“Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido,
para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A TRISTE CONDIÇÃO DOS
PECADORES É REVELADA: “Eis que a mão do Senhor não está...”
Não há maior miséria para um povo do que
sua situação espiritual oculta. Quando o Senhor não está presente em Sua obra
salvadora, então o mal se manifesta em suas formas hediondas e vis, e tudo
funciona como uma enfermidade mortal não sentida, como uma ferida mal curada.
Oh! Quão triste é para um povo, quando Deus simplesmente retira Sua mão que
opera salvação. Para o ambiente chamado “evangélico” de hoje, vida espiritual
abundante é resultado de bens financeiros e de conforto aqui. O que passa na
mente de milhares é que a função de Deus na terra é dar prosperidade ao povo,
quando realmente Deus está mostrando Seu braço e Sua mão como força que opera
salvação. Não esquecemos que Jesus veio ao mundo para salvar perdidos.
O povo de Israel naqueles dias vivia
assim; eles, materialmente estavam se sentindo bem, pois o reinado de Uzias
promoveu um incrível desenvolvimento (o que em si mesmo não é errado), mas com
todo esse aparato de um viver materialmente bem, entrou o orgulho de Uzias,
como um veneno espalhado pelo diabo em toda nação, para o endurecimento dos
corações. Presenciamos isso em nossos dias, pois com a prosperidade veio um
orgulho no coração, bem disfarçado de espiritualidade. No caso de Israel, eles
estavam se sentindo bem religiosos e bem dispostos a mostrar serviço religioso.
Eles queriam encobrir a maldade deles com os costumes da lei; não havia
quebrantamento, confissão de pecado e invocação ao Nome do Senhor. No capítulo
5 vemos como duas Pessoas da divindade aparecem para mostrar a situação caótica
da nação, os pecados que prevaleciam, o endurecimento do povo e o juízo de
Deus. O inferno os esperava, mas eles nem sequer percebiam os perigos; a
mensagem dos profetas era rejeitada e assim tudo caminha para os horrores que
vemos no livro de Jeremias.
Quando a gravidade do pecado fica encoberta;
quando as consciências culpadas são cauterizadas por atividades religiosas, é
sinal que satanás está operando como se fosse Deus e dando ao povo plena
satisfação no pecado. Tenho evangelizado, distribuído folhetos, mas a coisa
mais rara é achar um perdido. Temos hoje religiosos; pessoas chegam às igrejas
à procura de novidades, buscando algo que traga que traga um conforto
passageiro em seus corações. Eles querem receber “bênçãos”, mas conforme o que
eles pensam com respeito à vida aqui. Várias pessoas já chegaram aos nossos
cultos, mas não quiseram voltar, porque perceptivelmente vemos que não queriam
ser descobertos no coração. Queriam luz por fora, mas a radiante luz do
evangelho mexia com seus corações soberbos, por isso saíam para não voltar.
O que podemos fazer? Devemos recorrer à
psicologia? Mudar nossos cultos? Tentar atrair as pessoas com novas músicas?
Tentar imitar os costumes do mundo, a fim de que eles possam chegar? Claro que
não! Se pusermos “carne” no púlpito, os leões vão querer carne, mas se pusermos
pastos verdes, eis que uma ovelha aqui, outra ali chegará para se alimentar.
Como resolver isso? Não é o momento para que possamos nós buscar o Senhor? Não
é o momento para que nosso Deus venha em favor desta geração corrompida? Não é
o momento para que o povo salvo se reúna para clamar ao Senhor, intercedendo
por este povo que perece?
O Senhor opera neste mundo com Seu juízo
e com Sua misericórdia. Quando o povo Dele clama pelos perdidos, eis que Aquele
que ouve as orações volta Seus ouvidos para o clamor do Seu povo. Quando Deus
ouve pecadores clamar por salvação, é porque primeiramente Ele ouviu o povo
intercedendo.
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