quinta-feira, 13 de agosto de 2015

TEMPO DE HUMILHAÇÃO (11 de 11)




“Humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus que Ele a seu tempo vos exaltará” (1 Pedro 5:6)
A BÊNÇÃO DA HUMILHAÇÃO: “...e Ele a seu tempo vos...”
        Caro leitor, ao tratar sobre a bênção da humilhação, nossa tendência é buscar  essa bênção, mas seguindo sempre o sistema pernicioso e supersticioso da carne. A natureza carnal sempre está disposta a sacrifícios, desde que isso traga recompensas passageiras. Tendo essas motivações perigosas em vista, eis que será impossível correr para buscar abrigo debaixo da potente mão, porque ali não é lugar para isso. Enquanto não vermos o quanto esse mundo é um lugar perigoso; que estamos cercados por inimigos cruéis e extremamente mais poderosos do que nós, certamente, procurar refúgio debaixo da potente mão de Deus não será o caminho a ser tomado. Enquanto a carne se sentir poderosa e independente, eis que estaremos sempre flutuando aqui, sob o domínio dessa atmosfera de vaidade terrena.
        Então, segue-se que nossa maior motivação ao buscarmos refúgio debaixo da potente mão não deve ser a nossa exaltação, mas sim a obediência a Deus. Nosso Deus é nosso abrigo seguro, nossa Torre Forte, nossa casa de habitação permanente. O próprio fato de estar ali, em oração, em humildade e santo temor já é exaltação. Quando estamos nos sentindo abrigados em Jesus, eis que podemos rir de quaisquer perigos, assim como uma criança se sente quando está refugiada nos cuidados do seu pai. Um pai, vendo que um cão bravo iria pegar seu filho, imediatamente ele correu e se colocou entre o animal e a criança para defendê-la. Então, imagine estar sob esse santo e portentoso abrigo! Quando nos sentimos seguros, então somos exaltados nessa segurança, como diz a primeira estrofe de um antigo hino:
                        Abrigado em meu Jesus, há descanso e paz.
                        Tenho alívio, quando aflito, paz dará se estou contrito.
        Foi nesse santo e bendito lugar que os crentes de todos os tempos e de todos os lugares se sentiram confortáveis em meio às mais terríveis adversidades. A mente humana jamais poderá conceber a ideia de um homem dormir um sono tranquilo numa prisão, sabendo que no dia seguinte será executado. Foi assim com Pedro, pois cercado de um forte aparato de segurança dos guardas, e sendo preparado para morrer no dia seguinte, mesmo assim pode dormir, e só foi acordado pelo anjo que veio libertá-lo da prisão naquela noite (Atos 12). Veja bem o quanto o forte braço do Senhor era seu teto de segurança, era seu lugar de conforto que invadiu seu ser. Daniel sentiu-se assim enquanto repousava na cova dos leões, pois antes de ser atirado ali buscou em oração refúgio e segurança no seu Deus (Daniel 6).
        Também, precisamos saber que quando nos refugiamos humildemente nos braços do Senhor é que conquistamos a verdadeira força que vem ao coração. O mundo sempre está focado naquilo que é externo. Mas não é assim com o crente, porque quando ele se humilha e corre para o lugar certo é ali que ele ganha forças. É da presença poderosa do Senhor que os crentes tiram força, sabedoria, poder, prudência e amor. É debaixo da portentosa mão do Senhor que aprendemos as lições que somente os gigantes na fé aprenderam.
        Mais do que isso, ao refugiarmos ali em santa obediência, nós, pobres vermes, entenderemos sim a grandeza desse Deus que nos arrancou com Seu forte braço do controle do pecado, da tirania do diabo e do anelo de terror eterno da morte e do inferno. Foi o Senhor sozinho que foi até à cruz para nos conquistar; foi Ele sozinho que enfrentou os horrores do mal, a fim de que fôssemos livres eternamente do pecado e suas consequências. Seu braço é forte e será sempre assim; nunca o Senhor ficará fraco e Ele mesmo nos livrará dos perigos e nos levará para Seu reino celestial.

       







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