sexta-feira, 28 de agosto de 2015

UM POVO VITORIOSO (8 de 9)




“Porque todo o que é nascido de Deus vence o mundo; e esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1 João 5:4)
DEFININDO BEM NOSSA ARMA:  “A nossa fé”
        Caro leitor, somente o povo nascido de novo é capaz de vencer este mundo, os mais são escravos, derrotados e empurrados com todo esse sistema enganador para as trevas eternas. Qual é a arma que é usada com poder nessa ofensiva cristã? O que mostra que o povo salvo é um povo vitorioso? A resposta está clara no texto: “...a nossa fé”. Já ficou demonstrado para todos e em todos os tempos que qualquer religiosidade fora da fé cristã não passa de palha seca. Também não há habilidade natural capaz de derrotar este mundo, porque o mundo exibe sua capacidade em homens habilidosos e espertos. Deus não lida com habilidades naturais, porque a graça opera usando homens simples, humanamente frágeis a fim de executar Suas obras portentosas contra este mundo. Aliás, o mundo tem muito de artes, programas, atividades filantrópicas e culturais; o mundo se gaba disso, diz que pode fazer melhor do que Deus e do que os crentes. Mas tudo isso não passa de fracasso e completa derrota para o mundo. O tempo comprova esse fracasso.
        Mas precisamos tirar qualquer confusão no tocante a fé, porque não se trata de uma fé qualquer, mas sim da “nossa fé”. Não há alguém que seja um imitador da fé como satanás. Ele é exímio nessa arte, por isso ele instila nos corações não santificados o pensamento que todos têm fé em Deus. Mas a Bíblia faz diferença entre a fé natural e a fé espiritual; da que vem dos homens e da fé que vem de Deus; da fé gerada nos corações pelo Espírito Santo e da fé que veio do homem e que morre com o homem. Por essa razão a Bíblia usa o artigo: “A fé” e usa também o pronome possessivo: “A nossa fé”. Ora, estamos entrando em território santo, por isso lavemos nossas mãos e nossos pés. Deus não tolera fogo estranho em Sua casa e em Seu serviço. A fé que vem do homem é tão carnal e ofensiva quanto qualquer pecado.
        Mas quero aqui afirmar a fé que habita no coração do verdadeiro crente, porque essa fé é um fogo que jamais se apaga. A fé cristã nasceu quando Deus mesmo abriu seus olhos para ver e seus ouvidos para ouvir. Que doce chamada! Que ligação eterna! Agora a voz de Deus para o crente é ouvida, porque há um fio invisível que faz o povo de Deus entender de onde emana essa voz. Ora, os santos estão de comum acordo, porque todos eles têm a mesma fé: “...uma só fé...” (Efésios 4:5). Todos eles creem nesse Salvador e têm a mesma salvação; todos eles amam o Livro e vivem dia a dia dessa revelação que de uma vez por todas nos foi entregue.
        Os santos de Deus não são robôs espirituais, cada um é diferente como pessoa, mas a fé salvadora todos a têm igualmente. Essa é a fé que une os santos e que os põe em perfeita sintonia na alma. Assim que Saulo mostrou ser um crente, nascido de novo, eis que entra em cena Barnabé, a fim de unir Saulo ao povo de Deus (Atos 9). Também foi essa fé que tomou o coração dos crentes no Velho Testamento. Todos criam no Deus da sua salvação; todos aguardavam a ressurreição e anelavam habitar na Nova Jerusalém celestial. A história é igual, o Deus é o mesmo, a esperança é real para todos. Por quê? Cristo é o Autor dessa fé: “...autor e consumador da fé”. (Hebreus 12:2).
        A fé natural é como fumaça, pois aparece e logo se dissipa, mas “a nossa fé” é diferente. Ela jamais perece, mesmo que em meios às perseguições, as promessas deste mundo e aos aparentes fracassos da igreja. A fé verdadeira é a poderosa fé, a fé que só pode subir. A fé é os olhos do coração abertos e ouvidos da alma sintonizados com Deus e com Sua verdade revelada aos homens. Por essa razão é dito: “Quem tem ouvidos para ouvir, ouça...” (Apocalipse 3:22).

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