“... aquele que em vós começou a boa obra...” Filipenses 1:6
AUSÊNCIA DE TRIUNFO NO VIVER
Quando é Deus quem opera pela Sua Graça no coração do Pecador, não somente haverá salvação pela fé em Cristo, como também a Graça há de fortalecê-lo para o viver dia a dia. Quem somos nós na luta pelo pecado? Somos neste mundo quais minhocas escondidas na terra achando que estão bem seguras ali. As ordenanças divinas para o crente lutar contra a carne, o mundo e o diabo seriam completamente nulas, inúteis, vãs, se não houvesse a obra do Espírito de Deus implantando a lei de Deus no coração dos seus santos para que eles amem santidade e justiça e ao mesmo tempo odeiem a iniqüidade em toda sua manifestação.
As ordenanças de Deus dadas na Sua Graça vêm carregadas do poder da própria Graça para a obediência do crente. Ele está aperfeiçoando Seu povo pelo amor (Tito 2:12), através da disciplina da graciosa graça a fim de que Seu povo seja apresentado naquele dia como noiva pura, sem mancha nem ruga (Efésios 5:27).
Quando é o homem que começa essa “boa obra” que tem por base a livre decisão do pecador, é óbvio e claro que logo descobrir-se-á sua completa ineficácia, sua total falácia na luta contra o mal. Não há poder no homem para isso. Lutero afirmou o seguinte: “Sob o domínio de satanás, a vontade do homem nem mais é livre, nem tem domínio próprio; antes, é escrava do pecado e de satanás, só podendo desejar o que seu príncipe determina”. Diz o Salmista: “Eu nasci na iniqüidade, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5).
O caminho que se estende à frente daquele que confia no homem, é um caminho plano com um planejamento adaptado à religião de um coração mundano que se contenta apenas em manter seu ingresso em mão para apresentar naquele Dia. O caminho estreito com suas dificuldades para ser trilhado não lhe fora apresentado; esse caminho é santo para um coração que não foi santificado; as montanhas para serem vencidas pela gloriosa fé, a qual, de uma vez por todas foi entregue aos santos, não são aceitáveis pela sua credulidade natural e cega. Ele se abstém continuamente das lutas e guerras contra o mal; ele sempre terá seu ouvido mouco para ouvir a respeito das tempestades e procelas que virão à medida que aproximarmos do nosso Reino celestial (Atos 14:22). Suas mãos não são habilitadas para tomar a espada do espírito na guerra contra o mal; desconhece a ferocidade do inimigo preferindo uma vida cristã que lhe faz sossegado no seu cantinho, como Jonas dormindo no porão do navio. Aquele que começou a “boa obra” nele afirmou que doravante tudo é paz, prosperidade e ausência de sofrimento. Ele agora quer como um “manso herdar a terra”, por isso estará de mãos dadas com os homens e sempre querendo ouvir “paz, paz, quando não há paz”. Estará sempre apto para aceitar toda imposição legalista controlando seu viver. As proibições que lhe cercam chegam como seus lisonjeadores ornando-lhe de uma aparente santidade e de um suntuoso traje de justiça própria.
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