“Quem crê no Filho tem a vida eterna, mas o que se
mantem rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de
Deus” (João 3:36)
A SITUAÇÃO DO NÃO SALVO: “...a ira de Deus
permanece...”
Ó como
os pecadores não percebem a grave situação na qual se encontram! Para eles não
existe um Deus de ira, porque criaram uma divindade diferente no coração e
quando buscam a um deus, então correm para essa divindade. Os homens que estão debaixo
da ira de Deus nem imaginam o terror que paira sobre suas cabeças. Então, creio
que é necessário mostrar o que significa a ira de Deus. Ora, a bíblia fala mais
da ira de Deus do que do amor de Deus. E não pensemos que trata disso somente
no Velho Testamento, porquanto no Novo Testamento o assunto é dinamicamente
exposto. Não temos um Deus fracote, o qual com o tempo ficou limitado. O Deus
da bíblia é para sempre o mesmo, imutavelmente o mesmo Deus, porque não é como
nós que enfraquecemos com o tempo. Falando com Israel em Isaías, Deus afirma
que aquele povo ficaria velho e fraco, mas o Senhor forte os carregaria em seus
braços.
Também,
lembramos que a ira de Deus faz parte dos atributos santos de Deus. Ora, nós
seres humanos temos ira, ficamos indignados com injustiça e outras maldades.
Deus não pode ter isso? A ira faz parte de uma personalidade, assim como o
amor. Deus ama e também fica irado. Um amor que é apenas amor não passa de um
fracasso de amor, indigno de qualquer respeito ou temor. Mesmo nos seres
humanos entendemos assim. O homem que ama é também valente em ficar irado. Um
homem que está pronto a fazer o bem, também está pronto a ficar indignado. Por
que isso? A razão é simples, no fato que o amor verdadeiro há de se conduzir em
justiça e retidão. Sendo assim é de se esperar que há ira em quem realmente
sabe amar. O rei Davi é um exemplo humano de amor e mostrou isso em bondade
incrível com a família do rei Saul que foi terrível inimigo dele. Mas quando
tinha que tratar com as maldades dos homens, Davi o fez com intensidade e real
justiça (2 Samuel 4)
Voltemos
para o Senhor, porque o ódio intenso de Deus é contra aquilo que vai em
oposição à Sua santa natureza. É simples entender que Deus ama o que é justiça,
pureza, honestidade, porque segue Seu padrão de santidade. Mas, por outro lado
Deus odeia o que é contrário, Ele odeia o pecado. Sendo assim podemos dizer que
Deus tem Seus inimigos e que Ele está em constante e perpétuo ódio contra Seus
inimigos. Em Naum 1 vemos como ali é mostrado que Deus não somente tem inimigos,
mas que está em perseguição a eles. O livro de Nínive fala dos Assírios, um
povo perverso que foi extinto pela força da visitação da fúria de Deus. O ódio
de Deus é terrível e eterno contra o pecado, Ele odeia os que praticam a
iniquidade. O Salmo 5 inteiro mostra que Deus não somente odeia o pecado, como
também odeia os executores da iniquidade.
Será
que podemos ignorar essa verdade tremenda? Olha o que Deus fez no início com o
mundo de Caim, como aqueles perversos foram deixados entregues à maldade deles,
até que veio o dilúvio para tragar a todos para a morte. Um inimigo em guerra
contra inimigos. Vemos isso no Salmo 7, onde diz que Deus está com a flecha
apontada diretamente à cabeça dos homens que não se convertem a Ele. Notemos
bem que Deus não é um inimigo que se esconde covardemente. Ele sempre está
avisando a todos acerca do que Ele fez e está fazendo na terra em furor contra
Seus adversários. Seu ódio e furor foi tão intenso contra Sodoma e Gomorra que
não houve apelo nenhum e aqueles inimigos ficaram cercados no lugar onde
receberiam a visitação da cólera de Deus, como de fato aconteceu.
Esse é
o Deus que claramente afirma que os rebeldes contra o Filho Dele estão debaixo
de Sua permanente ira. E o pecador só pode escapar se correr para abrigar-Se em
Cristo Jesus.
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