“Ora, Ora, o escravo
não fica para sempre na casa; o Filho sim, para sempre” (João 8:35).
A CONDIÇÃO AVILTANTE
DO ESCRAVO: “Ora, o escravo não fica para sempre na casa...”
Prezado leitor, creio que é o momento
para que examinemos de perto o texto. Na introdução procurei ressaltar o
contexto, a fim de que meus leitores possam entender o que nosso Senhor quer
realmente ensinar no texto em pauta. Sendo assim vamos agora considerar de
forma penetrante três lições que o texto nos mostra. Na primeira lição veremos
que a casa pertence a Deus e não aos escravos do pecado. Na segunda veremos a
grande farsa do pecado, o qual ilude as almas e lhes leva a pensar que são
donos daquilo que eles acham que têm. E a terceira lição nos mostrará que o
Filho é o Herdeiro absoluto de todas as coisas.
A nossa primeira lição nos mostra que a
casa pertence a Deus. Tal verdade é cheia de ensinos preciosos e os escravos
do pecado neste mundo devem saber acerca disso. Como já havia mostrado na lição
anterior, os escravos naquele tempo nada tinham de direitos. Eles eram
comprados para trabalhar e viviam até à morte para essa finalidade. Então caro
amigo, nós que nascemos no pecado, nós que somos descendentes de uma raça caída
precisamos estar certos que nada aqui é nosso. Eu sei que o engano do pecado
ludibria os homens de tal maneira que eles, não somente pensam que são donos
daquilo que possuem, como também querem mais. No Salmo 49 vemos o Espírito de
Deus transmitindo essa lição. Eis os pensamentos de enganos que estão
armazenados no coração do ímpio: “O seu pensamento íntimo é que suas casas serão
perpétuas...” (verso 11). É nessa condição ludibriadora do pecado que vivem os
homens neste mundo, pois sempre estão querendo mais e lutam para armazenar
mais. Mesmo que a morte esteja chegando perto para ceifar-lhes a vida, mesmo
assim eles correm para agarrar o que puderem deste mundo.
Também, lembramos que neste mundo somos
peregrinos. Mas o fato é que os homens no pecado vivem sob essa atmosfera de
engano, sempre pensando que vão viver mais, sempre achando que a morte está a
km de distância e que eles ainda têm um prazo de vida a mais. Sob o engano do
pecado os homens sempre miram um horizonte mundano de venturas e de
prosperidade, por essa razão sempre estão correndo para seus ídolos e suas
superstições, a fim de buscar mais sortes. Eles não percebem que estão no mundo
para morrer e que a morte é certa. Eles se agarram àquilo que vão deixar aqui e
põem seus corações naquilo que em nada lhes pertence. É assim que acontece com
ricos e com os pobres, com os fracos e com os fortes, com os grandes e com os
pequenos. Foi sob esse cetro de terror que o arrogante Faraó veio a sucumbir
nas águas do mar vermelho, levando consigo toda sua arrogância e ilusão.
Amigo leitor, o que vou lhe dizer? Pare
e pense nisso. O que eu e você somos aqui? Nada! No pecado os homens não passam
de seres que vivem aqui marginalizados, pois caíram no pecado e aqui vivem dia
a dia a servir o pecado com seus corpos mortais. Não é assim? Quanto tempo há
de durar sua vida? Você que se acha dono do seu viver e que por si próprio toma
conta daquilo que supostamente é seu, saiba que você nem sabe quanto tempo
durará sua pobre existência terrena. O dia chegará quando você vai deixar este
mundo, e o que você ajuntou com tanto esforço ficará para quem? Ah! Que
miséria! Trabalhar, lutar, cansar e sofrer para o nada! Ajuntar para depois
perceber tardiamente que o vento proceloso do inferno veio e arrancou tudo o
que possuía! Não é insensatez? O momento
agora é para que você, ó alma, venha a meditar profundamente no fato que você é
um pobre escravo, caso você ainda não foi liberto por Cristo. Sendo assim é
fato que a vida aqui se torna vazia, medíocre e miserável. Quem sabe você tem
sido acordado agora para perceber esses fatos e assim se converter de todo
coração a Cristo.
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