quinta-feira, 21 de junho de 2012

O NOVO HOMEM EM CRISTO (16)



Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor requer de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benevolência, e andes humildemente com o teu Deus?” (Miquéias 6:8).
O HOMEM EM RELAÇÃO A SI MESMO – TRANSFORMADO: “...que pratiques a justiça...”
         Prezado leitor estamos vendo como a salvação bíblica resulta num viver de justiça. Por favor, não me entenda mal. Não estou afirmando que um viver justo produzirá salvação. É exatamente o contrário, porque a salvação bíblica resulta num viver justo. É essa a lição que se destaca em Romanos. Paulo não muda de assunto; Paulo está afirmando que a justificação obtida pelo sangue opera um viver justo e santo. Os crentes não procuram um viver justo e reto porque pretendem alcançar a salvação. Eles não estão elaborando uma conquista do céu por meio de um viver diferente aqui.
         Os verdadeiros crentes sabem que tudo já foi conquistado perfeitamente na cruz; que a obra do Filho foi perfeita e que todos os salvos estavam na morte, sepultamento e ressurreição do Senhor. A conquista da cruz e da ressurreição produziu homens e mulheres que agora podem andar em novidade de vida. Antes viviam a serviço da iniquidade; antes eram servos da injustiça; antes usavam os membros de seus corpos a serviço da injustiça; antes todo sistema de vida era ofensivo a Deus; antes eram servos da maldade, porque em Adão tinham oferecidos seus corpos a serviço da iniquidade; antes avançavam da maldade para a maldade (Romanos 6:19). Agora tudo é diferente, porque foram colocados em Cristo, portanto “...nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus” (Romanos 8:1).
         Caro leitor tenho dado muita ênfase a esse tema, porque o viver do crente procede da perfeita justiça de Cristo nele. Deus convoca os justos para brilhar a justiça de Cristo neste mundo. São os salvos neste mundo que sofrem perseguição por causa da justiça (Mateus 5:10). Os que ainda vivem no pecado não podem exibir justiça; os que estão na carne não podem agradar a Deus (Romanos 8:8). Não há igreja que possa produzir verdadeira justiça; não há feitos religiosos que possam produzir justiça. Fora do sangue remidor o homem só consegue produzir maldade, por meio de seus atos, palavras e pensamentos.
         Então, diante dessa solene e gloriosa verdade, a exigência de Deus na lei, vista em Miquéias 6:8 é mostrada pela graça, porque todos os santos de Deus; todos os que foram salvos por Cristo podem praticar a justiça. Deus é glorificado por meio do viver dos Seus santos! São eles os únicos que neste mundo podem anunciar as grandezas Daquele que lhes chamou das trevas para a Sua maravilhosa luz (1 Pedro 2:9).
         Quero completar a meditação de hoje tornando-a bem prática. Caro leitor devemos saber que todas as exortações dadas aos crentes em Cristo são sustentadas na justiça de Cristo neles. Santidade no viver é justiça porque o crente está dando a Deus no viver a glória que só pertence a Deus. A prática do amor bíblico é justiça. Amar a justiça e odiar a iniquidade é o prazer do crente. Na justiça não há lugar para receber honras e exaltação deste mundo. Ninguém é presenteado por praticar a justiça; ninguém é elogiado nem parabenizado porque pratica a justiça.
         Mas, a justiça de Cristo nos salvos é a exposição da vida como deveria ser! A justiça de Cristo nos santos faz com que o mundo possa respirar a atmosfera verdadeira. No amor derivado dessa perfeita justiça, Cristo é glorificado nos lares, onde os maridos podem amar suas esposas; as mulheres submetem aos seus maridos; filhos honram seus pais; pais tratam seus filhos com disciplina e na admoestação do Senhor; a honestidade, honras e respeito são presenciados e um ambiente de segurança e alegria cerca a sociedade.
         A vida de José no Egito exemplifica essa justiça de Cristo (Gênesis 39). Sua honestidade, retidão e respeito foram atitudes marcantes para que Potifar pudesse sentir a verdadeira prosperidade de Deus em sua casa. Quando foi assediado pela esposa de Potifar, José mostrou que a honra e a glória de Deus estavam acima de suas paixões. Injustamente foi atirado à prisão, mas não demorou muito para que todo Egito e mundo pudessem conhecer a justiça que realmente brilha e que é de verdadeira utilidade ao mundo.

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