povo de Deus e a salvação dos perdidos. Sem o conhecimento adequado do Senhor, conforme nos dado em Sua Palavra, certamente em nada avançaremos em ajudar as multidões que habitam nas trevas. Pretendo avançar mostrando aos meus leitores como Deus cria o mal. É claro que o assunto é profundo e inesgotável     ,porque estamos lidando com o Todo Poderoso, e grandes são as Suas obras! Mas, naquilo que podemos investigar acerca do nosso Senhor, conforme a fidelidade da revelação, importa que trabalhemos com ardor. Os homens precisam temer o Deus da Bíblia, e qualquer mensagem que não resulta em temor nos corações, certamente é mentira, sendo então perigosa para os homens. Foram nos dias quando a pregação era autenticamente bíblica e comprometida em agradar somente a Deus que nações foram abençoadas e milhares foram salvos.
        Vamos ver agora como Deus cria o mal de outro ângulo. Também Deus cria o mal endurecendo corações de homens e mulheres que se mostram arrogantes contra Ele e Sua Palavra. O que ocorreu com Faraó é uma demonstração clara daquilo que Deus faz com os homens que vivem a desafiá-Lo. Importa que falemos disso porque o evangelho moderno quer tapar o sol com a peneira, ignorando o fato que o mesmo Deus que usa de misericórdia com alguns, também endurece a outros, conforme nos é mostrado em Romanos 9. Nesse cap. Paulo toma Faraó como exemplo daquilo que Deus em Sua soberania fez, faz e fará neste mundo.
        A história de Faraó é bem conhecida para os que leem a Bíblia, mas vale a pena que relembremos bem aquela história, porque ela vem em Romanos 9 fazer parte do propósito santo do evangelho. Sendo assim vemos as narrativas bíblicas com uma visão global, para ontem, para hoje e para sempre. Deus quer mostrar aos homens a forma como Ele age com os homens em todo lugar e em todo tempo, porque os homens são iguais no pecado e se não for uma visitação compassiva de Deus, eis que eles são entregues à obstinação de seus corações que já são, por natureza endurecidos.
        O que aconteceu com faraó foi que Deus simplesmente liberou o exercício natural do seu coração depravado. Entregue a si mesmo os homens são obstinados e revoltados contra Deus, e logo que chega a mensagem do Senhor perante seus olhos e seus ouvidos imediatamente a porta é fechada. Ora, nós fechamos a porta da nossa casa para um inimigo, e Deus sendo considerado um inimigo, é certo que os homens nada querem de Sua luz e soberania. Faraó agiu como qualquer outro agiria se estivesse em seu lugar. Deus já havia prevenido Moisés quando disse que Faraó não ouviria, nem deixaria o povo sair, a não ser por mão forte e poderosa.
        Por natureza nós sempre queremos admitir que Deus respeita a liberdade dos homens; acreditamos no íntimo que o homem tem o livre-arbítrio e que Deus espera que o homem tome uma decisão por si. Mas, quanto engano! Nossa decisão já foi tomada desde a queda e por natureza seguimos o curso natural do pecado. Foi assim com aquele monarca, porque Deus o entregou para fazer o que ele sempre quis fazer. Queria ser independente; queria dono de si mesmo; queria reinar como bem queria; queria ser absoluto em seu reino e queria reinar soberanamente. Até que veio a voz do Todo-Poderoso, então toda fúria foi despertada em seu coração.

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