“A garganta deles é
sepulcro aberto; com a língua urdem engano, veneno de víbora está nos seus
lábios” (Romanos 3:13).
O QUE A PALAVRA DE DEUS FALA
ACERCA DISSO.
Amado
leitor, “maldição e amargura” são resultados daquilo que a Bíblia intitula de “veneno”
que sai da boca de homens e mulheres que ainda estão no pecado. Veja bem que
maldição mostra o ódio mortal que homens e mulheres têm de Deus, por isso suas
bocas vão transmitir todo esse intenso desejo de ver a glória de Deus
arruinada, Seu nome como motivo de blasfêmia e Seu caminho posto como vil e
rejeitado. Por “maldição” significa que da boca do homem no pecado nada sairá,
senão aquilo que há de mostrar sua hostilidade contra Deus, contra Sua
santidade, sua lei e Seu reino.
Quando
homens falam de Deus, falam sim daquilo que eles querem receber de Deus, como saúde,
proteção, bens materiais e longa vida na terra. Esse é o Deus mencionado e
buscado por eles. Nada há no ímpio de uma fé firmada na verdade; nada há no
homem mundano uma declaração de fé que tem como base o fundamento santo e
bíblico. A fé do homem natural é forjada por ele mesmo e ele procura sempre o
apoio de guias enganadores. Mas no que tange ao Deus da verdade, o Deus santo,
justo e fiel, eles vão sempre mostrar que estão indignados e revoltados.
Observe bem no cap. 4 de Gênesis o que aconteceu com Caim. Seu coração
empedernido estava revoltado contra o caminho de Deus. Ele no íntimo nada tinha
de intenções de entrar no Paraíso; ele nada queria, a não ser fundar neste
mundo amaldiçoado seu próprio sistema de vida, baseando tudo em suas leis. Por
essa razão brincou com o caminho de Deus e recusou tomar o mesmo caminho tomado
por Abel.
Caro
leitor, enquanto o homem não achar a salvação que há em Cristo, nada haverá em
seu coração, senão revolta contra Deus. Enquanto o homem não for amansado pela
graça, suas armas estarão sempre apontadas contra o céu. Cristo é o único que
pode reconciliar o homem com Deus, porque é Ele o único Príncipe da paz.
Enquanto isso não ocorre, palavras de maldição sairão de seus lábios; nada
haverá de louvor, de gratidão, de ações de graças, de reconhecimento da glória
de Deus. O pecado quer ocupar o lugar de Deus no universo, quer destronizar a
Deus e implantar um reino de total injustiça. Ora, essas intenções são vistas
dia a dia aqui no viver dos ímpios.
Agora
veremos o segundo item apresentado no texto acerca desse veneno que sai da boca
do homem no pecado: “amargura”. Significa que os efeitos são de revolta contra
tudo o que está acontecendo; que nada haverá de submissão ao governo de Deus no
viver. Observe bem que os ímpios estão sempre cheios de ira, de ciúmes, de
contendas, discórdia e de outras obras da carne. Não há nele qualquer
disposição de amoldar-se à vontade de Deus; que quer ultrapassar todas as
barreiras e correr para o mundo, a fim de desfrutar-se de tudo aquilo que tanto
ambiciona sua natureza carnal. Qualquer barreira que possa estorvar seus
intentos motivará sua revolta no íntimo.
Os
crentes enfrentam dia a dia a hostilidade dos mundanos contra eles, e foi por
essa razão que nosso Senhor advertiu Seus discípulos quanto aos perigos que
eles passariam neste mundo (João 15 do verso 20 em diante). E quanto mais o
pecado estiver à disposição dos homens; quanto mais a iniquidade prospera neste
mundo, mais amargurados serão os homens, pois eles sempre verão que ainda há
barreiras impedindo que eles avancem mais. Toda oposição ao evangelho; toda
perseguição à verdade revelada é uma manifestação clara da maldição e da
amargura do homem natural.
O
que Deus faz quando vem salvar perdidos, é destruir essa manifestação de guerra
do velho homem em Adão. Há um hino em que o autor transmite como foi sua reação
ante a mensagem santa:
Dentro
em mim meu homem velho contra a retidão lutou.
Mas
Jesus comigo estava, santamente me livrou.
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