“Vós tendes por pai o
diabo e quereis satisfazer-lhe aos desejos. Ele foi homicida desde o princípio
e jamais se firmou na verdade, porque é mentiroso e pai da mentira” (João 8:44)
MOSTRAM PELA ORIGEM E
PELOS ATOS: “Vós sois do diabo que é...”
Pude mostrar a todos o quanto a
preposição “ek” do grego mostra de onde procede o pecador – do diabo. Isso
claramente mostra que no pecado não somos procedentes de Deus. Agora quero
mostrar esse fato de um modo prático, porque a forma de vida dos ímpios há de
revelar o que ele é. Uma vez que estamos diante de verdades eternas é bom que
examinemos tudo à luz do que está escrito, e não da nossa forma de ver as
coisas. Por exemplo, nós vemos o homem na aparência, na cultura, na idade, na
educação que recebeu ou mesmo na religião. Essas coisas são boas, sem dúvida,
mas do ponto de visto desta vida, assim como é desenhado o homem no livro de
Eclesiastes.
Olhemos o homem no coração, pois foi
assim que Deus orientou Samuel na casa de Jessé, quando foi ungir um dos filhos
para ser o rei de Israel: “O Senhor não vê a aparência, mas o coração” (1
Samuel 16). De onde o homem no pecado veio? De Deus? Claro que não! Ele não é
autor do pecado! Qual é a natureza do homem? Não é pecaminosa e inclinada à
mentira? Quando o homem nasce não é com toda disposição para odiar e mentir
contra Deus? Afinal, já nasce com louvores ao Senhor e com toda disposição de
santidade? Claro que não! Então sua procedência é do diabo. Vejamos a atitude
daqueles judeus em relação ao Senhor. Eles amavam o Senhor? Honravam diante dos
fatos vistos em suas obras? Foram gratos ao ouvir a verdade e eram aptos para
avaliar os ensinos e pautar tudo à luz das Escrituras? Não!
Olhemos aqueles que eram considerados os
mais religiosos daquela época – os fariseus. Toda competência deles como
mestres em Israel era cheia de dolo e sutileza, prontos estavam para amarrar o
povo em seus costumes e tradições. Como Jesus os tratou? Chamou-os de servos de
Deus? Tratou com respeito? Claro que não! Eles foram chamados de hipócritas, de
víboras, perversos que aproveitavam da posição, a fim de escravizar
religiosamente o povo. Eram aqueles mestres religiosos filhos de Deus? Claro
que não! Eram meticulosos filhos do diabo.
É fato que ali tinham pessoas simples,
religiosos, trabalhadores, pessoas que lutavam para seu sustento e anelavam que
viesse o rei de Israel tão prometido, a fim de livrá-los para sempre da tirania
dos romanos. Mas seus desejos eram naturais e não espirituais. Queriam
liberdade política e não desejavam em nada estar livres da escravidão do
pecado. A mensagem do Senhor era ofensiva, porque mexia com seus costumes, os
quais lhes deixavam arrogantes e não humilhados perante o Deus de Abraão. Eles
eram filhos de Deus? Claro que não! Eram filhos do diabo.
Outro detalhe é que eles recusavam a
verdade: “Mas, porque vos digo a verdade, não me credes”. Então, essa ligação intrínseca
com a mentira revelava o fato que o homem, por mais simples que for, por mais
religioso que pareça revela que é filho do diabo e não de Deus. A verdade que
Cristo trazia vinha do céu como água puríssima; a verdade brilhava como a luz
do sol, sem qualquer sombra e isso eles odiavam. Eles queriam a verdade
terrena, política e religiosamente traçada pelos homens. Eles amavam o que
podiam ver, ouvir, sentir e tocar, mas nada que é visto somente pelos que
creem. Por essa razão o Senhor deixou claro: “...porque eu digo a verdade, vós não
me credes”.
Será que isso ficou claro ao seu
coração, meu amigo? Veja se não temos nós a mesma natureza, os mesmos
interesses e as mesmas disposições que tinham aqueles judeus.
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