“Rejeitaram os estatutos e a aliança que
fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara
contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos e seguiram as nações que estavam
em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem”
(2 REIS 17:15,33,34).
SUA CONVERSÃO
FINGIDA: “Temiam ao Senhor”
Precisamos saber que o coração do homem
não muda, mesmo que por fora pareça religioso, amistoso, piedoso e cheio de
fervor. O ecumenismo faz isso, porque encobre a natureza carnal com belas e
suntuosas vestes de espiritualidade. Foi isso o que ocorreu em Samaria naquela
ocasião, porque não foi enviado qualquer profeta para anunciar a verdade vinda
do céu; não houve um despertamento para que o povo voltasse aos padrões santos de
culto, como ocorria em Jerusalém e em todo reino do sul. Satanás não quer perder
seu prestígio religioso, por isso faz de tudo para manter o povo na ignorância e
nas trevas, especialmente quando os líderes são homens não crentes. Não podemos
esquecer que foi assim com Jeroboão quando percebeu que o povo poderia
voltar-se para o sul, por isso estabeleceu seu estilo de culto idólatra,
fechando as portas no sul e norte do país.
Notemos bem no texto que, o que mais
acontece num clima ecumênico é a conversão fingida. Quando voltamos ao texto de
2 Reis 17 percebemos que eles “...temiam ao Senhor”. Ora, não é isso uma
manifestação de genuína conversão? Não tenho pregado sempre que o temor ao
Senhor é a marca clara de que Deus operou uma mudança no coração? Não é verdade
que o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria? Claro. Mas tudo deve ser
observado por nós à luz do contexto. Em 2 Reis 17 não houve pregação da palavra
e uma exortação ao povo para voltar-se para Deus, o que aconteceria se toda
população buscasse o sistema de culto feito em Jerusalém, a lei de Moisés e seu
sistema de sacrifícios. A prova que era no sul que habitavam as bênçãos de Deus,
sem dúvidas era o avivamento que ali estava acontecendo devido a liderança
piedosa do rei Ezequias. Mas ali em Samaria tudo era diferente; o avivamento
não vinha do céu, não era da verdade; o temor ao Senhor não foi promovido pelo
próprio Deus.
É claro que posteriormente veremos quais
foram as circunstâncias, mas agora quero trazer esse fato para nossos dias. O
que vemos hoje é um avivamento vindo do céu? Claro que não! Quero falar da
minha nação (Brasil), do meu povo e do que é o pensamento evangélico atual.
Alguém disse que o sistema evangélico no Brasil tem cinco mil quilômetros de
comprimento e dez centímetros de profundidade. Como pode haver avivamento sem
uma base certa. Quando houve a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes,
a cidade e todo Israel já tinha sido preparado pelo ministério de João Batista
e do Senhor Jesus. Normalmente há uma semeadura antes de uma grande colheita.
Deus não desce em Seu poder para derramar o fogo da Sua visitação, sem que de
antemão tenha mandado outros para preparar o lugar.
Mas aqui tem tido essa semeadura? Não!
Não tem havido o evangelho da glória para mexer com a consciência culpada dos
homens. O que vemos não é a verdade entregue, mas sim uma mensagem distorcida,
um evangelho que segue as lógicas humanas e que eleva os interesses dos homens.
O que vemos hoje não é a glória de Deus, mas sim uma mensagem de auto ajuda,
que busca o bem estar do homem neste mundo. O aumento da iniquidade, os desejos
por mais prazeres e conforto, as festas carnais e coisas do gênero promovem o
espírito ecumênico. O que podemos fazer? Se continuar essa situação tão
caótica, não haverá qualquer esperança. O que temos em mãos? Não é o evangelho
bíblico? A nossa esperança é que a glória do Rei da glória se manifeste em
nosso meio.
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