“Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5)
VISTO RELIGIOSAMENTE NAS MENTIRAS DOS FALSOS MESTRES: “...confiam na vaidade...”
Notemos bem, olhando a vida social dos homens do ponto de vista bíblico, que não neles qualquer interesse na descoberta daquilo que é verdade eterna. O mundo não se ocupa com isso. Até mesmo as verdades normais desta vida tendem a ser deixadas de lado pelo mundo, especialmente quando a corrupção do coração começa e mostrar sua face de terror. O mundo só quer a verdade naquilo que interessa ao mundo, caso contrário a verdade em sua totalidade deve ser despejada fora.
Hoje devo entrar no segundo assunto que o texto trata, porque veremos como a natureza do homem é inclinada a ouvir mentiras. Então, entremos firmemente na vida religiosa dos homens, assim como Jeremias encarou a situação do seu povo naqueles dias de juízo de Deus vindo sobre o povo de Israel. Nós temos a tendência de olhar a aparência, porque achamos que a aparência e a condição social revelam a humilde dependência de Deus da parte dos homens. Posso afirmar que Jeremias enfrentou a mesma situação, porquanto foi falar com o povo mais simples e mais pobre que restou de Jerusalém e que não foi levado cativo para babilônia. Jeremias deve ter pensado que sendo eles um povo pobre estaria disposto a voltar-se para Deus. Mas para sua surpresa, ele viu ali um povo disposto a continuar firme em sua idolatria, admitindo que o sofrimento deles foi porque não confiaram na famosa “Rainha do céu”. Noutras palavras eles estavam dizendo que o Deus de Israel era o real culpado de toda aquela trágica situação.
Foi exatamente essa inclinação às vaidades pregadas pelos falsos profetas que Jeremias enfrentou em seus contatos com o povo de Israel e é essa a mesma situação que vive o mundo atual, numa confiança nas mensagens pregadas pelos falsos mestres. Vale a pena avançar em examinar essa condição religiosa do povo. E os crentes em Cristo não podem se orgulhar, achando que são melhores, porque fomos tirados da mesma situação. É essa a condição da raça caída e se não houver uma manifestação da bondade do Senhor nós veremos um mundo que avançará mais e mais nessa inútil confiança, como presenciamos em nossos dias.
Começo mostrando a falsificação religiosa: “... confiam na vaidade...”. Que conclusão terrível! Lembremos que tudo começou pela completa falta de interesse pela justiça. Toda derrota da sociedade tem início aí. Notemos como Deus está apontando a culpa do homem e dizendo que não há esperança fora da Sua misericórdia. Toda essa descrição da condição pecaminosa do homem tem em vista mostrar que não há como mudar o homem, senão pelo poder do Salvador e da Sua tão grande salvação. Também, vimos o quanto os homens simplesmente recusam a verdade eterna. Não há busca nem há aquele pleitear pela verdade; não há uma correria à busca da verdade pregada; não há naturalmente qualquer disposição para procurar quem pregue e ensine a verdade vinda da boca de Deus.
Nós já sabemos o que o Senhor Jesus enfrentou dos judeus, um povo conhecedor das Escrituras do Velho Testamento, mas que era surdo e cego espiritualmente no tocante ao espírito que envolve toda palavra de Deus. Aquele povo estava disposto a assassinar o Senhor, devido ao fato que Ele manifestava a verdade em todo seu viver e em todo seu ensino, porque era Ele a própria verdade (João 14:6). Que o Senhor nos conceda pleno discernimento da caótica situação em que vivemos nestes dias maus e que Ele volte Seu rosto compassivo para esta sociedade perversa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário