“A garganta deles é
sepulcro aberto, com a língua urdem engano...” (Romanos 3:13).
O REFLEXO DO PECADO
NA LINGUA: “com a língua...”
Prezado leitor, estamos conhecendo a verdade
quanto a condição do coração do homem no pecado, o quanto é capaz de armar
planos perversos, os quais são engenhosamente encobertos pelas suas palavras.
Vemos que com a língua homens urdem engano; como são hábeis para iludir
pessoas, manipulando-as nas mentes. Vemos como homens são capazes de fazer
lavagem cerebral e dominar multidões. Os falsos profetas e falsos mestres são
usados poderosamente por satanás para dominar pessoas e iludi-las, porque com
suas línguas eles mostram o quanto parecem bondosos, meigos e interessados nas
necessidades das pessoas.
A multidão desconhece a capacidade de
mestres religiosos em iludir e dominar as pessoas emocionalmente. Elementos
perversos escondem bem suas perversidades; a cegueira espiritual impede que as
pessoas vejam as ciladas e arapucas colocadas por elementos assim, a fim de
tomar seus bens e mantê-las no caminho do engano. Em Efésios Paulo mostra a
necessidade que a igreja tem homens chamados por Deus, equipados no
conhecimento da Palavra, a fim de dar instrução aos crentes, para que eles não
sejam levados pelos erros de homens fraudulentos (Efésios 4:14). Em nossos dias
vemos o quanto a sociedade religiosa está minada de elementos assim. Eles são
gananciosos e astuciosos. Mas tudo isso só vem autenticar a verdade de Romanos
3:13: “Com a língua urdem engano...”.
Também, os homens no pecado são bem
astuciosos e conseguem traçar bem seus planos maliciosos. No pecado os homens
acreditam que têm direitos e seus atos revelam o quanto eles querem assegurar
esses direitos. Por essa razão mentem, inventam desculpas e não importam com os
direitos dos outros. Foi assim nos dias de Jeremias, porque a nação de Israel
toda estava envolvida com grosseiros pecados, e tudo era feito por “debaixo do
pano”. Então, o que faziam era usar a religião para cobrir suas maldades.
Quando homens são entregues a si mesmos, eis que essas perversidades vêm à
tona, e o ambiente fica insuportável, pois ninguém confia em ninguém mais.
Nos dias de Isaías a população de
Jerusalém mostrava estar ainda mais dedicada a Deus, bem mais espiritual. Eles
eram fervorosos em oferecer sacrifícios; eram zelosos nos cânticos e louvores.
Mas o Senhor mostra em Isaías 1 o quanto não podia mais suportar aquelas
maldades. Aquela sujeira toda ficava embrulhada num lindo “papel” das
formalidades religiosas. O engano do coração chegava ao ponto de pensar que
podiam enganar a Deus. Que tragédia! Deus em Sua longanimidade foi enviando
profetas e mais profetas, até que não houve mais solução.
Meu caro leitor, nem sequer podemos
imaginar o quanto enganoso é o coração, e como os homens são levados por esse
vento do mal! Quão terrível é para o homem confiar em seu coração! Quando Deus
opera salvação, eis que homens e mulheres começam a ver a miséria de seus
próprios corações corrompidos. Isaías viu sua própria podridão quando
presenciou Deus (Isaías 6). Somente perante a luz da santidade do Deus de
Israel foi que aquele homem viu o quão corrompido era seu ser. Naquele momento
os terrores do inferno foram presenciados por ele; naquele momento ele viu a si
mesmo como um réu culpado e indigno, assim como o seu povo.
Mas é quando o homem cai, quando vê sua
condição tão má e indigna que ele pode clamar ao Senhor e invocar Seu Nome para
ser salvo. Meu amigo, você já compreendeu a miséria do seu coração? Já pode
entender de onde veio, onde foi que o pecado lhe lançou? Pode agora entender a
razão da misericórdia de Deus em enviar Seu Filho para salvar perdidos?
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