“Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” Miquéias (6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que pratiques a justiça...”
Prezado leitor estou tentando mostrar em Miquéias 6:8 o novo homem em Cristo requerido na lei, mas que só pode ser exibido na força da graça. Todo meu esforço consiste agora em mostrar o homem em relação a si mesmo; a transformação que acontece somente na conversão genuína, fazendo dele um homem transformado no íntimo e apto para andar conforme os padrões da santidade bíblica: “...que pratiques a justiça...”.
Lembro os leitores que, no tocante a mensagem do evangelho dirigida aos homens, o tema da justificação é o assunto que está em eminência tanto no Velho quanto no Novo Testamento. Mostrei na mensagem anterior a segunda parte do verso 4 de Habacuque 2, referindo àquilo que ocasiona a soberba no homem: “...sua alma não é reta nele...”. Eis aí a causa da soberba! Por fora o que se manifesta é uma atitude arrogante em relação a Deus e Sua Palavra. Por fora o que aparece é uma disposição de afrontar a Deus, insultá-Lo e resistir-Lhe! Por fora o homem natural manifesta-se em contínua luta para fugir de Deus e montar seus esquemas de justiça própria.
Permita-me caro leitor expandir um pouco mais esse assunto, porque creio ser tão oportuno. Estou certo que não estarei divagando. O que o Deus da bíblia requer do homem? Justiça! Justiça! Justiça! Veja como estou sendo veemente! Estou sendo tão enfático, porque a natureza rebelde do homem quer pular por cima daquilo que Deus requer que seja anunciado em primeiro lugar. Então, se não for ressaltada a necessidade de justiça; se não for pautado bem esse assunto tão glorioso, certamente todos os outros assuntos que seguem serão desfeitos e aniquilados num sentido prático. O verdadeiro e glorioso evangelho apregoa a todos, não importa a idade, a condição social, a condição religiosa da pessoa, que todos foram pesados na balança divina e foram achados em falta! Que o perfeito prumo de Deus foi colocado em suas almas e elas foram mostradas tortas, por isso o viver é torto. Todos estão igualmente culpados, condenados, marcados como réus para a punição eterna.
Caro leitor quero persistir na tentativa de fazer brilhar um pouco mais esse assunto. Estou certo que devido ao orgulho natural, a principal atividade do homem é fugir de encarar esse requerimento de Deus. Enquanto a verdade revelada proclama em alto e bom som: “Não há justo, nem um sequer... (Romanos 3:10); enquanto homens e mulheres são convocados a comparecer perante a solene verdade, que o Justo Juiz condena a todos, mesmo o melhor dentre os homens, eis que homens e mulheres tentam burlar e escapar do fato que ninguém poderá entrar no céu sem que tenha perfeita justiça; sem que seja achado sem qualquer culpa perante aquele que é Santo e que não tem o culpado por inocente (Naum 1:3)
Veja bem amigo, Deus não está chamando os homens para serem bondosos. A natureza maligna corre para exibir suas tarefas de bondade, especialmente em nossos dias com toda essa badalação pelo evangelho social. Deus não está convocando os homens para serem religiosos, polidos, educados, porque tudo isso a natureza enganosa e enganada procura ser. O evangelho bíblico não proclama essas coisas; a mensagem celestial proclama sim que sem as vestes brancas da justiça perfeita, homens e mulheres serão atirados à condenação eterna! O evangelho santo proclama que há um Deus ofendido; que homens e mulheres estão sob a mira de Sua ira (João 3:36); que homens e mulheres precisam se arrepender e que em santa humilhação necessitam encarar a culpa individual; que precisam jogar fora toda desculpa, trapaça e mentiras; que precisam compreender que Aquele que não conheceu pecado ocupou na cruz o lugar de perdidos, a fim de cancelar a sentença e o débito deles contra Deus.
O evangelho proclama que homens e mulheres, individualmente devem correr urgentemente e cair pela fé aos pés daquele que foi autorizado pelo Pai para perdoar e apagar seus pecados definitivamente pelo sangue vertido na cruz.
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