terça-feira, 2 de outubro de 2018

O ANTIGO E ATUAL ESPÍRITO ECUMÊNICO (5)



 “Rejeitaram os estatutos e a aliança que fizera com seus pais, como também as suas advertências com que protestara contra eles; seguiram os ídolos, e se tornaram vãos e seguiram as nações que estavam em derredor deles, das quais o Senhor lhes havia ordenado que não as imitassem” (2 REIS 17:15,33,34).
SUA CONVERSÃO FINGIDA: “Temiam ao Senhor”
        Precisamos saber que o coração do homem não muda, mesmo que por fora pareça religioso, amistoso, piedoso e cheio de fervor. O ecumenismo faz isso, porque encobre a natureza carnal com belas e suntuosas vestes de espiritualidade. Foi isso o que ocorreu em Samaria naquela ocasião, porque não foi enviado qualquer profeta para anunciar a verdade vinda do céu; não houve um despertamento para que o povo voltasse aos padrões santos de culto, como ocorria em Jerusalém e em todo reino do sul. Satanás não quer perder seu prestígio religioso, por isso faz de tudo para manter o povo na ignorância e nas trevas, especialmente quando os líderes são homens não crentes. Não podemos esquecer que foi assim com Jeroboão quando percebeu que o povo poderia voltar-se para o sul, por isso estabeleceu seu estilo de culto idólatra, fechando as portas no sul e norte do país.
        Notemos bem no texto que, o que mais acontece num clima ecumênico é a conversão fingida. Quando voltamos ao texto de 2 Reis 17 percebemos que eles “...temiam ao Senhor”. Ora, não é isso uma manifestação de genuína conversão? Não tenho pregado sempre que o temor ao Senhor é a marca clara de que Deus operou uma mudança no coração? Não é verdade que o temor ao Senhor é o princípio da sabedoria? Claro. Mas tudo deve ser observado por nós à luz do contexto. Em 2 Reis 17 não houve pregação da palavra e uma exortação ao povo para voltar-se para Deus, o que aconteceria se toda população buscasse o sistema de culto feito em Jerusalém, a lei de Moisés e seu sistema de sacrifícios. A prova que era no sul que habitavam as bênçãos de Deus, sem dúvidas era o avivamento que ali estava acontecendo devido a liderança piedosa do rei Ezequias. Mas ali em Samaria tudo era diferente; o avivamento não vinha do céu, não era da verdade; o temor ao Senhor não foi promovido pelo próprio Deus.
        É claro que posteriormente veremos quais foram as circunstâncias, mas agora quero trazer esse fato para nossos dias. O que vemos hoje é um avivamento vindo do céu? Claro que não! Quero falar da minha nação (Brasil), do meu povo e do que é o pensamento evangélico atual. Alguém disse que o sistema evangélico no Brasil tem cinco mil quilômetros de comprimento e dez centímetros de profundidade. Como pode haver avivamento sem uma base certa. Quando houve a descida do Espírito Santo no dia de Pentecostes, a cidade e todo Israel já tinha sido preparado pelo ministério de João Batista e do Senhor Jesus. Normalmente há uma semeadura antes de uma grande colheita. Deus não desce em Seu poder para derramar o fogo da Sua visitação, sem que de antemão tenha mandado outros para preparar o lugar.
        Mas aqui tem tido essa semeadura? Não! Não tem havido o evangelho da glória para mexer com a consciência culpada dos homens. O que vemos não é a verdade entregue, mas sim uma mensagem distorcida, um evangelho que segue as lógicas humanas e que eleva os interesses dos homens. O que vemos hoje não é a glória de Deus, mas sim uma mensagem de auto ajuda, que busca o bem estar do homem neste mundo. O aumento da iniquidade, os desejos por mais prazeres e conforto, as festas carnais e coisas do gênero promovem o espírito ecumênico. O que podemos fazer? Se continuar essa situação tão caótica, não haverá qualquer esperança. O que temos em mãos? Não é o evangelho bíblico? A nossa esperança é que a glória do Rei da glória se manifeste em nosso meio.

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