“Ora, Ora, o escravo
não fica para sempre na casa; o Filho sim, para sempre” (João 8:35).
A CONDIÇÃO AVILTANTE
DO ESCRAVO: “Ora, o escravo não fica para sempre na casa...”
Caro leitor sei que fui bem sucinto na
introdução, mas creio que foi suficiente para mostrar nessa grandiosa passagem
o triste destino que aguarda os escravos do pecado. Não esqueçamos que nosso
Senhor está confrontando os soberbos judeus. Aqueles homens estavam tão cheios
de vaidade religiosa; se achavam tão espirituais, a ponto de desprezar as
nações. Eles acreditavam que o simples fato de serem descendentes físicos de
Abraão já lhes garantia o direito de entrarem no Paraíso para viverem
eternamente com Abraão, o patriarca deles. Mas eles não sabiam que diante deles
estava o próprio Senhor Deus, Aquele que falou com Moisés, o mesmo Deus de
Abraão. Nosso Senhor estava revestido da humanidade e sua aparência era
exatamente aquela que descreveu o profeta Isaías no cap. 53: “...como raiz de
uma terra seca...”, e Sua glória estava encoberta pela Sua forma humana.
O que nosso Senhor faz, Ele mostra
àqueles judeus que eles eram escravos do pecado; que eles neste mundo viviam
para servir ao pecado como qualquer outro pecador; que eles eram filhos do
diabo (verso 44) e que um dia eles seriam ceifados dessa pobre e vã existência
terrena e que o destino deles seria terrível, longe do lugar onde estava o pai
Abraão, o qual tanto eles ansiavam ver. Naquele tempo a escravidão era algo
comum, pois havia mercados de escravos, assim como temos em nossos dias
mercados de coisas que precisamos. O que acontecia era que aqueles homens que
eram comprados nesses mercados passavam a servir seus senhores, mas nada tinham
de direito, assim como Hagar a escrava de Sara fora despedida de casa sem
receber absolutamente nada. A diferença entre um escravo e um filho era sem
comparação, pois um filho tinha direito, era herdeiro, enquanto o pobre escravo
vivia para servir naquilo que precisava.
Meu caro leitor, quantas lições
precisamos extrair dessa rica passagem! Que sejamos bem humilhados, porque em
nada somos diferentes dos judeus; os homens são tão escravos do pecado quanto
eles; os homens todos são filhos do diabo, assim como eles, então, caso não
haja entendimento da salvação, caso não haja conversão a Cristo, o Filho,
certamente o destino é o mesmo que Jesus mostrou aos judeus. Assim como eles
estavam enganados pelo pai da mentira, os homens de todos os lugares, em todas
as épocas sempre foram e são enganados. Em nossos dias a arma mais poderosa de
satanás para manter os homens arrogantes e fugitivos de Deus é a trapaça
religiosa. Ele tem feito com que homens e mulheres se sintam bem; ele tem feito
com que todos encontrem lugares onde eles são tratados como se fossem filhos de
Deus; o pecado em nossos dias tem sido tratado com apenas um problema e visto
até mesmo como um direito de todos.
Prezado amigo, o forte humanismo é o
tema central do enganador nestes dias de tanta ausência da verdade. Não é
necessário que apliquemos a mensagem certa? Não é necessário que a Palavra de
Deus seja exposta em sua glória e poder, a fim de descobrir o “câncer”
espiritual que corrói os pecadores sem que eles percebam? Em meu ministério de
pregar o evangelho tenho experimentado o que isso significa; tenho visto como
somente o evangelho é capaz de fazer ruir essas muralhas de engano, a fim de
que os pecadores se posicionem perante a luz da verdade. O momento é agora
amigo! Um bom médico é aquele que mostra o problema real do paciente e não
aquele que engana com paliativos. Nosso Senhor é o Salvador, o Senhor da
verdade e assim como Ele chegou aos judeus com toda verdade, assim também Ele
chega agora aos corações, porque Seu intento é salvar.
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