domingo, 5 de agosto de 2012

PODE O SALVO PERDER A COMUNHÃO COM DEUS? (4 de 4)


EXAMINANDO 1 JOÃO 1:6-10.
 1. DEUS É LUZ: Ao falar de Deus como luz entendemos que:
         A verdade a meu respeito será revelada perante a luz da Sua presença, nada ficará oculto: “...porque tudo que se manifesta é luz” (Efésios 5:13).
         O que mais falta em nossos dias são pregações que ponham os pecadores perante a gloriosa verdade a respeito de Deus. Pouco vemos de luz jorrando dos púlpitos para pôr os homens perante o Deus de toda glória. O Deus da revelação bíblica é largamente desconhecido no meio evangélico hoje e deuses adaptados aos anseios da carnalidade humana têm surgido para trazer entretenimentos.
-        A verdade a respeito da Sua santidade, que ele odeia o pecado, será revelado à luz da Sua presença, “...ai de mim! Estou perdido!...os meus olhos viram o Rei, o Senhor dos Exércitos” (Isaías 6:5).
Pregadores temem afastar as pessoas dos cultos se pregarem o que Deus manda que Seus mensageiros preguem. Temem pregar todo conselho de Deus.
-        A verdade a respeito do tratamento Dele com os Seus será revelado à luz da Sua presença, “...Deus, porém, nos disciplina para aproveitamento, a fim de sermos participantes da Sua santidade” (Hebreus 12:10).
Os verdadeiros crentes são conduzidos pelo caminho da disciplina, porquanto o Pai celestial jamais deixará de evidenciar esse amor que corrige e assim leva o crente à maturidade.
-        É em plena luz que Deus comunica com os Seus e Ele o faz através de Sua revelação escrita, “Lâmpada para meus pés á a tua palavra e luz para os meus caminhos” (Salmo 119:105).
Aquele que é de Deus ouve a Palavra de Deus. A falta de interesse pela palavra de Deus na vida é uma demonstração clara de que a pessoa nunca foi salva.

2.     REQUISITO PARA TER COMUNHÃO COM ELE. (versos 6 e 7)
-        Posso afirmar que tenho comunhão com Ele, mas se eu ando nas trevas estou afirmando com meus atos que desconheço o Deus da verdade que é Luz. Sendo assim estarei mentindo (verso 6) e como mentiroso não tenho a Deus como meu Pai, mas sim o diabo (João 8:44).
“Se dissermos que mantemos comunhão com Ele e andarmos nas trevas, mentimos e não praticamos a verdade”.
-                  Só posso ter comunhão com Ele se eu andar na luz, e ao entrar na luz por meio do Caminho certo, descubro que é ali que Deus tem a provisão para meus pecados mediante o sangue do Seu Filho, “Mas se andarmos na luz como Ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus, Seu Filho nos purifica de todo pecado” (verso 7).
Obs. A expressão “uns aos outros” é a tradução da palavra grega “allêlon” que trata de relacionamento, mesmo que envolva apenas duas pessoas. Ela está usada, por exemplo, em Lucas 23:12, onde trata da reconciliação de dois inimigos, Herodes e Pilatos:
 “Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois, antes, viviam inimizados um com o outro.
        
3.     O PERIGO DE NÃO RECONHECER SEU PECADO (verso 8)
“Se dissermos que não temos pecado nenhum, a nós mesmos nos enganamos e a verdade não está em nós”.
O que João nos mostra nesse verso é uma atitude de ausência de confissão que se manifesta em milhares de pessoas. É o orgulho de não reconhecer no íntimo sua situação de perdido e condenado por ter nascido no pecado. Essa mordaz rebelião contra Deus, às vezes fica disfarçada de tal maneira que ninguém percebe. Se, perante o Deus de luz, eu, no íntimo, negar minha situação de um pecador, nascido no pecado, estarei  enganando a mim mesmo, e tal atitude indica coração endurecido e conseqüentemente, ausência de confissão. Nunca devemos esquecer que Deus requer a verdade no íntimo e não na aparência (Salmo 51:6). O Deus da revelação deixou bem claro a respeito da minha situação como pecador culpado perante Ele:

4.     O PECADOR QUE ENCONTRA A SALVAÇÃO (verso 9)
“Se confessarmos os nossos pecados Ele é Fiel e Justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça”
O requerimento de Deus para o pecador sair das trevas para a Sua maravilhosa luz está na genuína confissão. A confissão é a maneira bíblica de Deus tratar o pecador. Nunca qualquer pessoa poderá entrar na presença de Deus, sem que tenha um coração contrito e quebrantado que o leva ao reconhecimento de sua miséria e total desamparo, necessitado, não somente de perdão, como também de purificação. A verdadeira confissão encontrará o Salvador Fiel e Justo para perdoar (justificação) os pecados e purificar (regeneração) de toda injustiça.
        
5.     O PERIGO DE NÃO RECONHECER MINHAS ATITUDES PECAMINOSAS (verso 10
“Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a Sua palavra não está em nós”

Aqui está outra manifestação do orgulho natural do homem. Milhares de pessoas estão achando que podem afirmar que são salvas, quando estão escondendo o mal no coração. Querem ir para o céu mas não querem abandonar seus pecados de estimação os quais estão bem guardados. Querem o “ingresso gratuito” para entrar na Nova Jerusalém, mas aqui querem desfrutar da idolatria da “doce Babilônia”, e dos manjares deliciosos que o “Egito” oferece.
A verdade é, que, se perante a luz reveladora da palavra de Deus; perante a justa e perfeita lei do Altíssimo, eu negar que tenho cometido pecado; se eu achar justiça em mim mesmo, apesar de afirmar que sou pecador, mas que não tenho cometido qualquer pecado que me caracteriza como um miserável e condenado, indica também ausência de confissão, e estarei assim chamando Deus de mentiroso, declarando que sua lei também é mentirosa e tenho assim um coração endurecido e fechado para Sua palavra:
Eis aí uma breve exposição desses versos onde claramente podemos aprender que a salvação de um pecador contrito e quebrantado o introduz na família de Deus, onde ele se torna partícipe de uma contínua e ininterrupta comunhão com esse Deus que agora se tornou o seu Pai. Porém, estou certo que esta singela explicação não foi suficiente para mostrar o fundamento certo de que não há possibilidade de o crente perder a comunhão com Deus, por isso desejo esclarecer alguns pontos importantes do texto em pauta.
PODE O CRENTE ANDAR NAS TREVAS?

“Se, porém, andarmos na luz como ele na luz está temos comunhão uns com os outros...” (1:7)

 O ensino de que o crente perde a comunhão com Deus se ocorrer algum pecado em sua vida, pecado que ele porventura, não venha a tratar e confessar, tal ensino pressupõe que o salvo passa a andar nas trevas. Ora, se eu não estiver andando na luz, obviamente estarei tropeçando nas trevas. Porém, tal ensino não tem base em nenhuma passagem das Escrituras, porquanto somente e tão somente os não salvos estão nas trevas.
-        Por exemplo, nosso Senhor em Sua apresentação do Seu ministério de salvação aos pecadores mostrou que isso é algo impossível de acontecer:
“De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu Sou a luz do mundo, que me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (João 8:12).
Nosso Senhor foi bem enfático: “não andará nas trevas”. A pessoa que é salva é introduzida numa verdade de luz: ”Mas a vereda do justo é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito” (Provérbios 4:18). Ele deixou de tropeçar nas trevas; ele segue a verdade, porquanto o seu Deus é o Deus da verdade, portanto tal comunhão é algo que jamais poderá perder; jamais poderá ser lançado às trevas por quaisquer circunstâncias.
-        Passemos para os ensinos dos apóstolos. A igreja de Corinto foi uma igreja cheia de sérios problemas relacionados à indisciplina e atitudes de carnalidades, mas Paulo, um verso antes de trazer suas reprimendas necessárias para aqueles irmãos, os trata, não como pessoas que foram afastadas da comunhão com Deus. Pelo contrário, ele afirma:
“Fiel é Deus, pelo qual fostes chamados à comunhão de Seu Filho Jesus Cristo, nosso Senhor” (1 Coríntios 1:9).
Duas lições são dignas de nossa atenção nesse verso. A primeira é que Paulo afirma a fidelidade de Deus: FIEL É DEUS. Mesmo diante do fracasso daquela igreja; mesmo diante de nossos fracassos, Deus é Fiel e jamais irá anular aquilo que foi feito por ele na Sua Graça. A segunda lição é que foi o Soberano Deus que chamou aqueles santos à COMUNHÃO do Seu Filho. Não foi uma decisão tomada por eles, mas sim pelo dom Gracioso do Senhor. O que Paulo estava querendo dizer é que o Deus Fiel não havia mudado em face da infidelidade deles e que a situação dos crentes era a mesma perante a fidelidade desse Deus. As nuvens das atitudes infantis deles em nada apagariam o sol da graça. Eles eram Seus filhos que partilhavam da comunhão da Sua família, e que por causa disso seriam tratados com a disciplina proveniente dessa comunhão.

-        Em Colossenses 1:13 temos outra forte prova da impossibilidade do crente afastar-se da luz gloriosa que usufrui na comunhão com Deus:
         “Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor”
         Diante dessa verdade, como podemos aceitar qualquer possibilidade do salvo ser arrancado da radiante luz da comunhão com seu Pai Celestial? Cristo intitula Seus discípulos de “Luz do mundo” (Mateus 5:12; o próprio crente é chamado de luz:
         “Pois outrora éreis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz” (Efésios 5:8).
        

-        Mais um verso será suficiente para fortificar e alicerçar os santos no fato que eles jamais poderão, nem um segundo sequer, ser afastados da comunhão de amor que somente os salvos desfrutam na família de Deus:
         “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz” (1 Pedro 2:9).
         Este verso exibe não somente a glória que Deus revestiu a igreja neste mundo, como também mostra que ela foi colocada neste império de trevas para justamente brilhar a glória desse Deus que efetuou tal milagre em tirá-la da escuridão do pecado para a Sua maravilhosa luz.

                                               ENTENDENDO A COMUNHÃO BÍBLICA
         Vamos estabelecer nossas vidas sobre os alicerces firmes e inabaláveis da suprema Graça. Onde os homens tentam entrar com seus argumentos, somente criarão dificuldades e atrapalharão o andar normal dos santos pela estrada estreita da amorosa comunhão com o Pai que tanto lhes amou em Cristo com amor eterno e imutável. Porém, precisamos entender o que significa o andar na luz dessa comunhão do crente com seu Deus. A carne, Satanás e o mundo tendem a vituperar nossa fé para que jamais vejamos as coisas do ponto de vista bíblico. A comunhão bíblica implica que:
1.                 Só posso andar na luz se houve realmente uma confissão sincera dos meus pecados e o perdão e a purificação por meio do Sangue do Filho de Deus,  e posso estar seguro de que isso aconteceu se agora amo a palavra de Deus e não me escondo da verdade revelada. (1 João 1:9).
2.                 Se eu estiver andando no pecado como algo normal em meu viver, realmente estou provando que nunca conheci o Deus da Bíblia e que jamais houve novo nascimento, não obstante minha confissão perante os homens, ou minha fachada religiosidade (1 João 3:9).
3.                 As lutas, o conhecimento da minha miséria natural e de toda disposição para cair, as quedas e levantamentos, os fracassos aparentes, as provações, as angústias e outras situações semelhantes, fazem parte da comunhão disciplinadora (Hebreus 12:10); posso ver essas coisas ao meu respeito porque habito na luz, e devem ser motivos de exultação e não de desânimo, (1 Pedro 1:6,7). A fé cristã tem a marca celestial da perseverança, porquanto a Palavra de Deus opera isso, (1 João 2:17).
4.                 Terei em meu coração amor genuíno pela comunhão com os irmãos em Cristo, (1 João 2:9). A falta de interesse pela companhia dos santos para servir e adorar a Deus é sinal de ódio e desprezo, mostrando que não faço parte da família celestial e que nada tenho de vida eterna: “...aquele que não ama permanece na morte” (1João 3:14).
5.                 É Deus quem opera em minha vida aquilo que é agradável a Ele, e que a forma dEle agir em nada satisfaz as expectativas da carne (Romanos 12:1).
6.                 Os erros por mim praticados terão consequências desastrosas não obstante eu ser um crente, (Gálatas 6:7).


                  

           


 

 

 

                                                                                                                               O QUE SIGNIFICA A CONFISSÃO DE 1 JOÃO 1:10?


Talvez você agora esteja insinuando no coração de que eu estou ensinando de que o crente não deve jamais chegar a Deus em confissão uma vez que o verso 9 de 1 João 1 está referindo ao ato da conversão do pecador; e que sendo assim o crente deve viver entregue ao desleixo espiritual. É preciso que esclareça a verdade, porquanto uma verdade sempre há de atrair outra verdade.
         Convém que eu explique à luz da verdade em toda Escritura o fato que o verso tão conhecido de 1 João 1:9 está tratando somente e tão somente de salvação, e que sendo assim é um verso aplicado ao pecador não salvo. Se houve salvação em minha vida a verdade desse verso está afirmando que já ocorreu aquilo que o Espírito de Deus ali ensina. Ali tem grande promessa da poderosa salvação conquistada pelo Cordeiro de Deus para a alma arrependida e mostra a única porta de acesso à presença de Deus; ali está ensinando o que significa o passar da morte para a vida, das trevas para a maravilhosa luz.

O PERDÃO
         Temos um firme fundamento a respeito do perdão que Deus concede a alma quebrantada que chega a Ele em confissão. Os que foram salvos já foram de uma vez por todas perdoados. É em cima desse fato que Deus move os Seus Santos a agir uns com os outros no espírito de perdão:
         “...perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou.” (Efésios 5:32).
         Notemos que na obra da graça o perdão já lhes fora concedido e eles vão agir à luz daquilo que receberam. Temos também em Colossenses 2:13: “...vos deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos”.
         Ainda temos outra fulgurante passagem em Hebreus, onde o escritor sagrado faz menção da promessa da graça de Deus feita no Antigo Testamento em tratar com o Seu povo, mostrando a diferença entre a aliança da lei e a aliança da Graça: “...também de nenhum modo me lembrarei dos seus pecados e das suas iniqüidades para sempre”. É esse o glorioso trabalho da salvação. Deus não fica remendando as pessoas; não há no exercício da Soberana Graça qualquer atribuição de culpa, de mancha e de qualquer impureza naqueles que achegaram ao Bendito Salvador buscando nEle o perdão e a purificação.
                                                                          
A PURIFICAÇÃO
Outrossim, o verso afirma que o Bendito Salvador não somente perdoa como também purifica o pecador que chega a Ele em sincera confissão. É bem claro o ensino bíblico de que a purificação, assim como o perdão, acontece de uma vez para sempre na salvação de uma alma. Na purificação temos a gloriosa obra de transformação. Não esqueçamos, jamais que Cristo é o Autor de uma salvação eterna (Hebreus 5:9). Paulo fala aos crentes de Corinto que alguns deles foram outrora elementos com práticas de hediondas iniqüidades, mas, diz ele, “...vós vos lavastes, mas fostes santificados, mas fostes justificados em o nome do Senhor Jesus Cristo e no Espírito do nosso Deus.
         Quando os apóstolos reuniram com os presbíteros em Jerusalém para resolver o problema da confusão que os judeus estavam causando aos crentes gentios com suas tradições judaicas, eles concluíram que a salvação que os gentios receberam era a mesma salvação dada aos judeus. Pedro afirmou a respeito daquilo que Deus havia feito aos crentes gentios:
         “E não estabeleceu distinção alguma entre nós e eles purificando-lhe pela fé o coração” (Atos 15:8).
         Notemos que o verbo “purificar” está no passado indicando algo que Deus já havia feito, e ensina também que foi feito a todos os crentes. Os crentes em Cristo são chamados de “santos” e Deus vê Seus Santos como limpos, sem qualquer mancha que venha interferir no relacionamento com Ele. “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Romanos 8:33).
A CONFISSÃO NA PRÁTICA CRISTÃ
         “Portanto, todo aquele que me confessar diante dos homens, também eu o confessarei diante do meu Pai que está no céu” (Mateus 10:32)

         Não devemos esquecer, jamais, que toda doutrina tem um efeito prático na vida. Quando a doutrina é errada, vai direcionar por caminhos errados, mas quando a doutrina é correta, ela estará afirmando que certamente o caminho pela frente é de fato o caminho correto e que podemos transitar nele com segurança.

         O que significa “confissão”? Em linguagem bem prática respondo que confissão é a porta do coração  completamente escancarada para Deus. Um pecador confesso na alma nada tem a esconder, pelo contrário está como Jó, mudo e pasmado ante a presença Santa, (Jó 40:3,4)por isso está aberto e transparente diante de Deus.
         Temos alguns exemplos de confissão na Bíblia. Olhemos a confissão de Davi no Salmo 51; a de Isaías (Isaías 6); a silenciosa confissão da mulher adúltera, (Lucas 7:36-50); a de Saulo em sua queda perante o Senhor no caminho de Damasco, (Atos 9:1-9), etc.
         Digo e afirmo que quando isso acontece na salvação, a pessoa será assim também durante toda sua vida aqui. Pergunto, o que é a vida de um genuíno crente conforme é apresentada em todo Novo Testamento? Respondo que é uma vívida e contínua confissão perante Deus e também perante os homens. Quem é o crente? É aquele que todos podem ver. Sua vida é bem transparente perante Deus e os homens, conforme é apresentado na Bíblia:
1.                 Há nele uma contínua confissão de uma vida justa baseada na justiça de Cristo: “Aquele que não conheceu pecado, Ele o fez pecado por nós, para que nEle fôssemos feitos justiça de Deus” (2 Coríntios 5:21)
2.                 Há nEle o Espírito de Santidade que o leva a buscar continuamente pureza e santidade no viver tendo em vista agradar a Deus: “E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta esperança, assim como Ele é puro” (1 João 3:3).
3.                 Tornou-se um alvo da perseguição injusta por parte deste mundo somente porque carrega dentro de si a justiça de Deus: “Mas, ainda que venhais a sofrer por causa da justiça, bem-aventurados sois...” (1 Pedro 3:14)
4.                 Há nele uma contínua atitude de confissão na dependência da graça de Deus, por isso é alguém que continuamente pode orar: “Orai sem cessar” (1 Tessalonicenses 5:17), porque seu corpo é agora santuário do próprio Deus (1 Coríntios 5:19).
5.                 Há nele uma predisposição, não somente para perdoar, como também achegar-se em confissão ao seu próximo: “Confessai, pois, os vossos pecados uns aos outros...” (Tiago 5:16)
6.                 Sua fé é Santíssima, (Judas 20) e seu amor por Cristo está acima de qualquer oferta deste mundo, por isso jamais irá negar ao Senhor perante os homens. Se houver qualquer deslize não demorará em enxergar sua atitude e prostrar perante o Pai Celestial para andar em santa obediência.

Mas, para aquele que ainda não passou da morte para a vida, e que por isso transita por ermos caminhos de escuridão sem saber onde tropeça, a verdade é bem clara nas Escrituras que tal pessoa desconhece o Deus da Bíblia. A luz de uma igreja, ou de qualquer atividade religiosa feita em nome do Senhor não passa de ser como um palito de fósforo aceso em plena escuridão. Especialmente em nossos dias satanás tem se manifestado como anjo de luz para trazer aos corações incautos uma impressão de bem-estar que os levará fatalmente à perdição. Não esqueçamos que a luz que ele acende fatalmente apagará.
                   Nunca o Deus da Bíblia forneceu nem há de fornecer qualquer paz vinda do alto para aqueles que vivem se deleitando no caminho do pecado. Aquele que tem comunhão com as trevas jamais terá comunhão com a luz, pelo contrário, ele haverá de fugir sempre da luz para que suas obras não sejam manifestadas. A popularidade evangélica dos nossos dias em nada tem intimidado a Deus. Ele não se associou com o príncipe das trevas para promover paz entre o reino do céu e o reino deste mundo.
                   A solução para o pecador é tomar o rumo do arrependimento. O Deus da Bíblia fala com o pecador no terreno do arrependimento. É ali que o pecador em sincera confissão de fé, encontra o Deus de misericórdia e o Sangue do Seu Bendito Filho, poderoso e suficiente para lhe purificar de todas essas imundícies encobertas no coração.

A pergunta: “Pode o salvo perder a comunhão com Deus?” tem a resposta, creio eu, bem checada e autenticada na firmeza bíblica. Procurei mostrar que é impossível para os verdadeiros crentes perder essa comunhão eterna e gloriosa que a Graça Eterna providenciou. A minha expectativa é que aquilo que tenho apresentado sirva, não para criar qualquer polêmica, mas sim para alicerçar os verdadeiros crentes na solidez da genuína fé que de uma vez por todas foi entregue aos santos (Judas 3), e é por essa fé que temos que batalhar enquanto estamos seguindo, em plena vereda de luz, rumo ao lar.

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