“A garganta deles é
sepulcro aberto; com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus
lábios” (Romanos 3:13).
OS RESULTADOS VISTOS DESSE
VENENO: “maldição e amargura”
Tendo
visto o principal efeito do pecado que é maldição, veremos também a segunda
palavra que aparece no texto: “amargura”. A meu ver o termo está apresentando
os efeitos da maldição e não um item a mais. Só precisamos entender o que isso
realmente significa. E não podemos olhar para uma palavra como essa, sem ver
que o pecado não resulta em benção, sossego, paz, pureza e segurança. O termo
amargura em si mesmo já mostra tudo o que significa maldição em seus terríveis
resultados aqui e na eternidade.
A
amargura significa que a maldição fará com que a vida e o ambiente será de
dores e sofrimento. Por quê? É claro que o pecado traz um ambiente cheio de
engano e alimentado por falsa paz e falsa esperança. Notamos isso com aquilo
que os amigos de Jó queriam fazer. Eles achavam que Jó estava terrivelmente
sofrendo porque havia pecado contra Deus. Mas toda essa filosofia de vida eles
baseavam no fato que eles eram idosos e por isso eram sábios. Mas o que aqueles
homens fizeram? Aliviaram Jó? Trouxeram benefícios, conforto e consolo a um
coração cheio de aflições? Claro que não!
Caro leitor, as amarguras quando vêm como veneno só trazem desesperos a
todos. Veja o que ocorreu na família de Davi, como resultado de seu terrível
pecado de adultério e assassinato. A família toda sofreu resultados amargos do
seu pecado, porquanto um abismo atraiu outro abismo.
Também,
a amargura traz um ambiente onde aumenta mais ainda a revolta contra Deus. É um
ambiente onde não está a graça de Deus, mas só maldição, perturbação. Quando tudo
é solto na maldade eis que ninguém vive em sossego onde o pecado não é tratado
como pecado, onde os homens se acham cheios de direitos em viver como bem
querem viver. Os homens querem estabelecer um ambiente agradável e cheio de
felicidade onde Deus não está presente em Sua graça, e onde a iniquidade é o
alicerce. Foi assim com Caim e seu estilo de vida, pois ao afastar da porta do
Paraíso, eis que se distanciou de Deus, a fim de estabelecer suas próprias
leis, para a ruína dele e da sua descendência, conforme vemos em Gênesis 4.
Também,
eis que a amargura traz um ambiente pronto para a execução da ira de Deus.
Homens cujas vidas estão cheias de maldição e consequentes amarguras, eis que
estão prontos a empurrar Deus para fora, a fim de se lançarem em suas
perversidades. Foi assim com o povo de Sodoma e Gomorra. Esse ambiente onde
Deus é posto fora e onde o terreno pode ser frutífero para todo ramo de
impiedade e impureza, sem dúvida alguma não pode ter outro igual tão aprazível
aos homens. Nada há num ambiente assim que possa trazer real felicidade,
harmonia e segurança, porquanto a ira de Deus paira sobre os homens.
Outro
detalhe é que onde o veneno é mostrado em maldição e amargura torna-se tudo
contagiante. O que fez Coré, Datã e Abirão (Números 16), foi conquistar um
grupo ainda maior, a fim de alcançar seus ideais. Num ambiente assim não pode
haver submissão, respeito e lealdade. Num ambiente desse os santos de Deus
devem ser protegidos, porquanto há perigo ali. Num ambiente assim eis que Deus
aparece com Sua espada de punição. Oh! Quão terrível é o pecado! Como sua
presença destrói e inflama de terríveis e eternos perigos! Os santos sabem
disso e fogem do mal, assim como José fugiu das “doces” palavras da sedutora
mulher de Potifar. Vejo hoje homens e mulheres brincando com seus pecados, como
se eles fossem seus bichinhos de estimação. E onde há maldição e amargura,
somente a preciosa visitação de misericórdia de Deus, a fim de arrancar
pecadores da furiosa manifestação da justiça e do juízo de Deus.
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