“Porque
eu, mediante a própria lei, morri para a lei, a fim de viver para Deus. Estou
crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em mim;
e esse viver que, agora, tenho na carne, vivo pela fé no Filho de Deus, que me
amou e a si mesmo se entregou por mim” (GÁLATAS 2:19,20)
O MUNDO
EM RELAÇÃO A UM DEFUNTO: “Estou crucificado com Cristo...”
Caro leitor, veja bem como a mensagem da
cruz é a suprema mensagem amada por todos os salvos, porque os acontecimentos
eternos da tão grande salvação foram todos envolvidos naquela união entre
Cristo e o Seu povo. Mais do que isso, tal verdade tem uma influência prática
na vida de todos os salvos, conforme Paulo afirma de forma bem clara na frase: “Se
um morreu por todos, logo todos morreram” (2 Coríntios 5:14). Pela fé os
verdadeiros crentes sabem disso, por essa razão a crucificação exerce um
incrível poder no viver deles, porque a morte de Cristo é a morte dos salvos. Digo
mais que todos os salvos têm essa confissão no viver, por essa razão dizem de
coração: “Cristo morreu por mim”, ou “Cristo morreu pelos meus pecados”. Há uma
ligação incrível da cruz no viver diário do crente, porque foi na cruz onde
tudo começou, onde pudemos entender que o Cordeiro foi nosso lugar e assim pudemos
ser resgatados do cativeiro. Por essa razão os crentes celebram a ceia, porque
ali está a nossa história contada simbolicamente no pão e no suco de uva.
Também precisamos ver como a
crucificação pode ser aplicada em nosso viver, porquanto Paulo afirma no tempo
presente: “Estou crucificado com Cristo”. Ele não diz que estava, ou que foi,
mas sim que está. Que lição! Não há uma mensagem que mostra a linha
perfeitamente divisória entre o crente e o mundo do que a mensagem da cruz.
Quando deixamos essa mensagem de lado, eis que imediatamente a soberba carne, o
mundo e as manobras de satanás começam a controlar o viver e os cultos. Os
crentes devem permanecer em contínua humildade e dependência de Deus e isso só
acontece quando estão perante os fatos da crucificação daquele que ali ocupou
nosso lugar.
Então, a declaração de Paulo: “Estou
crucificado com Cristo” vem para condenar o mundo, com sua religiosidade vã,
com suas paixões, mentiras e impiedade. A frase de Paulo é a frase de cada
crente, e não precisamos de uma espada melhor do que essa para golpear toda
força da soberba e altivez deste sistema maligno. Queremos ver o mundo
espantado? Queremos ver os inimigos espavoridos? Queremos ver este sistema
mostrando que nada tem de bondade, nem de justiça? A resposta não está no fato
que eu tenho uma religião, porque o mundo também tem; não está no fato que eu
passei a ser alguém melhor, mais educado, mais refinado e mais moral.
Caro leitor, o mundo tem tudo isso e
muito mais. Paulo nem sequer mencionou o que fora antes, nem como era
religiosamente fanático e zeloso naquilo que afirmava crer quando seguia o
farisaísmo. A resposta dele foi simples, mas suficiente para assustar o mundo e
desprezá-lo de uma vez por todas: “Já estou crucificado com Cristo”. Foi assim
que ele se considerou um defunto, alguém já morto. Ora, o mundo e a lei
conseguem ver o Filho de Deus crucificado, então, que eles me vejam assim
também. Ali no monte do Calvário meu Senhor foi pendurado, e eu fui com Ele.
Sua morte foi a minha morte, por isso podem até me procurar, mas hoje sou um
defunto. Não adianta chegar para discutir, erguer as invenções religiosas desta
vida; não adianta querer mostrar o quanto o mundo tem sempre suas novidades.
Nada disso tem qualquer valor para alguém que está crucificado com Aquele que
foi odiado, desprezado e humilhado pelo mundo. Que o mundo me veja assim,
porque a cruz fez a separação completa. O que eu era antes, não me interessa
mais e não serve para alguém que agora, pela fé, se considera morto.
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