“Eis que a mão do
Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido,
para não poder ouvir” (Isaías 59:1)
A FIDELIDADE DO DEUS
SALVADOR “Eis que a mão do Senhor não está...”
Por que o Senhor não operava grande
salvação em Israel naqueles dias? Sua mão não foi sempre forte e poderosa? Por
que Ele não está salvando poderosamente em nossos dias? Sua mão enfraqueceu e murchou?
Claro que não! Nos dias de Isaías, bem como agora em nossos dias a situação
está patente aos nossos olhos. Os corações endurecidos e empedernidos dos
homens dá sinal de que Deus não derramou Sua graça a esta geração. Quando
Isaías foi chamado à pregação (capítulo 6), vemos ali que seu ministério não
teria resultado de salvação; aquela geração teria seus ouvidos para não ouvir e
olhos para não ver. Triste condição! Será que é isso que ocorre em nossos dias?
Por que não temos a dinâmica obra vinda do céu, quando o Senhor derrama Seu
Espírito e opera arrependimento? Afinal, o soberano determinou que não haverá
derramamento de Sua obra vivificadora em nossos dias?
Sem dúvida o restante do verso que ora
estamos considerando nos dá a explicação do que estava acontecendo naqueles
dias e que bem pode estar acontecendo em nossos dias. Seu ouvido não ouvia o
clamor dos pecadores: “...nem surdo o seu ouvido para não poder ouvir”. Considero
essa verdade de imensa importância aos nossos corações. Ultimamente o que mais
se fala é dos homens; o humanismo assola a nossa sociedade e especialmente a
mensagem de um evangelho totalmente voltado às necessidades dos homens. Pouco
ouvimos do evangelho que apresenta um Deus soberano, o qual salva quando Ele
quiser e quem Ele quiser. Temos um Salvador; temos uma salvação total, mas não
temos pecadores. Como um médico exercerá sua função se não houver doentes? Como
um salva-vidas numa praia executará suas funções para as quais foi preparado,
se não houver clamor de alguém se afogando?
Não é o que está acontecendo em nossos
dias? Não tenho dúvidas disso. Olhemos em toda direção e busquemos um pecador
sequer. É raríssimo achar alguém. O que passa para nós é que o problema está
com o Salvador. Mas não é verdade, porque Seu braço portentoso não se definhou,
nem Seus ouvidos ficaram surdos. De novo, a razão está no fato que Deus não
derramou Sua graça em nossos dias, por isso os homens se ergueram em orgulho.
Enquanto Deus não visita uma raça caída, a fim de mostrar a necessidade do
Salvador e da salvação, os homens se sentirão à vontade num mundo que oferece
suas vaidades e fantasias. Nossa esperança não está nos homens aqui; não
olhamos para eles na esperança que mudarão a atitude em relação a Deus. Isso
não acontecerá, jamais! Nossa esperança está num Deus que ouve as orações do
Seu povo e em resposta a esse clamor Ele volta para derramar Seu Espírito de
graça e de regeneração, sobre todos.
O que significa “o ouvido” do Senhor?
Não significa que Ele ficou surdo; Ele continua o mesmo Deus e atende as
súplicas e clamor dos remidos no mundo inteiro. O que acontece é que não há
almas quebrantadas, aflitas, buscando Sua salvação. O mundo está tão lindo e adornado
de tantas paixões e vaidades; o mundo está tão atraente e até mesmo na área
religiosa tem sido destacado com excelentes promessas religiosas aos homens.
Quando isso acontece é porque Deus mesmo tem tirado Sua mão salvadora. É claro
que Ele está salvando pessoas aqui e ali.
Mas o fato é que Sua obra de salvação
não tem sido mostrada de forma poderosa e abundante. Igrejas que antes eram
fortes e valorosas estão fracas e desapontadas; tudo tem sido feito para mudar
os cultos, a fim de atrair as pessoas. Não há sinal de avivamento e de busca
incessante pela verdade, conforme sempre é visto em tempos de grandes
avivamentos.
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