“... aquele que em vós começou a boa obra...” Filipenses 1:6
Prossigo em afirmar que para o que confiou em sua decisão não foi dito: “necessário vos é nascer de novo” (João 3:7), porquanto a sua “soberana decisão” lhe garante ser nova criatura. Mas a verdade é que imprimiram isso em sua mente e como ele está tão confiante! Entretanto ele jamais conheceu o que significa “invocar o Nome do Senhor” para ser salvo; não foi implantada em seu peito a fé que vem de ouvir obedientemente a palavra (Romanos 10:17); jamais conheceu o trabalho glorioso e Soberano o qual opera a vivificação no coração, trabalho este que é resultado da vontade de Deus no homem (João 1:13). Sem conhecer o milagre do novo nascimento, que desejo o homem natural tem pelas coisas do céu? Ele não amará a Palavra de Deus, porque: “quem é de Deus ouve as palavras de Deus...” (João 8:47), sendo assim nenhum crescimento terá como fruto da nova vida, a vida eterna que há no Filho de Deus.
Está bem claro na linguagem de Paulo que é Deus quem começa a Sua boa obra naquele que Ele salva. Por quê? A Deus pertence a salvação e Ele nunca convidou ninguém, nem mesmo os anjos, para uma sociedade na obra da salvação. As Escrituras proclamam que o Filho é o Autor e aperfeiçoador da fé (Hebreus 12:2); o Filho e o Pai estão juntos, somente eles, na obra milagrosa de salvar pecadores neste mundo. É a nova criação (2 Coríntios 5:17) assim como ocorreu na primeira criação. O efeito do pecado no mundo é terrivelmente catastrófico, não é um mero problema social como é apregoado em nossos dias. O pecado trouxe a morte, por isso é que o Filho afirmou para os estonteantes e incrédulos judeus: “...Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (João 5:17). Criação é milagre e Deus é Deus dos milagres, o “único que opera grandes maravilhas” (salmo 136:4), por isso eis a ordem: “Rendei graças ao Senhor...” (Salmo 107:1), e quem pode fazer isso? Não é a emoção carnal; não é a vontade humana tão subordinada a render graças ao pecado (João 8:34), mas sim a fé genuína que pode obedecer tal ordenança dada pelo Espírito aos santos.
Não posso avaliar os males causados pelo ensino que o homem é livre para tomar uma decisão para Cristo. Preguei numa igreja onde uma senhora queria conversar comigo após a mensagem a respeito da Soberania de Deus. Ela falou aos meus ouvidos: “pastor, eu não tenho paz”. Mas eu percebi que a ela foi ensinado que já estava salva, pois tinha feito sua decisão de aceitar Jesus como Salvador, por isso logo procuraram afastar a senhora de qualquer ajuda que eu pudesse prestar-lhe.
O que fazer? Voltemos à palavra inspirada! Honremos ao Senhor com pregações que exaltem sua glória, soberania e poder na tão grande salvação planejada na eternidade e conquistada na cruz pelo Seu Glorioso Filho. Encaremos os pecadores com a responsabilidade deles em se humilhar diante do fato que merecem o justo Juízo que virá. Enquanto pregamos, oremos pela Sua visitação misericordiosa em nosso meio para Ele realizar, a Seu tempo, a salvação de homens e mulheres.
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