quinta-feira, 21 de outubro de 2021

“O QUE PRODUZ A NATUREZA PECAMINOSA” (10)

     

“Ninguém há que clame pela justiça, ninguém que compareça em juízo pela verdade; confiam no que é nulo e andam falando mentiras; concebem o mal e dão à luz a iniquidade. Chocam ovos de áspide e tecem teias de aranha; o que comer os ovos dela morrerá; se um dos ovos é pisado, sai-lhe uma víbora” (Isaías 59:4,5)

VISTO RELIGIOSAMENTE NAS MENTIRAS DOS FALSOS MESTRES: “...confiam na vaidade...”

        Estamos vendo no texto o que esperamos dos homens em seu estado natural, porque se não houver uma intervenção misericordiosa da parte do Senhor, eles continuarão sendo o que são, conforme descreve o texto de Isaías 59:4,5. A atividade natural do pecado é conduzir os homens na vaidade. Veja bem, nem todos são terríveis pecadores, mas todos estão condicionados a essa ilusão mostrada pelo mundo e que aparentemente parece realidade. Tudo tem início na ausência de justiça, a justiça que vem de Deus, o que traz a carência da verdade que resulta em vaidade e incrivelmente eles confiam na vaidade. Era esse o meu viver antes da minha conversão. Olhemos o mundo ao nosso derredor e veremos que a sociedade vive assim.

        Quero agora dar os últimos destaques a esse assunto, no que tange aos resultados da ausência da verdade. Notemos bem que religiosamente a boca fala o que não é verdade do coração. Foi assim na sociedade religiosa de Israel nos dias de Isaías, conforme vemos descrito no capítulo 1 desse livro. Por quê? A razão é que a tendência dos homens é cercar o coração, fechar tudo ao derredor, a fim de que a miséria oculta não seja descoberta. Sem a verdade no íntimo, sem a luz no recôndito da alma o que vem a seguir é pura vaidade. De forma impressionante os homens são levados por essa correnteza do mal; a soberba fica oculta e dá aparência que tudo à frente é realidade. Percebe-se também que o viver fica sem estrutura real no íntimo, porque tudo é embasado no que sentem e no que pensam por si mesmos.

        Também, a mentira aparece na falta de zelo por Deus. Quando falo de zelo aqui, refiro ao zelo com compreensão da verdade. Na vaidade religiosa há um zelo sem entendimento e esse zelo se torna algo perigoso e cruel, como faziam os judeus nos dias de Cristo aqui na terra. O que refiro quando trato da ausência de zelo por Deus está no fato que não há obediência a verdade; não há submissão ao Senhor nem tampouco piedade no viver. Ora, é exatamente isso o que vemos em nossos dias nesse avanço da religião implementada pelos organizadores da nova era.

        A mentira aparece também na ausência de consagração. Na vaidade religiosa tudo é transformado em mediocridade e as coisas sérias relacionadas a Deus não são encaradas com firmeza e dedicação. Tudo acontece num ambiente emocional, a fim de criar uma atmosfera social de paz e de bons sentimentos uns para com os outros e não fundamentada na verdade. Isso se torna algo de extremo perigo porque lança fora um sistema de santo juízo para implantar um tipo de amor que nada julga e que aceita tudo na aparência. Onde a glória de Deus não está presente não há ocupação com a verdade absoluta e não há elementos que serão corajosos para tomar decisão pela verdade, por causa da verdade de Deus.

        Também a mentira aparece na ausência de amor fraternal, porque sem o fundamento certo não haverá o amor bíblico. Veja como a igreja de Corinto foi vencida pelos erros que ali entraram e foi embora a capacidade de julgar as coisas conforme deveriam ser julgadas. Estamos vendo esse desenrolar de um amor febril, superficial e incapaz de edificar uns aos outros em nossos dias. O ambiente na sociedade religiosa hoje não suporta julgamento conforme o padrão bíblico, por isso a verdade, o amor bíblico e santidade serão alvos de severa perseguição.

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