“As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque
as Suas misericórdias não tem fim” (Lamentações 3:22)
AO RETIRAR AS MISERICÓRDIAS DE DEUS APARECE O JUÍZO: “...são a
causa de não sermos consumidos...”
Caro leitor,
estamos vendo em Lamentações o quanto o juízo de Deus trouxe a terrível
calamidade, pois Jerusalém fora assolada e ficou por setenta anos entregue à
miséria. Boa parte da população foi exilada para Babilônia, porque o povo não
ouviu a voz de Deus por meio dos profetas e se entregou às práticas de maldades
e idolatria. Foi nessa circunstância tão adversa que o Espírito Santo inspirou
Jeremias e assim nos trouxe esse pequeno, mas maravilhoso livro de Lamentações.
Mas o cap. 3 é a parte central que mostra o real significado da misericórdia.
Jeremias está chorando, vendo a condição da cidade santa, por essa razão ele
expõe a necessidade de se humilhar, reconhecendo que a única razão do viver do
homem neste mundo é a presença da gloriosa misericórdia de Deus.
Caro leitor, tenho
procurado mostrar o quanto este mundo é um lugar tremendamente perigoso, pois
ainda satanás reina aqui, como deus deste presente século perverso. Ainda a
morte está realizando seu macabro serviço em favor do inferno. Sem uma
iluminação bíblica os homens não percebem essas coisas. Os homens estão em meio
a escuridão, nem sabem onde estão tropeçando. Eles nada veem acerca daquilo que
é espiritual, pois satanás se oculta nas trevas. Sua luta prossegue, pois ele
comanda o mundo na tentativa de ser igual a Deus e ele não parou na sua louca
tentativa de unir o mundo inteiro, em todos os setores que envolvem essa
organização cósmica. A meta dele é ser igual a Deus, no sentido de imitar o que
Deus tem feito, a fim de confundir as multidões e transformar o mundo na mais
bela e encantadora babilônia, local de todo prazer, mentiras e palco de toda
idolatria.
Ainda mais, a
morte é a presença mais terrível que existe neste mundo, devido a entrada
do pecado. Os homens enganosos nem param para pensar e meditar nisso. A própria
morte cultiva esse sentimento de tranquilidade nos corações; ela serve de
consolo, como se fosse um galardão para as almas enganadas. Ela sustenta aos
homens que no final tudo irá dar certo e que não haverá juízo. Mas o fato é que
os homens não percebem que ela trabalha constantemente para o inferno. Os
verdadeiros fatos a respeito do destino eterno das almas ficam ocultos dos
olhos, dos sentimentos e do coração iludido. Espertamente satanás sabe como
trapacear os corações com mentiras acerca do que virá após a morte. Facilmente os homens no pecado dão crédito
às lendas e crendices; eles permitem que as invencionices e superstições fiquem
gravadas em seus corações e assim formar a fé de cada um. Andando no pecado os
homens não percebem que estão agindo como loucos, pois estão perante ferozes
inimigos, mas mesmo esses terrores são tratados como se fossem amigos e leais
companheiros na jornada por este mundo. Os homens agem como ovelhas errantes,
as quais não dão conta dos leões e das hienas ao derredor. Eles mesmos acendem
suas próprias luzes da crendice e de uma fé sem qualquer solidez, a fim de dar
descanso às suas almas.
Também vemos este mundo
vil que desafia a Deus e as leis de Deus. O mundo é o campo de ação de
satanás; é o céu que ele oferece aos homens aqui. Se alguém quer conhecer a
atuação do braço de satanás, conheça o mundo e suas manobras. Veja o que
satanás faz aqui, suas manobras políticas, religiosas, financeiras, etc. O
mundo é a rede dele e milhares estão emaranhados nessa rede, sem que possam
escapar. O mundo é o presídio de satanás; é a fornalha de ferro do pai da
mentira; é o palco de suas mentiras e onde atrai a atenção dos homens para que
ele seja adorado por meio daquilo que é visível. Os homens vivem aqui
encantados com esse príncipe e todas as suas mentiras são aceitas como se
fossem verdade.
Meu amigo, para
onde você irá? O mundo é uma prisão e os
homens não percebem que estão presos. Só a misericórdia de Deus para alcançar
os perdidos e tirá-los dessa condição tão triste de pobres escravos do pecado.
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