por Erik Raymond
Cristãos devem ser
pessoas contentes. Nós vemos isto demonstrado nas Escrituras através da vida do
apóstolo Paulo (Fp 4.9-11). Também vemos que isso nos é ordenado em Hebreus
13.5. Bom, o que é contentamento? Eu defini da seguinte forma: Contentamento é
o tranquilo espírito interior que alegremente se submete à providência de Deus.
Como você sabe que está Descontente?
1. Você está murmurando sobre o Presente?
Se nós estamos reclamando sobre algo que
estamos passando no presente momento, então estamos discutindo com Deus.
Estamos dizendo que nós não deveríamos estar passando pelo que estamos
passando. Nossas experiências presentes nos servem como um ímã para puxar a nós
ou o nosso descontentamento ou o nosso contentamento. Se estamos murmurando, então
podemos ter certeza de que nós não somos contentes. Estamos essencialmente
dizendo que Deus está fazendo algo errado.
Devemos perceber que
tal descontentamento questiona a sabedoria, bondade, e poder de Deus.
2. Você tem amarguras por causa do Passado?
Todo mundo já passou por dias difíceis.
Alguns sofreram mais que outros, mas todos já sentiram o aguilhão do pecado e
dor que nosso mundo decaído nos dá. Muitas pessoas vivem sob a nuvem de suas
experiências passadas e se tornam cada vez mais amarguradas. Com o passar do
tempo, nós revisitamos e analisamos as situações a partir da perspectiva de uma
vítima, somente para alimentar a nossa amargura. Não podemos estar contentes no
presente quando estamos alimentando amargura a respeito do passado. Estamos essencialmente
dizendo que Deus fez algo errado.
Devemos perceber que
tal descontentamento questiona a sabedoria, bondade, e poder de Deus.
3. Você está preocupando com o Futuro?
O que vai acontecer amanhã? Como saberei
que realmente tudo vai estar bem? Onde vou trabalhar? Com quem casarei? Podemos
fazer centenas de outras perguntas acerca do futuro, mas a conclusão é que nós
não sabemos. E não podemos saber. Infelizmente, muitas pessoas sentam-se no
cativeiro da preocupação a respeito do futuro e perdem o gozo do contentamento
no presente. Jesus diz que isso é a característica do incrédulo (Mt 6:25-34) e
não do crente, que conhece e confia em Deus. Se estamos nos preocupando, então
estamos essencialmente dizendo que Deus fará algo errado.
Devemos perceber que
tal descontentamento questiona a sabedoria, bondade e poder de Deus.
Como aconselhamos a
nós mesmos?
1. Lembre-se da Doutrina da Providência.
Providência basicamente significa que
Deus está trabalhando cumprir todas as coisas que devem acontecer. Ele está envolvido
nos detalhes; por meio dela, com as Sua mãos, Ele sustenta e governa todas as
coisas (como diz o catecismo). Isto significa que qualquer coisa que aconteceu,
está acontecendo ou acontecerá vem com sanção divina. E mais, cristãos em
especial devem ser encorajados a lembrar que a providência divina significa que
ele está operando todas as coisas de forma que elas contribuam juntamente para
a Sua glória e o nosso bem (Rm 8.28). Quando eu estou insatisfeito a respeito
do passado, presente ou do futuro, então eu estou lutando contra o governo de
Deus, questionando Sua sabedoria e duvidando do Seu amor. Se estamos
insatisfeitos, então devemos nos lembrar da confortante doutrina da providência
de Deus.
2. Lembre-se da Bondade de Deus.
Estar descontente é questionar a bondade
de Deus. Lembremos que as coisas não estão “boas” porque dizemos que elas estão
boas. As coisas estão “boas” porque elas estão consistentes com quem Deus é e
com o que Ele diz que é bom. Ele é o juiz da bondade. “Tu és bom
e abençoador” (Sl 119,68). Enquanto nós, como crentes, podemos ter dificuldades
em aceitar o rótulo de Deus daquilo que é bom (Rm 8:28) nós podemos ter certeza
de que a dificuldade não é com a definição de Deus, mas com a nossa percepção
do que é bom. Nós podemos diagnosticar e aconselhar muito dos nossos problemas
pessoais se interpretarmos nossas circunstâncias à luz do caráter de Deus ao
invés de interpretar o caráter de Deus à luz das nossas circunstâncias. Ele é
bom.
3. Lembre-se da cruz
O mais importante
remédio que temos para nossas almas é a cruz. É o colírio que remove a
irritação dos olhos das nossas almas e focaliza a nossa vista com clareza
baseada na verdade. A cruz nos faz lembrar o que nós merecemos. Nós não
merecemos misericórdia, mas a recebemos. Deus interviu na nossa eterna
celebração egoísta e pregou o nosso pecado na cruz (Col. 2:14). Não podemos
jamais falar daquilo que merecemos quando estamos debaixo da sombra da cruz. A
cruz nos lembra que Jesus recebeu o que nós merecemos e nós recebemos o que Jesus
mereceu. É difícil murmurar e reclamar quando você lembra que merece o inferno.
Mas a cruz também nos lembra que Deus é
confiável. Não é este o maior problema para nós? Você pode confiar em Deus?
Bem, coloque-se novamente sob a sombra da cruz e deixe o apóstolo interpretá-la
para você a aplicá-la às experiências da nossa vida:
“Aquele que nem mesmo
a seu próprio Filho poupou, antes, o entregou por todos nós, como nos não dará
também com ele todas as coisas?” (Romanos 8:32)
Se você pode confiar em Deus para cuidar
dos maiores problemas (pecado/morte) então você pode confiar que ele vai cuidar
de você em coisas secundárias (tudo mais).
Se desejamos aprender
a ter contentamento, então temos que ser capazes de reconhecer o
descontentamento. Se estamos murmurando, amargurados ou preocupados então
podemos ter certeza de que estamos descontentes. Devemos correr de volta ao
Deus da Palavra e à Palavra de Deus para sermos relembrados da verdade.
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