terça-feira, 22 de dezembro de 2015

TODOS DEBAIXO DO PECADO VII. Veneno de víbora (9)


“A garganta deles é sepulcro aberto; com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus lábios” (Romanos 3:13).
OS RESULTADOS VISTOS DESSE VENENO: “maldição e amargura”
        Tendo visto o principal efeito do pecado que é maldição, veremos também a segunda palavra que aparece no texto: “amargura”. A meu ver o termo está apresentando os efeitos da maldição e não um item a mais. Só precisamos entender o que isso realmente significa. E não podemos olhar para uma palavra como essa, sem ver que o pecado não resulta em benção, sossego, paz, pureza e segurança. O termo amargura em si mesmo já mostra tudo o que significa maldição em seus terríveis resultados aqui e na eternidade.
        A amargura significa que a maldição fará com que a vida e o ambiente será de dores e sofrimento. Por quê? É claro que o pecado traz um ambiente cheio de engano e alimentado por falsa paz e falsa esperança. Notamos isso com aquilo que os amigos de Jó queriam fazer. Eles achavam que Jó estava terrivelmente sofrendo porque havia pecado contra Deus. Mas toda essa filosofia de vida eles baseavam no fato que eles eram idosos e por isso eram sábios. Mas o que aqueles homens fizeram? Aliviaram Jó? Trouxeram benefícios, conforto e consolo a um coração cheio de aflições? Claro que não!  Caro leitor, as amarguras quando vêm como veneno só trazem desesperos a todos. Veja o que ocorreu na família de Davi, como resultado de seu terrível pecado de adultério e assassinato. A família toda sofreu resultados amargos do seu pecado, porquanto um abismo atraiu outro abismo.
        Também, a amargura traz um ambiente onde aumenta mais ainda a revolta contra Deus. É um ambiente onde não está a graça de Deus, mas só maldição, perturbação. Quando tudo é solto na maldade eis que ninguém vive em sossego onde o pecado não é tratado como pecado, onde os homens se acham cheios de direitos em viver como bem querem viver. Os homens querem estabelecer um ambiente agradável e cheio de felicidade onde Deus não está presente em Sua graça, e onde a iniquidade é o alicerce. Foi assim com Caim e seu estilo de vida, pois ao afastar da porta do Paraíso, eis que se distanciou de Deus, a fim de estabelecer suas próprias leis, para a ruína dele e da sua descendência, conforme vemos em Gênesis 4.
        Também, eis que a amargura traz um ambiente pronto para a execução da ira de Deus. Homens cujas vidas estão cheias de maldição e consequentes amarguras, eis que estão prontos a empurrar Deus para fora, a fim de se lançarem em suas perversidades. Foi assim com o povo de Sodoma e Gomorra. Esse ambiente onde Deus é posto fora e onde o terreno pode ser frutífero para todo ramo de impiedade e impureza, sem dúvida alguma não pode ter outro igual tão aprazível aos homens. Nada há num ambiente assim que possa trazer real felicidade, harmonia e segurança, porquanto a ira de Deus paira sobre os homens.

        Outro detalhe é que onde o veneno é mostrado em maldição e amargura torna-se tudo contagiante. O que fez Coré, Datã e Abirão (Números 16), foi conquistar um grupo ainda maior, a fim de alcançar seus ideais. Num ambiente assim não pode haver submissão, respeito e lealdade. Num ambiente desse os santos de Deus devem ser protegidos, porquanto há perigo ali. Num ambiente assim eis que Deus aparece com Sua espada de punição. Oh! Quão terrível é o pecado! Como sua presença destrói e inflama de terríveis e eternos perigos! Os santos sabem disso e fogem do mal, assim como José fugiu das “doces” palavras da sedutora mulher de Potifar. Vejo hoje homens e mulheres brincando com seus pecados, como se eles fossem seus bichinhos de estimação. E onde há maldição e amargura, somente a preciosa visitação de misericórdia de Deus, a fim de arrancar pecadores da furiosa manifestação da justiça e do juízo de Deus. 

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