quarta-feira, 4 de março de 2015

“À PROCURA DE UM MORTO” (6)




“Porque eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim; e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (GÁLATAS 2:19,20)
O MUNDO EM RELAÇÃO A UM DEFUNTO: “Estou crucificado com Cristo...”
        Caro leitor, essa declaração de Paulo: “Estou crucificado com Cristo...” realmente condena este mundo, porque o mundo nada pode fazer com alguém que já morreu. Para tratar com a carne, com o mundo e com a amaldiçoante lei Cristo veio para morrer pelo Seu povo e Seu povo foi unido com Ele ali na cruz.
        Também, a declaração de Paulo condena a carne. Como alguém pode vencer esse poder que milita em seu corpo mortal? Não há como! Não há poder contra a força operante do pecado na carne. Veja os ímpios, por mais sábios, mais ricos ou fortes que sejam, não passam de pobres escravos de suas próprias paixões. Nada, nem religião, nem autodisciplina, nem qualquer vigilância externa poderá livrar os ímpios dos poderes que lhes puxam para as práticas malignas. Eles estão escravizados na mente, nas emoções e quando estão soltos podem descer ainda mais às profundezas de suas paixões que chegam aos níveis mais baixos.
        Os crentes não estão livres dessas dominantes atividades pecaminosas que se manifestam em seus corpos mortais, e os santos de Deus sofrem e lutam em oração na batalha, dando “golpes” em seus corpos, a fim de negar suas exigências malignas. Qual a resposta para esses ardentes desejos? Paulo responde no texto de Gálatas e a resposta está no fato que Cristo na cruz venceu e destruiu todo poder do pecado e visto que os crentes estavam unidos a Ele em Sua morte e ressurreição, eis que agora, pela fé os santos tratam com os infames desejos na base de que já estão mortos para eles.
        Foi nessa disposição santa de fé e coragem que eles lutaram e lutam bravamente neste mundo. Como podem jovens crentes, no auge da sua força se afastar do mal e negar o mundo e os ardentes prazeres da carne? O mundo sempre foi o mesmo e suas ofertas de malícias e impurezas sempre chegam com facilidade aos homens. Mas, quanto aos santos, não importa se tem a idade de José, de Daniel e dos amigos, ou mesmo de Abraão ou Moisés, a resposta é a mesma para qualquer um deles: “Guardo no coração as tuas palavras, para eu não pecar contra Ti” (Salmo 119:11). A fé verdadeira se apoia na força da verdade revelada e não abre mão disso. E quanto mais os santos são postos em situação difícil, mais poderosa é a graça para lhes conceder vigor e coragem. Satanás sempre pensa de forma enganosa que consegue capturar os santos e assim destruí-los, por essa razão ele vem com seus vendavais e furacões, mas jamais consegue abalar os crentes, porque estão firmados no firme fundamento da fé cristã: “Estou crucificado com Cristo”.
        Também a declaração de Paulo condena a lei. Quando vivia na incredulidade, Paulo era um servo da lei, e as perfeitas exigências da lei de Moisés impulsionavam seu viver, tornando seu caminho cheio de ódio e perversidades. Por que, ao tentar ser perfeito segundo a lei, eis que não percebia que a própria lei lhe afundava ainda mais em transgressões contra a própria lei. Quando os homens se apegam à leis, eis que as marcas da perversidades avolumam ainda mais. Quanto mais os homens lutam na carne para buscar a perfeição, mais perversos e hipócritas se tornam. Não há como escapar das maldições da lei, a não ser que morra para ela. A lei exige perfeição, e Cristo cumpriu perfeitamente as santas exigências da lei, a fim de que Seu povo salvo pudesse para sempre estar livres da lei. Então cada crente pode afirmar com Paulo: “Estou crucificado com Cristo” para a lei.

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