quinta-feira, 20 de março de 2014

“O ÚNICO DIGNO DO NOSSO AMOR” (3)




Se alguém não ama ao Senhor, seja anátema!        Maranata” (1 Coríntios 16:22)
         Caro leitor, perscrutemos juntos essa incrível declaração de Paulo no final de sua carta aos Corintos. Precisamos conhecer o que realmente significa pertencer a Cristo; o que significa fazer parte da noiva do Senhor, daquela que foi comprada com sangue. Quanta zombaria com o Nome do Senhor em nossos dias! Quanta profanação ao Nome bendito! Quanto louvor que é nascido da natureza maligna, tão encharcada do mundanismo! Tudo isso porque esta atual geração desconhece o Senhor da glória (Tiago 2:1). Cristo Jesus veio ao mundo e na cruz comprou um povo para Si, um povo zeloso de boas obras (Tito 2:14). O povo de Deus ama seu Senhor e prova isso no viver. O povo de Deus, mesmo cheio de fraqueza e cercado de tantos inimigos cruéis, os quais lutam para frustrar a fé cristã, ainda assim ama o Senhor. Paulo afirma no texto que se alguém não ama o Senhor essa pessoa é anátema, maldita de Deus.
         Vamos prosseguir mostrando por que o Senhor é o único digno de nosso amor. Já pude mostrar que Ele é o único que envolveu o coração do Pai em afeto: “Este é meu Filho amado”. Jesus também deixou claro que o Pai Lhe amava e Seu prazer estava no amor do Seu Pai. Mesmo caminhando pela jornada tão árdua rumo à cruz, habitando aqui num corpo corruptível e na profundidade da humilhação de ser homem e servo (Filipenses 2:7,8), nosso Senhor vivia embalado nesse constante amor do Pai eterno. Esse era seu contexto de alegria e de satisfação; sua satisfação era a realização plena da vontade do Pai e para isso Ele se entregou voluntariamente e caminhou obediente e triunfantemente rumo ao plano estabelecido na eternidade, de ser o Cordeiro de Deus, e assim comprar com Seu sangue os eleitos (João 17:2).
         Então, embasados dessa verdade, afastemo-nos desse Jesus da nova era; desse Jesus tão bem desenhado pelo diabo e tão cortejado pelo coração mundano, supersticioso e corrompido dos homens no pecado. Caro leitor, que fitemos a cruz; que saiamos dessa atmosfera religiosamente mundana; que encaremos o privilégio de pertencer a Cristo. A religiosidade moderna mostra o quanto o homem é maravilhoso e digno da atenção de Deus! Mas, a verdade aparece nas Escrituras para mostrar que nós seres humanos somos imundos (Isaías 64:6) e que em nós mesmos nada tem que possa trazer qualquer satisfação ao coração de Deus. Não há qualquer recurso em nós; não há qualquer mérito, a não ser a dignidade do inferno. Então, ser crente em Cristo é privilégio eterno; é algo que deve extravasar nossos corações de alegria, de profunda gratidão. Ora, o que houve em nós para alcançar tal posição? Nada! Estávamos mortos (Efésios 2:1), éramos defuntos espirituais e foi necessário o braço forte do Senhor para nos arrancar dessa tumba mundana e obscura; éramos fregueses que o inferno cobiçava ansiosamente.
         Então, caro leitor, o amor de Deus pelos salvos não é amor recíproco. Os santos não são amados porque houve algo neles que atraísse a atenção de Deus. Os homens no pecado querem se enfeitar, a fim de parecerem bondosos, religiosos, fraternos e santos, mas tudo isso não passa de serem ornamentos externos, os quais nada possuem de valor para Deus. Os santos são alvos do amor eterno de Deus porque foram ligados a Cristo. É se alguém está em Cristo que é nova criatura (2 Coríntios 5:17). Nada tem a ver com qualquer mérito nosso; nada tem a ver com nossos cânticos, orações e fervor espiritual. Caro leitor, não esqueçamos dessa verdade, porque nada, nem a mais forte expressão de vida cristã santa e separada para Deus há de acrescentar qualquer quantidade de amor a mais. Os santos foram aceitos no Amado (Efésios 1:6 versão corrigida).
         O viver do crente deve está arraigado nessa verdade e a prova desse amor do Senhor pelos Seus santos foi mostrada na cruz. Ali está tudo o que precisamos saber, a fim de que mostremos em nossas vidas que foi a misericórdia do Alto que nos visitou. Alguém inocente, puro e santo ocupou o lugar de homens tão vis, imundos e dignos do inferno. Todas essas verdades reveladas devem transbordar nossos corações, a fim de que cada crente possa mostrar que realmente ama a Cristo, somente a Ele.

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